Mas falando sério, isso foi incrível! Eu realmente precisava de um orgasmo. Agora com certeza eu posso esperar até a noite sem sentir minhas entranhas queimarem pela falta de sexo.Eu a vejo ir para o seu carro olhando para os lados a fim de conferir se alguém nos viu. Que lógica! Agora é que ela se preocupa? Não parecia se importar enquanto gemia no meu ouvido. Eu dou partida e passo por ela abrindo o vidro do carro.— Foi um enorme prazer garota. — digo piscando um olho — Foi mesmo. — fecho a janela. Em resposta ela me mostra o dedo do meio.Por volta das três da tarde eu saio da minha clínica pra ir ver Robert. Quando entro em seu consultório, sua cara não é muito boa.— Oi Rob.Eu me sento e observo ele mexer em seu computador por alguns minutos. Nenhum dos dois fala nada. Será que ele está com raiva de mim pela piada antes do almoço? Deve ser isso. Ás vezes eu simplesmente passo do ponto. Depois de mais alguns minutos eu resolvo quebrar o silêncio.— Olha Rob, se está com essa ca
O taxi estaciona em frente à Universidade e eu saio para encontrar a secretária ainda com os pensamentos na cena de antes. Quando estou no corredor, vejo-a saindo da reitoria e abro um sorriso estendendo a mão pra ela. Faço meus procedimentos padrões de elogios e primeiras carícias para deixá-la no clima, apesar de parte da minha concentração estar em outra mulher. A porra da mulher do Robert. Tenho que contar a ele o que eu vi, ele tem que saber que a vadia da mulher dele está lhe pondo um belo par de chifres. Mas como farei isso? Se eu contar ele vai sofrer muito, mas seu eu não contar vou ficar com isso me corroendo por dentro. Pior, se ele descobrir por alguém e souber que eu não lhe disse nada, talvez ele não me perdoe. Eu preciso contar. Mas preciso falar com a puta antes de tudo.Sinto uma mão massageando minha perna. Olho para o lado e me lembro de que tenho companhia. Ela na certa está tentando chamar minha atenção já que me fechei como uma concha quando entrei no carro. Come
Os raios de sol entram pela janela de vidro da minha suíte e me fazem fechar os olhos com força para impedir a claridade de me “cegar”. É quarta-feira. Meio da semana. E eu estou morrendo de preguiça de levantar pra dar aula depois da farra de ontem com Robert e... Qual mesmo o nome dela? Ah pouco importa, mas ainda posso ouvir seus gemidos no meu ouvido quando a levei para a água e depois para a areia da praia onde fodemos por várias horas.“Bom dia Miami, 7:00 e vamos trazer a vocês o boletim do trânsito com meu colega Mar...”.Desligo o rádio e me levanto para mais um dia mesmo sem muito ânimo. Estou com uma dor de cabeça horrível graças à bebedeira de ontem. Vou para o banheiro e pego um analgésico em uma das gavetas. Olho-me no espelho e franzo a testa com a minha imagem. Estou um caos. Faço a barba e quando termino, entro na ducha e tomo um banho bem longo para deixar longe a cara horrível de ressaca que eu estou.Após me vestir vou à cozinha e preparo meu café da manhã. Não fiz
Duas aulas depois, eu saio da Universidade e vou até o lugar marcado. Ela já está lá e sorri quando me vê. Está vestida com uma blusa estilo vestido creme, saltos Jimmy Choo e cheia de acessórios combinando. Robert nunca mediu esforços para dar a ela tudo que quisesse. Pedimos a comida e minutos depois nos é servida. Até agora ninguém falou nada.Quando abro a boca para falar, jogo tudo o que eu vi na sua cara, interrompendo-a antes mesmo que ela dê desculpas esfarrapadas, mas ela se faz de ofendida e impulsos violentos vêm à minha mente por um breve momento. Agredir uma mulher é um erro irreparável, digno apenas dos piores covardes, mas juro que há certos momentos em que algumas... Melhor parar por aqui. Apenas falo a ela sobre minha intenção de contar tudo o que sei ao Robert, exigindo que ela seja ao menos decente e saia da vida dele sem machucá-lo ainda mais do que se machucará, mas a puta apenas ri na minha cara, dizendo que sabe o quanto o Robert a ama.Maldita mulher. Porém é c
Olho para baixo. O quarto não tem a mesma energia que tinha quando estivesse aqui no início da semana. Claramente ela não está mais aqui. A moça se aproxima de mim e parece querer falar alguma coisa, mas está relutante.— Olha gato, — ela fala afinal — fui eu quem encontrei a Ellen e a trouxe pra cá. Ela praticamente só falava comigo, mas eu não sei dizer por que ela partiu.Olho pra ela e por um minuto sinto inveja por ela ter ficado tanto tempo perto da Ellen e eu não estive aqui para vê-la nem ao menos uma vez.— Hoje de manhã eu falei com ela e ela parecia bem.— Ela nunca mencionou algo que pudesse fazer você suspeitar que ela não quisesse estar aqui? Nada que possa ter dado a entender isso?— Não. Na verdade, — ela franze a testa parecendo estar lembrando-se de alguma coisa — uma vez ela me disse que não era como nós. Não entrou em detalhes e eu não insisti.— O que ela quis dizer? — peço distraído.— Talvez que ela não fosse prostituta. — ela ri, dando de ombros.É. Mas então p
Já passa das sete da noite quando ligo para Robert na conferência de médicos onde ele está. Ele não atende a primeira chamada então ligo novamente. Mais uma vez sem resposta. Resolvo ligar mais tarde e aproveito pra ligar para Rachel pra me acertar sobre o pagamento referente à Ellen. Inicialmente, ela entende mal minha ligação a uma hora dessas, – Oh céus, quando vou ter uma mulher que não espere nada de mim? – mas logo que eu explico tudo, ela se irrita e nossa conversa é curta. Ela informa que terá a soma total dos gastos da Ellen amanhã e que me ligará de volta.Desligo e tento mais uma vez o Robert. Nenhuma resposta. Acho que estou sendo um incômodo. Ele deve estar bem ocupado e eu aqui enchendo o saco. Estou com tanto tédio. Ainda não são oito da noite e eu não tenho nada pra fazer. Porra é sábado. Eu deveria estar com uma gata ou duas por aí, mas ao invés disso estou em casa morto de tédio e sem a menor vontade de sair, o que é pior. Restrinjo-me a ver televisão ou acessar a int
— Rob — eu o quebro — eu não sei bem como fazer isso, nem sei se é o certo, mas... — ele para de comer e olha pra mim esperando que eu termine — Eu tenho que te contar uma coisa sobre a Janeth que eu não sei se você...— Pode parar... — ele me corta — Eu já sei de tudo.Franzo a testa e fico mudo. Acho que engoli a língua junto com a comida porque não consigo pronunciar uma palavra. Ele vê minha cara e começa rir, sem entender o motivo de tanta graça começo a rir também.— Qual o motivo do riso Rob? E como assim você sabe de tudo?— Não sou idiota, Nicholas. Eu imaginei algo assim depois daquela nossa noite com aquela sua amiga.— Não entendi.— Você pode ser um canalha com todas as mulheres, mas nunca me puxou pra essa vida. Você nunca me incentivou a trair a Janeth. Nunca. Nenhuma vez, e naquele dia você estava me jogando pra cima daquela mulher. — ele volta a comer — Aí eu suspeitei de tudo e comecei a ir atrás. E como diz o ditado, quem procura acha.— Mas eu poderia estar te jogan
— Ellen? Ellen? — a chamo e ela abre os olhos — O que aconteceu com você?Ela olha para mim parecendo não me reconhecer de início então começa a balbuciar coisas que eu não entendo.— Ellen eu não te entendo.— Nicho... — ela fecha os olhos completamente.— Ellen? Ellen? — ela não responde. Pego meu celular e disco o número de Robert. Ele atende no terceiro toque.— Oi Nick.—Robert, preciso de você na minha casa. Em quanto tempo você pode chegar?— Aconteceu alguma coisa com você? — preocupação está clara na sua voz.— Não é nada comigo.— Então... — ele relaxa com um suspiro —... Amigo eu estou um pouquinho ocupado agora, mas farei o possível pra chegar em uma hora.Ótimo. O novo Robert deve estar com alguma de suas novas amiguinhas. Eu tenho que levar Ellen para um médico, mas não a levarei a um hospital até que Robert diga que ela precisa.— Está certo Rob. — aceito sua “oferta” — Só... venha ok.Desligo.Olho para Ellen e ela parece dormir serenamente embora sua testa tenha um v