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O cara dirige como uma tartaruga e para em todos os sinais, até os amarelos. Vou o caminho inteiro reclamando com ele, mas ele não fala nada. Quando chegamos perto da minha rua, ele começa a andar ainda mais devagar.

— Qual a sua casa, senhor?

— Eu nem deveria te pagar... — soluço — Acho que uma formiga passou da gente no caminho. — soluço novamente.

— Desculpe, senhor, mas eu dirijo com segurança.

— Deixe-me aqui... mesmo, eu vou a... a pé.

— Eu levo o senhor.

— Não. — porra de soluço — Não quero que vo-você veja a minha casa.

— Tudo bem, senhor. — ele para o carro com a cara feia. Ele está irritado? — São cinquenta e dois dólares.

Desço do carro e me escoro na porta. Tiro um dinheiro da carteira, dou a ele e ele some na pista.

— Boa noite pra você também. — grito para ele de longe quando ele não se despede.

Vou andando para a minha casa sentindo a brisa do mar nos meus cabelos. Não me lembro de ter tantos postes na rua da minha casa. Também não me lembro do meu vizinho ter dois cach
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