Vivian

Felipe

O condomínio de Rafael é surpreendentemente tranquilo, quase como se fosse um refúgio em meio ao caos que geralmente cerca nossas vidas. Enquanto caminho de volta para a casa em que estou hospedado, sinto uma calma que há tempos não experimentava. É irônico, penso, que aqui, no coração da máfia americana, eu me sinta mais em casa do que com minha própria família e organização.

Minha mente vagueia para meu retorno ao Rio de Janeiro. Como vai ser quando eu voltar? A tensão com meu pai é inevitável. Algo me diz que ele tem mais a ver com o atentado contra Beatriz do que aparenta, mas ainda não tenho provas. Isso me consome, mas aqui, ao menos, posso respirar e focar em estratégias.

Passo por um jardim bem cuidado, cheio de espécies que reconheço e outras que me são estranhas. A variedade de plantas me distrai, e me pego admirando a dedicação de quem cuida desse lugar. É quando ouço passos leves atrás de mim.

— Bonito, não é? — uma voz feminina diz, quase musical.

Viro-me e vejo um
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