Pierre ficou olhando para mim com expectativa. Eu estava com os olhos marejados e minhas palavras ficaram presas na garganta. Nem se eu quisesse, poderia dizer não. Sinceramente, quando conheci Pierre nunca imaginei, nem mesmo em meus melhores sonhos, que ele seria meu marido. E aqui estava ele agora, esperando uma resposta que com certeza estava clara no meu rosto como a lua lá fora.— Sim.Ele soltou um suspiro audível. Eu ri e afastei as lágrimas com as costas das mãos, em seguida, ele foi até a mesinha, abriu a caixinha e se ajoelhou.— Jennifer Kingsley Harrison, é uma enorme honra fazer de você minha noiva. Obrigada por aceitar fazer da minha vida uma vida mais feliz.Ele pôs o anel no meu dedo, se levantou e me puxou para si. Colamos nossos lábios e caminhamos até a cama.— Por que não me deixa colocar a lingerie daquela arara ali? — perguntei contra sua boca, enquanto ele me beijava.— Podemos pular essa parte. — ele enfiou as mãos pelas minhas costas e desabotoou meu sutiã. —
— Você vai se casar. — A voz de Adrian estava atordoada. Como se ele não soubesse de antemão, ou como se ele tivesse acabado de ouvir sobre isso.Eu levantei minhas sobrancelhas.— Por isso que estamos aqui, e eu estou em um vestido de casamento.— Merda. Você vai mesmo se casar. — ele repetiu.Eu franzi a testa e estava quase perguntando se ele ainda estava de ressaca, mas então ele falou novamente.— Você deveria continuar sendo uma solteirona cheia de gatos.— Eu odeio gatos, Adrian. — Eu ri para ele.— Ainda assim. Quem é estúpido o suficiente para se casar com você?— Seu irmão. Pare de bancar a cadela recalcada no meu casamento.— Eu não estou sendo recalcada. — Adrian sorriu para mim e depois me abraçou. — Você está linda. Meu irmão não vai saber o que o atingiu. Mas admito que estou com um pouquinho de inveja por você se casar e eu não.— Quem sabe você não consegue arrastar o Dylan para uma capelinha aqui em Vegas. Ele já descansou da viagem?Dylan não veio para Vegas conosco
Calma, Jennifer. Lembre-se de respirar. Você tem tempo. Eu repetia para mim mesma o tempo todo. O problema é que é difícil se concentrar nessas coisas quando você está sentindo uma dor horrível que parece que vai arrancar uma parte do seu corpo.— Eu estou aqui, cara.A voz calma e tranquilizadora do Pierre também não estava ajudando. Eu sabia que era para ser reconfortante, mas se ele dissesse isso mais uma vez, eu jogaria a primeira coisa que minha mão alcançasse na cabeça dele.Adrian estava dirigindo como um louco pela rua e eu não aguentava mais. Eu queria entrar logo na sala de cirurgia. Eu tinha sido teimosa e esperado até o último minuto, aparentemente. Se eu tivesse resolvido ir ao hospital na noite anterior, não estaríamos xingando motoristas lentos ou furando sinais ao meio dia.— Adrian, acelera mais. Ela está esmagando minha mão. — Pierre disse com a voz sofrida. Eu tinha pegado sua mão na hora em que entrei no carro e ela já devia estar branca por causa da minha pressão.
— Jenny, ursinha! — Eu ouvi um grito alto e gemi interiormente.Me virei e olhei para o meu o melhor amigo, Adrian, que sempre pensou que poderia vir quando bem quisesse ao meu café.— Sim, Adrian? — Eu perguntei sarcasticamente, sabendo que ele estava ali, provavelmente, porque tinha dado uma pausa no trabalho e queria me irritar. Eu não queria ser rude, ele era meu melhor amigo, afinal de contas, mas às vezes ele era um chato de galochas.— Eu estou fazendo aquela lasanha que você adora hoje. — Ele sorriu, mas eu vi algo em seus olhos. E realmente não pude saber de primeira o que era.— Qual é a ocasião? — Eu perguntei, guardando alguns arquivos.Adrian desviou o olhar desconfortavelmente. Ele era, provavelmente, o cara mais fácil de conviver com o qual eu me deparei. Havia alguma coisa sobre o Adrian que me atraiu quase que instantaneamente. Era impossível não gostar dele. Ele era lindo, realmente lindo. Com sua linhagem meio francesa, meio italiana, ele definitivamente atraía os o
— Namorada? — Engoli em seco. — Quem é sua namorada?— E é exatamente aí que você entra. — Ele disse com um sorriso esperançoso e eu entendi. Mas recusei de imediato.— Não.— Por favor, Jenny. — Meu melhor amigo me implorou. Eu balancei minha cabeça. Eu não poderia fazer aquilo, eu não faria.Adrian queria que eu fingisse ser sua namorada? Aquilo era ridículo.— Não! — Eu quase gritei, minha voz um pouco embargada quando ele fez uma cara triste para mim. Oh meu Deus. Era como se estivesse escrito, eu cederia para ele.— Por favor, Jenny. — Ele suplicou novamente. — Apenas duas semanas, eu prometo. Basta pensar nisso como um período de férias apenas.— Ficar de férias não tem nada a ver com ser a namorada meu melhor amigo gay. — Eu disse firme, mas abaixei a cabeça quando senti que cederia.— Jennifer... — Ele demorou a continuar e eu olhei para ele. — Você sabe que eu não posso contar... Eu não posso...— Duas semanas. Isso é tudo. — Eu finalmente cedi e ele sorriu, me puxando para u
— Você não foi embora. — Disse ele lentamente, como se escolhesse as palavras certas. — Sinto muito por sair assim. Eu não deveria ter feito isso. Vou dizer aos meus pais. Você não tem ideia de como eles são caretas. Eu sei que isso não é desculpa, mas vou falar com eles, mas em um futuro distante.Eu balancei a cabeça para ele. Ele era como uma criança, às vezes.— Ajude-me na limpeza antes que pareça mais como se um furacão tivesse atingido este lugar.Ele riu. — Você já arrumou suas malas?— Não. — Eu balancei a cabeça. — Eu não sei o que levar. Eu estava esperando que você pudesse me ajudar.— Precisamos ir às compras! — Adrian anunciou.Eu estava prestes a virar e correr quando ouvi essas palavras, mas o olhar severo dele parou minhas pernas.— Eu não quero ir às compras! — Eu exclamei. — Eu tenho que terminar meu trabalho no café. Eu estou saindo por duas semanas.Ele estreitou os olhos para mim. — Você é a chefe, você pode tirar férias quando quiser.— Por favor, Adrian, não...
Eu saí e quase babei sobre a vista. A mansão na minha frente era linda. Era um espetáculo para ser visto. Havia um pequeno lago de um lado e um grande gramado. A casa em si era enorme. Adrian pegou a minha mão na sua e eu ohei para ele confusa, até perceber. Ah, o nosso papel...— Ah, e Jenny? — Adrian sorriu quando entramos na casa. Dei-lhe um olhar interrogativo. — Você não tem que se fingir de difícil. Basta pensar em todas as fantasias que você teve sobre mim. Como eu sou irresistível, como eu sou sexy... — Ele parou.Eu não sabia se devia rir, chorar ou dá-lhe um tapa. Eu resolvi então apenas bater no seu braço, fazendo-o rir.— Adrian? — Uma mulher gritou e ele imediatamente colocou o braço em volta de mim. Uma mulher que parecia ter passado por uma cirurgia que correu mal entrou na sala. Eu desviei o olhar, não confiando em mim mesma para não rir. Agora eu entendia o que Adrian queria dizer com as cirurgias.— Senti tanto a sua falta! — Ela exclamou. — Venha e dê um abraço na s
Ele balançou a cabeça pelo meu comentário e pegou minha mão enquanto caminhávamos para dentro da casa novamente. Eu congelei quando entramos na casa. Pierre estava lá com Marie, e não havia sequer uma noção de remorso no seu rosto. Sua mãe empurrou-o e ele franziu a testa. Adrian apertou minha mão e eu olhei para ele, assegurando-lhe com os olhos que estava tudo bem.— Sinto muito. — Pierre pediu desculpas, mas ele não parecia estar arrependido. — Eu passei dos limites.Eu balancei a cabeça.— Eu sinto muito pelo tapa. — Agora que eu pensei sobre isso, eu realmente não deveria ter feito isso. Eu sei que ele cruzou a linha, mas eu não era normalmente uma pessoa violenta. Ele me deu um olhar sombrio. Eu sabia que ele não era tudo o que parecia demonstrar. Ele parecia tão centrado e... perigoso. Eu realmente não gostaria de conhecer o lado ruim deste homem.— Querido. — Marie disse. — Você e Jennifer vão ficar no mesmo quarto?Antes que Adrian pudesse responder, eu disse: — Só se estiver