Uriel observava atentamente enquanto Gabriel explicava a técnica de mesclar os espíritos para torná-los mais fortes. Desde o treinamento onde Gabriel e Mikael usaram essa técnica para capturá-lo, ele não parou de pensar em como ela era feita.
Os seis jovens se encontravam alí no estacionamento, e a atenção dele estava dividida entre a explicação de Gabriel e os movimentos de Nick, que se alongava ao lado de Raguel, preparando-se para o treinamento. As curvas dela, estavam lhe tirando a atenção, desde que ela acordou depois que ele a ajudou a derrotar Ukobach.
— O princípio para combinar os espíritos, é que todos nós os elevemos à uma mesma frequência — Gabriel começou a explicar no treinamento. Eles tinham pouco
Raphael retirou as roupas e entrou embaixo do chuveiro, sentindo a água quente escorrer sobre os seus ombros tensos. Estava mais cansado do que o normal, afinal treinou mais pesado que os demais, já que suas habilidades fisicas não são das melhores. Sentia-se mais preparado e não via a hora de usar seu poder para atacar também, pois, apesar de amar curar as pessoas, ele também queria matar alguns demônios.Um barulho na porta do banheiro o fez se virar assustado, e a visão que teve o paralisou. Mikael estava parado na porta do Box, completamente nu em todo o seu esplendor físico. Sua pele negra e seus músculos bem definidos eram um espetáculo, mas Raphael não conseguia parar de olhar para os labios carnudos e para os olhos cheios de desejo do namorado.— Eu posso ent
A visão de Nick os pegou de surpresa. Gabriel começava a sentir as presenças demoníacas se aproximando e não tinha mais tempo para elaborar outra estratégia. Abigor tinha vencido dessa vez e só lhes restava encarar a batalha sem nenhum plano, seria apenas na base de quem tem mais poder.— Não podemos ficar pensando nisso agora — Gabriel disse, mantendo sua postura de líder, e mesmo que por dentro estivesse apavorado após essa última reviravolta, não podia aparentar fraqueza, e precisava elevar os ânimos — Precisamos nos dividir em dois grupos então. Nick, você conseguiu ver como Abigor dividiu suas forças?— Na visão eu vi que três de seus capitães estavam vindo do centro da cidade, e tinham reféns humanos com eles — ela respondeu, concentrando-se em lembrar-s
Mikael e Neil lutavam com ferocidade. Eles estavam no terraço de um dos galpões e ambos tinham as respectivas auras em torno de seus corpos. O arcanjo, com seu espírito violeta, mantinha as asas recolhidas e se defendia enquanto Neil, empolgado com seu novo poder e envolto com as densas e negras chamas do espírito demoníaco de Belial, atacava sem parar com golpes pesados e rápidos. Ambos lutavam apenas com as mãos como lutadores de M.M.A, e o choque dos golpes do soldado com a defesa de Mikael, gerava ondas de poder que destruía tudo que estivesse em um determinado raio em torno deles e emitiam sons semelhantes à trovões.— Você está realmente muito mais forte, Neil — Mikael disse, também parecendo se divertir. Sentia-se mais poderoso que nunca, e os golpes que recebia eram igualmente poderosos, mas s&oacu
Um alarme começou a soar chamando a atenção de todos e, conforme o protocolo, eles correram até os abrigos, construídos para protegê-los durante possíveis ataques. Nesse quase um ano que se passou após a batalha contra Abigor, uma grande colônia foi construída tendo o hospital como centro. Muros altos e outros métodos de segurança foram instalados.Com a ajuda da mente brilhante do professor Jeremias Vecchio em sintonia com a igualmente capaz mente de Gabriel, alguns dispositivos foram criados, permitindo que a presença de demônios próximos aos muros fosse detectada, e acionasse os alarmes que serviam, tanto para que os Arcanjos preparassem as defesas, quanto para que as pessoas se abrigassem.Os sensores detectaram quatro demônios poderosos nas proximida
Gabriel despertou de repente, como se tivesse escutado alguém o chamar. Mas ninguém o acordaria num domingo à uma hora dessas, ele pensou, olhando a escuridão lá fora e por um instante pensou ter visto um movimento na árvore de frente para a janela de seu quarto, mas estava escuro demais e sua miopia muitas vezes lhe pregava peças.Vasculhou a mesa de cabeceira em busca de seus óculos e seu smartphone, com o intuito de olhar que horas eram, mas estranhou ao ver que em seu aparelho marcavam oito da manhã.— Deve haver algum erro de rede ou algo parecido — disse para si mesmo.Seu quarto não tinha cortinas, e às oito, o sol já estaria batendo diretamente na sua janela.— Q
Mikael acordou abruptamente com o barulho de vidraças se quebrando, e ainda sonolento sentou-se na cama, perguntando-se que diabo estava acontecendo. Um segundo som, agora mais próximo, o despertou de vez e o pôs em estado de alerta, uma vez que lá fora ainda era noite, e a escuridão o impedia de ver através do vidro.Levantou-se, pegou o taco de baseball atrás da porta e seguiu silenciosamente em direção à sala, de onde havia vindo o barulho.Enquanto descia as escadas, precisou proteger-se quando uma pedra atravessou o vidro da sala, seguida de várias outras pedras que destruíram todos os vidros do cômodo, como se fosse uma chuva horizontal de pedras.Assustado ouviu vidros sendo quebrados também no andar de cima, mais
Depois de mais uma noite cansativa no hospital municipal, Raphael contava as horas para ir para casa. Independente como sempre foi, ele aprendeu cedo a cuidar de si mesmo e dos outros. No orfanato onde cresceu, enfrentou a difícil situação de não ser adotado e sabendo que precisaria se virar sozinho na vida, tratou de aprender tudo o que poderia aprender.Aos dez anos começou a trabalhar como auxiliar da enfermeira do orfanato, onde aprendeu a amar o ofício, e agora, aos dezoito anos, era técnico em enfermagem no hospital municipal da cidade.Seu plantão ia até às seis da manhã, mas olhando para a programação diária percebeu que já tinha feito quase tudo, e mesmo ainda faltando pouco mais de uma hora e meia para ir embora, faltava apenas a última ronda nos l
Sem saber por onde começar, Raguel saiu à procura de outros funcionários do laboratório, sendo que a dor de saber que poderia nunca mais ver sua mãe, ainda martelava em seu peito.Saber que alguém como Gabriel, que estava passando pela mesma situação, estava a caminho para ajudá-la a entender aquilo tudo a confortava, e mesmo não o conhecendo, algo em sua voz dizia que podia confiar nele.Passou por várias salas e olhando dentro delas, avistou mais jalecos e crachás espalhados pelo chão, além de vários armários de arquivos e alguns computadores, mas nenhum funcionário.Chegando a um pátio com janelas, pode ver que a escuridão ainda reinava lá fora e então, sentando-se, sentiu o