Felipe agora encontrou alguém para acabar com a sua sanidade mental. Essa noite com a Vívian será quente, muito quente.
FelipeEstamos ainda nesse quarto da pequena pousada e sinto que aqui em São José o desafio não está apenas na Nonsanty, a brisa noturna entrando pela janela ainda aberta me acolhe. Vivian sai do banho, e por um momento, o mundo para. Ela está usando um baby doll curto, de seda, que gruda na pele como uma segunda camada. A luz suave do abajur realça cada curva, cada detalhe. Meu corpo responde de imediato. Tento desviar o olhar, mas é impossível. Ela é deslumbrante, e pior, ela nem percebe o efeito que causa.— Vou tomar banho também, já volto. — murmuro, a voz mais grave do que o normal. Preciso de um minuto para me recompor.No banheiro, deixo a água fria correr, tentando apagar a imagem dela da minha mente. Quando saio, com a toalha enrolada na cintura, encontro Vivian já dormindo na cama. Visto apenas uma cueca box e um short leve, preciso estar vestido! Meu coração acelera. Ligo o ar condicionado, preciso esfriar essa atmosfera fervente.O lençol cobre parte do corpo dela, mas n
VívianEstou deitada na cama, o sol da manhã entrando devagar pela janela. Um sorriso brinca nos meus lábios enquanto revivo cada detalhe da noite passada. Foi quase cruel, mas, sinceramente, impossível de resistir. Torturar Felipe, mesmo sem palavras, foi tão satisfatório quanto eu imaginava.Eu senti. Claro que senti. A maneira como o corpo dele reagiu, quente, tenso, completamente exposto, mesmo que ele tentasse esconder. Cada vez que eu me movia, a proximidade, o toque inocente que não era tão inocente assim... Tudo isso era combustível para o fogo que queimava entre nós.A princípio, foi só um teste mesmo, queria ver como ele reagiria, mas depois... Eu estava com calor, um calor indescritível, ficava me mexendo para tentar achar uma posição mais confortável. Mas aí, quando senti a ereção dele pela primeira vez, firme contra mim, algo dentro de mim despertou com toda força. Não era apenas desejo. Era algo mais profundo, uma vontade de provocar, de testar os limites dele, mas també
FelipeEstamos em plena observação, cada detalhe sob controle. Vívian está ao meu lado, completamente focada, o olhar afiado como uma lâmina enquanto registra cada movimento ao redor da fábrica. Admiro a dedicação dela, mas não posso negar que minha mente começa a se desviar.Então, vejo algo que me faz congelar.Dois homens saem de um carro preto, bem na área que estávamos monitorando. O modo como andam, como se fossem donos do lugar, é alarmantemente familiar. Eu os reconheço. E não deveria.— Precisamos sair daqui. Agora! — digo, a voz mais firme do que esperava.Vívian me olha, surpresa, mas confia na minha urgência. Não faço mais explicações. Envio mensagem para Tobias.— Tobias, precisamos do jato o mais rápido possível. Retornaremos a Brasília.Ele responde com a eficiência de sempre, mas sinto a tensão no ar. No caminho de volta para a pousada, Vívian me olha como se quisesse perguntar algo, mas se segura. Agradeço por isso, porque minha cabeça está girando.Assim que estam
Felipe— Na verdade você vai comigo Vivian para se passar por alguém que está comigo, quero o Cesare relaxado, achando que já enterrei o assunto, eu vim sem deixar rastros num jato que foi alugado em nome de fantasmas.— Lá poderemos investigar tudo de perto.Para aumentar a tensão, conecto o meu celular e exponho o vídeo da tortura e confissão da Lívia e todos assistem incrédulos e dessa forma encerramos a reunião.Mais tarde, no condomínio, encontro Vívian novamente. Ela está no jardim, distraída, observando o céu. Aproximo-me em silêncio, e ela se vira ao perceber minha presença.— Tudo resolvido? — ela pergunta, a voz calma.— Por enquanto, sim.Ela dá um pequeno sorriso, mas vejo que há algo mais ali, algo que ela não está dizendo.— Amanhã, partimos para o Rio de Janeiro. — aviso, sem rodeios.Ela assente, e ficamos em silêncio por um momento, apenas aproveitando a calma antes da tempestade.Mesmo no meio do caos, não consigo ignorar o fato de que, com Vívian, tudo parece um pou
LiamAssim que pouso em Brasília, sinto a tensão no ar. O percurso até o condomínio está lento, algo fora do normal, já que esse horário o trânsito sempre é fluido.Ao chegar no condomínio noto a habitual movimentação dos moradores, porém hoje noto tudo mais intenso. Os soldados vão e vêm, e os líderes estão claramente preocupados com o que descobrimos até agora. Vou direto para a minha casa, tudo vazio, Lucas deve estar em sua casa, Lu, na faculdade e Mirna no hospital. Vou até o centro, entro e sou recebido por Othon, que acena com a cabeça, indicando que Rafael já está me esperando na sala de conferências.Carrego o meu laptop e arquivos, me preparando para detalhar tudo o que levantei. Quando entro, vejo Rafael, Marcos, Yana, David e André em volta da mesa. Teresa acompanha Marcos. O clima é sério.— Cheguei com tudo, pessoal. Vamos alinhar. — digo, abrindo o laptop e conectando-o ao projetor.As informações que aparecem na tela causam reações imediatas. Mostro os registros que
FelipeEstou no meu apartamento com Vivian, e a noite foi relativamente tranquila. Ela está esparramada na cama, dormindo como se não houvesse amanhã. O lençol cobre parte do corpo dela, mas consigo ver os seus cabelos espalhados pelo travesseiro e a curva suave de sua cintura. Tento me concentrar no plano que estamos desenvolvendo, mas minha mente está inquieta.Levanto da cama, calçando os pés, e caminho até a janela. A vista é perfeita, e me permite observar os arredores. É aí que vejo o carro dele.Cesare.O meu coração acelera. Reconheço o veículo imediatamente e sei que ele não está aqui para me fazer uma visita casual. Ele é meticuloso, sempre foi. Tento pensar rápido, cada segundo conta.— Vivian. — Eu a chamo, colocando a mão em seu ombro. Ela desperta lentamente, os olhos semicerrados, ainda confusa pelo sono.— O que foi? — pergunta, sonolenta.— Meu pai está aqui. Ele acabou de estacionar.Ela arregala os olhos, agora completamente acordada.— Cesare? Aqui?Faço que sim co
FelipeEntão, percebo quando ele recua. O som dos passos se distancia, e a porta do apartamento se fecha suavemente. Espero mais alguns segundos antes de parar e soltar um suspiro longo. Me mantenho posicionado, Cesare pode estar tentando me pegar na falha e voltar, mas os minutos passam e ele não retorna.Vivian me encara, os olhos arregalados.— Acho que ele acreditou.Faço que sim com a cabeça, frustrado, duro, doido para me enfiar nela de uma vez.— Ele acreditou. Agora ele pensa que segui em frente. Isso vai nos dar o tempo que precisamos.Deslizo para fora da cama e ajusto o lençol sobre ela. Vivian relaxa, mas ainda está com as bochechas coradas.— Você é bom nisso. Um pouco real demais, talvez. — ela diz, sorrindo levemente.Dou de ombros, rindo baixinho.— O teatro é uma ferramenta poderosa. Vamos torcer para que tenha sido suficiente para mantê-lo longe por enquanto.Enquanto ela se ajeita na cama, fico em silêncio, observo de cima o carro de Cesare se afastando. Mais uma ba
FelipeEstamos no apartamento, eu e Vivian, mergulhados em nossas descobertas. A tensão no ar é palpável, mas não tem nada a ver com o desejo que geralmente paira entre nós. Dessa vez, é puro pavor e indignação.Interceptar as ligações de Cesare foi mais fácil do que eu esperava, mas as informações que conseguimos... essas sim, são difíceis de digerir.— Ele encomendou a cabeça da Beatriz, Vivian. — digo, sentindo minha garganta apertar enquanto ouço a gravação mais uma vez.— E da Lizandra também. — ela completa, os olhos fixos no notebook, como se quisesse desafiar as palavras que ouve a desaparecerem. — E Giulia... Meu Deus, Felipe. Ele falou da Giulia. Uma criança! Isso é monstruoso.— Não é só pessoal. — respondo, fechando os punhos. — Beatriz está atrapalhando os negócios dele com defensivos agrícolas, e Lizandra está comprometendo as vendas de fertilizantes químicos. Mas Giulia, é pura vingança. Ele não quer uma neta bastarda.Vivian se vira para mim, a expressão de increduli