Fechei a porta depois que Pierre virou à esquerda, e pareceu que um peso enorme tinha saído das minhas costas. Eu coloquei minha mala no chão e me aconcheguei na cama confortável. O sono me pegou imediatamente.
Acordei com um bater de forma consistente na minha porta. Eu gemi e levantei-me, abrindo a porta para ver um Adrian sorridente.— O que? — Rosnei.Ele riu mais.— Hora do chá. — Ele caçoou. — Desvantagens de ser de uma família como esta. Talvez apareçam uma ou duas garotas das redondezas.Eu fiz uma careta.— Se essa é a sua tentativa de me fazer ciúmes, não está funcionando. Estou realmente feliz que meus pais não são como os seus.Ele me olhou de cima a baixo e então seus olhos foram para outro lugar. Ele se abaixou e eu olhei para ele com horror. Ele ia me beijar? Em vez disso, ele me empurrou para o quarto e trancou a porta. Ele colocou um dedo sobre os lábios e balançou a cabeça para a porta fechada. Foi só então que ouvi os passos. Maldição. Pierre.— Merda! — Eu exclamei. — Eu pensei que você ia me beijar!O olhar no rosto de Adrian era tão cômico que comecei a rir. Ele parecia horrorizado com o pensamento.— Oh não! Eu já te disse garota, sei que sou irresistível, mas eu não gosto de mulher.Revirei os olhos para ele. Quando prendi meu cabelo e coloquei um pouco de maquiagem, as palavras de Pierre vieram à minha mente. Eu tinha que avisar ao Adrian que o bastardo do seu irmão não acreditava realmente que estávamos namorando. Tínhamos que agir de forma mais convincente. Marie já estava comendo em nossas mãos, mas ainda tínhamos que encontrar o pai de Adrian.— Sério Jenny, o quê mais você quer? — Adrian reclamou.Dei-lhe o beijo no nariz e ele riu. Então pegou minha mão na sua e eu me senti engraçada. Mas eu tinha que fazer isso. Descemos as escadas, rindo enquanto Adrian falava sobre o planejamento do nosso casamento.Eu congelei quando Marie e Pierre olharam para nós com interesse e um vermelho escuro cobriu minhas bochechas. Ele pareceu notar o meu desconforto e uma névoa maligna apareceu por cima da sua cabeça.— Parem de olhar para ela assim. Si spaventarla.Eu dei a Adrian um olhar de repreensão, não gostando muito do que ele falou em italiano, sabendo que eu não entendia.— Oh, desculpe querido. — Disse Marie. — Venha e sente-se. Collie estava prestes a servir o chá.Infelizmente eu estava sentada ao lado de Pierre e Adrian sentou do meu outro lado. Meu corpo de repente estava em alerta máximo. Eu estava ciente de quão perto estávamos sentados. Se qualquer um de nós se movesse um centímetro em direção ao outro, estaríamos tocando um ao outro. Seu cheiro diferente chamou minha atenção e de repente me vi fantasiando. E o pior, eu queria mais.— Então, Jenny, como está o negócio no café? — Marie perguntou.Eu sorri.— Ótimo! Felizmente eu tive tempo suficiente para arrumar tudo após Adrian me dizer que estava vindo aqui.— Café? — Pierre perguntou.— Sim. — Disse Adrian. — Jenny possui um café. Um incrível café. Você deve experimentar na próxima vez que for a Londres.— Então, você começou tudo isso no seu país? — Pierre perguntou, seu rosto mostrando um interesse repentino.Eu balancei a cabeça.— Eu guardei um pouco de dinheiro durante a faculdade e trabalhei em uma empresa corporativa por um ano até que tivesse o suficiente e, em seguida, construí o meu café. Ele é meu bebê.— E... — Antes de Pierre poder continuar o que ele estava dizendo, meu telefone tocou. Eu dei a ele um olhar de desculpas e o tirei do bolso do meu jeans.— Sinto muito, eu tenho que atender isso. — Eu disse.— É urgente? — Marie perguntou.Eu balancei a cabeça.— Oh, não. É apenas a minha mãe. É que eu esqueci completamente que... Oh droga!Adrian riu e eu atirei-lhe um olhar firme de repreensão. Levantei-me, me afastei da mesa e atendi.— Oi mãe!— Querida, você está ocupada? — A minha mãe perguntou e eu peguei a urgência em sua voz. Mamãe era geralmente calma e composta.— Hum... não. — Respondi. — O que aconteceu?— Shelly está aqui e ela está pedindo para ver você, falar com você.Porra.— Mãe? Dê-me um minuto e eu vou chamá-la no vídeo, está bem? — Eu perguntei, respirando fundo para me acalmar.— Claro, querida. — Disse minha mãe. — Só não demore muito.— Sim, mãe. Dois minutos.Corri de volta para a mesa.— Eu sinto muito, mas não posso acompanhá-los para o chá. Algo realmente importante surgiu.— É trabalho, querida? — Marie perguntou.— Uh... não. — Eu disse e, em seguida, olhei para Adrian. — Shelly está na minha casa.— Merda! — Ele amaldiçoou e antes que eu percebesse, ele estava me arrastando até as escadas. Uma vez que chegou ao meu quarto, eu liguei no meu laptop e assim que eu entrei, o rosto preocupado da mãe encontrou o meu. Eu fiz uma careta. O que Shelly quer agora?— Mãe, quando ela veio? — Eu perguntei.— Cerca de uma hora atrás. Eu queria pará-la. Ela foi para o seu apartamento, mas você não estava lá e ela ainda foi para o café. Depois disso, ela veio pedindo para ver você.Mamãe estava preocupada. Era óbvio em seu rosto. Ela não sabia o que fazer ou dizer. Shelly poderia ser completamente uma chata. Eu só a tinha visto duas vezes e eu já sabia que ela era uma senhora inconveniente. Ela sempre conseguia o que queria.— Mãe, basta trazê-la aqui. — Eu suspirei.Minha mãe franziu a testa.— Onde você está, Jenny?Dei-lhe um pequeno sorriso desconfortável,— Uh... Você sabe... culpa ... do Adrian!— Ei! — Adrian protestou. — Eu não fiz nada! Ela concordou em vir comigo Sra. Kingsley.— Onde estão vocês? — Mamãe perguntou, franzindo a testa agora.— Itália? — Mordi o lábio, esperando pelo melhor. Eu não sabia qual seria a reação dela, mas eu realmente esperava que ela não caísse como toda mãe em cima de mim.— O que?! — Ela exclamou. — Vamos falar sobre isso mais tarde, agora você tem que tirar essa mulher da minha casa!— Sim, mãe. — Eu concordei. Eu ouvi alguns barulhos e depois o rosto de Shelly veio à tona. — O que você quer? — Eu perguntei a ela.— Eu queria ver você. — Shelly respondeu, chateada pelo meu tom. — Mas foi difícil com o seu jogo de esconde-esconde.— Eu não estou brincando de esconde-esconde. — Eu disse entre os dentes. — Eu não quero conhecê-la. E eu não estou no país.— Onde você está? — Ela incitou.— França. — Adrian respondeu por mim e se possível, o cenho de Shelly tornou-se mais pronunciado.— Eu... — Shelly começou a dizer, mas eu a cortei.— Olha, eu não estou aí e eu realmente não posso falar com você agora. Eu estarei de volta em três semanas, eu posso falar com você, então?Ela fez uma pausa, considerando o que eu disse. Então ela deu a Adrian um olhar afiado. Depois virou o rosto para mim.— Bem, então tudo bem. — Em seguida, ela acrescentou com um sorriso adocicado. — Você está ciente do que vai acontecer se você não mantiver sua promessa.— Muito. — Eu rebati, saindo antes que pudesse dizer qualquer coisa. Eu caí para trás e Adrian sentou-se ao meu lado.— Bem, nada. — Adrian xingou e eu os meus pensamentos espelhavam os dele. Ele era como o irmão que nunca tive. Ele sabia tudo sobre mim e como tudo isso me levou até a borda. Ele não era como todas as pessoas gays extravagantes que você via na TV. Ele era um cara normal, que gostava de fazer coisas normais, mas que preferiu seu próprio sexo.— Você quer sair e esquecer um pouco as coisas? — Adrian perguntou gentilmente.— Não, está tudo bem. Nós vamos para baixo, eu me sinto mal por deixar o chá assim.— Mamãe não vai se importar, Jenny. Eu vou apenas dizer-lhe que tinha um telefonema estressante e teve que relaxar.Dei-lhe um sorriso. — Está tudo bem. Vamos descer.Descemos em silêncio absoluto. Marie ainda estava na sala de jantar, falando com Pierre. Eles olharam para cima quando entramos. Marie sorriu e o olhar no rosto de Pierre me disse que eu não gostaria do chá
— Você sabe que este é um tema sensível, Jenny. Deixa assim, por favor.Relutantemente, eu assenti. Se era isso que ele queria, eu respeitaria.Eu não conseguia dormir. Tentei tanto quanto eu pude, mas não consegui convencer meu corpo a seguir a minha mente. Eu devia estar com jet lag, cansada, na máxima exaustão, era a explicação. Mas eu estava também bastante confusa. Olhei para o relógio e percebi que era tarde demais para ligar para a minha mãe e eu realmente não estava preparada para a gritaria dela.Ela iria me dizer exatamente que era uma estúpida decisão essa que eu tinha feito e eu não estava pronta para ouvir isso ainda. Então, eu saí da cama e vesti um roupão de seda caro que eu tinha trazido. Estes eram os prazeres que me deixavam mais culpada, pois era onde boa parte do meu dinheiro se ia.Puxei-o em torno de mim com força e amarrei-o. Coloquei minhas pantufas felpudas e sai do quarto. Eu esperava que não tivesse ninguém acordado em nenhum lugar, ou isso seria muito embar
— Parece que você teve o pior dos castigos. — Comentou Pierre. Eu me virei para olhar para ele em confusão. Ele estava dirigindo-nos para a cidade.Fazia uma hora desde que deixamos a casa dos seus pais e não havia tido uma palavra entre nós. Eu até pensei duas vezes sobre ligar o rádio, mas decidi não arriscar. Pierre parecia tão sério na condução que eu não pude sequer pensar em perturbá-lo.Isso me assustou ao mesmo passo que me fascinou. Ele tinha essa vibração perigosa que eu podia sentir a partir de uma milha de distância. Ele era o cara que meus pais me disseram para ficar longe.— Jennifer? — A voz de Pierre me tirou dos meus devaneios. Um rubor cobriu meu rosto quando eu percebi que ele estava esperando que eu respondesse.— Desculpa, o que? — Corei novamente.— Estava em uma espécie de porão próprio, Jennifer? — Eu me repreendi.— Parece que você tem uma detenção tripla nesse aspecto.— Eu não sabia que minha atitude era tão horrível. — Ele disse e, embora estivesse provavel
Eu estava prestes a responder, mas meu telefone tocou. Eu olhei para o identificador de chamadas. Mamãe.— Oi, mãe. — Eu disse com cautela, esperando a tempestade.— O que você estava pensando? — Ela me repreendeu, sem sequer uma saudação. — Você sabe quanto problema isso vai causar?— Mãe, — eu interrompi, — eu sei. Você sabe o quão difícil é para dizer não a ele.— Isso não é desculpa, Jennifer. — Eu podia imaginar o rosto da minha mãe, e eu não tinha nenhuma dúvida de que ela estava franzindo a testa.— Eu sei, mãe! — Suspirei. — Adrian não teria desistido até que eu dissesse que sim. Você sabe como ele é.— Você percebe o que vai acontecer quando ele sair do armário?Rangi os dentes.— Eu sei, mãe. Eu percebi depois que eu vim aqui. Eu não deveria ter aceitado, eu sei.Mamãe suspirou. — Querida, para o seu bem, espero que o Adrian volte a si.— Eu também, mãe. Te amo. — Eu sorri.— Também te amo, querida. Divirta-se. — Minha mãe disse e cortou a chamada.— Sua mãe? — Pierre pergu
— Jenny? — Ouvi Adrian dizer e pulei para longe de Pierre como se ele estivesse em chamas. Pierre tinha um olhar sombrio no rosto, enquanto olhava para a figura que se aproximava.Adrian caminhou em nossa direção, vestido elegantemente em um terno, com um sorriso no rosto. Metade de mim estava brava com ele, a outra metade feliz que ele veio em cima da hora e me salvou de ser violada por Pierre Lawrence. Ok, talvez eu estivesse exagerando, mas eu sabia que uma vez que aqueles lábios luxuriosos tocassem os meus, eu estaria perdida.— A-Adrian. — Eu gaguejei, tentando manter minha voz normal. — O que... Por que você está aqui mais cedo?— Eu disse ao meu pai que o tempo gasto com a minha namorada impressionante era mais importante, e que eu iria te ajudar com as suas coisas hoje à tarde.Engoli em seco.— Oh? Ahm... Nós estávamos apenas tomando um pouco de sol aqui.O rosto de Adrian ficou amassado com preocupação e confusão.— Você está bem, Jenny? Você parece um pouco pálida.Eu balan
Olhei para ele com os olhos arregalados. Como ele sabia? “Você foi uma burra, Jenny!” gritou uma voz dentro de mim.— Do que você está falando? É claro que Adrian é meu namorado. Você por acaso é idiota?Ele sorriu, curvando-se, e por isso ficamos ao nível dos olhos um do outro.— Eu não sou a porra da sua namorada, eu sou a sua melhor amiga! — Ele disse em uma voz feminina falsa. — O que foi isso sobre você ser sua namorada?— Ahm... eu não sei o que você ouviu, mas eu não disse isso. — Gaguejei terrivelmente. — Deixe-me ir, Pierre! Estou namorando seu irmão, você não tem nenhuma...Seus lábios se esmagaram contra os meus, me silenciando. Eu não respondi, chocada. Ele me beijou mais forte, sua língua sondando meus lábios e todos os meus pensamentos racionais se esvaíram. Então eu o beijei de volta ansiosamente, amando a sensação dos seus lábios contra os meus. Ele empurrou sua língua na minha boca mais forte, como se estivesse transando com ela.Gemi contra ele, seus lábios e língua
Olhei para Pierre, recuando de volta em total surpresa enquanto ele se afastava de mim. Ele estava me provocando? O que no mundo que ele quis dizer com isso? Eu não tinha tanta certeza do que seu jogo era e isso me fez sentir muito desconfortável.Adrian se aproximou de mim e franziu a testa quando viu meu rosto.— Tem alguma coisa errada, Jenny?Eu balancei a cabeça, engolindo o champanhe restante, e tendo outra taça quando o garçom passou por nós. Adrian ergueu as duas sobrancelhas para mim.— O que? — Eu murmurei, tomando mais um gole.— Você está tentando ficar bêbada de propósito? Você está agindo muito estanho.Eu fiz uma careta, sem saber o que dizer. O que eu poderia dizer? Seu irmão ameaçou me provocar? E eu não tenho nenhuma ideia de que forma ele quis dizer isso. Ok, talvez um pouco de uma ideia, mas não muito.— Jenny? — A voz de Adrian me tirou dos meus pensamentos. Ele estava olhando para mim com preocupação em seus olhos, fazendo-me sentir muito culpada por beijar seu i
Assim que levei a primeira garfada de comida à boca, eu senti os dedos no meu vestido. Engasguei e Adrian, atencioso como sempre, gentilmente acariciou minhas costas.— Você está bem, Jenny?Eu balancei a cabeça, tomando um gole da água. Pierre continuou sua exploração, as mãos deslizando para dentro da fenda do lado do meu vestido. Eu quase engasguei de novo com as sensações passando por mim. Calor começou a inundar o meu núcleo e os meus mamilos ficaram tensos através do vestido. Gotas de suor se formaram na minha testa, meu corpo reagiu de forma tão completa, tão... totalmente entregue ao seu toque.Quando o garçom tirou os nossos pratos de entrada para que o prato principal fosse servido, a mão de Pierre moveu meu vestido mais acima, para que sua mão tocasse o interior das minhas coxas. Tão perto do lugar onde eu queria que seus dedos estivessem. E embora eu quisesse evitar que da minha boca saíssem quaisquer sons de encorajamento enquanto eu tentava continuar com a minha refeição