Beatriz — Bem-vindas, meninas! Hoje vou mostrar não só as nossas peças de lingerie, mas também a seção exclusiva que temos aqui dentro.Ela nos guiou por entre os cabides de rendas e sedas até uma área mais reservada. Lá, ao invés de lingeries, os produtos começaram a ficar inusitados.— Bem-vindas ao nosso espaço mais discreto! — disse a atendente, sorrindo. — Aqui temos alguns produtos que podem apimentar qualquer relação.Nós nos entreolhamos, algumas mais envergonhadas, outras curiosas. Foi Teresa quem quebrou o gelo.— Ah, agora fiquei interessada. Mostra para gente o que tem de bom.A atendente sorriu ainda mais e começou a mostrar os produtos. Primeiro, ela apresentou óleos e cremes com aromas afrodisíacos, explicando como poderiam ser usados para massagens.— Esse aqui — ela disse, segurando um frasco pequeno, esquenta ao contato com a pele e tem um leve sabor de morango.— Uau! — Priscila exclamou, já rindo. — Isso parece uma sobremesa, não um óleo.Lizandra, que parecia tr
FelipeChego à sede da máfia logo cedo, como de costume. O lugar ainda está tranquilo, com poucos homens circulando. Aproveito o silêncio para revisar alguns relatórios e verificar os carregamentos que estão programados para os próximos dias. Não posso baixar a guarda, não agora, com tudo o que descobri recentemente.Passo a manhã ocupado, mergulhado em trabalho, até que ouço passos pesados no corredor. Gian Carlo finalmente aparece, com aquele sorriso que sempre traz um misto de charme e insolência.— Dormiu bem, irmão? — pergunto, sem tirar os olhos dos papéis à minha frente.Ele ri, puxando uma cadeira e se jogando nela como se o peso do mundo tivesse desaparecido. — Dormir? Quem disse que eu dormi? A novinha não me deixou em paz.Olho para ele com um misto de curiosidade e cansaço. — Novinha, hein? Vai me contar quem é ou vai manter o mistério?Gian dá de ombros, mas o sorriso dele entrega tudo. — Júlia. Nome simples, mas ela é fogo puro. Acho que nunca conheci alguém tão entusi
DavidEstou sentado ao lado de Lizandra, segurando sua mão enquanto conversamos calmamente. Ela sabe que estou prestes a dizer algo importante, e seus olhos me encaram com uma mistura de curiosidade e ansiedade. Respiro fundo antes de começar.— Lizandra, precisamos partir para a Argentina. Já está tudo pronto. Vamos continuar com tudo de lá, e, mesmo à distância, as reuniões e operações vão prosseguir por video conferência.Ela suspira, assentindo com um pequeno sorriso.— Eu sabia que esse momento chegaria, precisamos recuperar a nossa vida e proteger de perto as nossas crianças.— MInha linda. fizemos aqui conexões importantes e já existe um acordo de cavalheiros, de lá, continuarei a prestar todo o apoio possível!— Quero que saiba que esses dias aqui foram... diferentes. — Olho em seus olhos, tentando expressar o que sinto. — Fazia muito tempo que não me sentia tão bem e tão segura no reduto de outra máfia. Rafael e sua equipe foram excepcionais.Ela sorri, apertando minha mão.
Felipe Chego no apartamento depois de um dia intenso. A porta se fecha atrás de mim, e o silêncio do lugar é quase esmagador. Meus pensamentos estão todos nela: Vívian. Ainda sinto o gosto da tensão que ficou no ar mais cedo, aquele olhar dela, cheio de dor e mágoa, não sai da minha cabeça.Eu largo as chaves no balcão e respiro fundo. Preciso resolver isso agora. Não posso deixar que as coisas fiquem assim entre nós.Quando chego à sala, a vejo sentada no sofá, os joelhos abraçados, os olhos fixos em algum ponto distante. Ela percebe minha presença e levanta o olhar, mas não diz nada. Não há raiva nos olhos dela, mas a mágoa ainda está lá, e isso me corta por dentro.— Vívian... — começo, a voz mais baixa do que esperava. — Precisamos conversar.Ela respira fundo, como se estivesse se preparando para uma discussão, mas não responde. Dou alguns passos até me sentar ao lado dela, respeitando o espaço, mas perto o suficiente para que ela saiba que não estou ali para brigar.— Sobre hoj
Felipe— Você é linda, Vívian — digo, sem desviar os olhos.Ela cora, mas sorri, e aquele sorriso é tudo para mim.Quando finalmente a toco completamente, faço questão de ser gentil, de mostrar a ela que esse momento é dela tanto quanto meu. Cada movimento é lento, cada beijo é profundo, cada toque é cheio de significado.Vívian nua na minha cama, entregue, completamente exciitada, respondendo deliciosamente aos meus estímulos, coloco ela bem no meio da cama e delicadamente afasto as suas pernas, olho a sua intimiidade completamente lubrificada, aliso e sinto toda a sua carne macia, me desejando, nem acredito que estou vivendo esse momento, caio de boca passo a língua em toda a sua extensão, paro e sugo o seu pontinho de prazer, mordisco bem gostoso, aumentando a sua excitação, paro, faço movimentos circulares, chupo, me delicio matando a minha vontade fazendo-a se contorcer de tanto tesã0.Eu já estou louco para fodê-la com força, mas preciso fazer desse momento algo especial para el
FelipeFicamos assim por mais algum tempo, apenas aproveitando a proximidade. Quando ela finalmente fecha os olhos e adormece, fico olhando para ela por alguns minutos. Há algo tão puro e genuíno em como ela confia em mim, como se entregou a mim hoje, que me faz sentir algo que há muito tempo pensei que tinha perdido, a esperança.Mas também há um peso. Eu sei que o mundo em que vivemos é perigoso, cheio de ameaças. E agora, mais do que nunca, sei que preciso proteger Vívian. Ela não é apenas alguém com quem me importo; ela é parte de mim agora.Depois de um tempo, minha mente começa a voltar para os problemas que ainda precisam ser resolvidos. Cesare, os carregamentos ilegais, o contato de Brasília. Tudo isso ainda está pairando no ar, esperando para explodir. Mas, por enquanto, deixo essas preocupações de lado. Essa noite pertence a nós dois, e eu não vou deixar nada tirá-la de mim.Com esse pensamento, fecho os olhos, ainda segurando Vívian perto de mim, determinado a enfrentar o q
FelipeChegando ao estacionamento da sede da máfia, estaciono o carro e fico ali sentado por um momento, tomando coragem para o que vou fazer a seguir. Sei que é arriscado, mas não posso adiar essa conversa com Rafael. Pego o celular, respiro fundo e ligo para ele.— Fala, Felipe. — A voz de Rafael soa direta, como sempre.— Rafael, preciso que não coloque essa chamada em viva-voz. Se tiver alguém aí com você, se afaste. O que eu tenho para falar é extremamente sigiloso e não pode esperar.Há uma pausa do outro lado da linha, e imagino Rafael franzindo o cenho, tentando entender a gravidade do que estou dizendo.— Estou sozinho. Pode falar. — ele responde, agora com a voz mais séria.— Certo. Fecho os olhos por um instante, escolhendo bem as palavras. — Eu preciso ser direto. Ontem à noite, Vívian e eu nos envolvemos.O silêncio do outro lado é ensurdecedor, e por um momento penso que ele pode ter desligado.— Nos envolvemos como? — ele finalmente pergunta, a voz baixa e carregada d
RafaelEntro na clínica sozinho desta vez. Estou poupando a minha Beatriz! Hoje é diferente. Não tenho ninguém me acompanhando, apenas eu e meus pensamentos. Sinto um misto de alívio e curiosidade. É curioso como, depois de tanto tempo de luta, as coisas finalmente parecem estar entrando nos eixos.O médico me recebe com um sorriso largo no rosto.— Rafael, que bom te ver! Ele parece realmente feliz, e isso me conforta. É bom saber que alguém percebe minha evolução, mesmo que eu já a sinta dentro de mim.— Você está muito bem! — ele diz enquanto analisa os exames e compara com os relatórios anteriores. Fala com entusiasmo sobre a regressão de todos os sintomas. É como se ele estivesse celebrando comigo, uma vitória compartilhada.Após a consulta inicial, ele sugere o próximo passo, mais uma sessão de auto-hemoterapia e também de ozonioterapia. Concordo com um aceno. Esses tratamentos têm sido parte essencial do meu progresso, e, de alguma forma, eu até me sinto mais leve e revigorado