5

Ele balançou a cabeça pelo meu comentário e pegou minha mão enquanto caminhávamos para dentro da casa novamente. Eu congelei quando entramos na casa. Pierre estava lá com Marie, e não havia sequer uma noção de remorso no seu rosto. Sua mãe empurrou-o e ele franziu a testa. Adrian apertou minha mão e eu olhei para ele, assegurando-lhe com os olhos que estava tudo bem.

— Sinto muito. — Pierre pediu desculpas, mas ele não parecia estar arrependido. — Eu passei dos limites.

Eu balancei a cabeça.

— Eu sinto muito pelo tapa. — Agora que eu pensei sobre isso, eu realmente não deveria ter feito isso. Eu sei que ele cruzou a linha, mas eu não era normalmente uma pessoa violenta. Ele me deu um olhar sombrio. Eu sabia que ele não era tudo o que parecia demonstrar. Ele parecia tão centrado e... perigoso. Eu realmente não gostaria de conhecer o lado ruim deste homem.

— Querido. — Marie disse. — Você e Jennifer vão ficar no mesmo quarto?

Antes que Adrian pudesse responder, eu disse: — Só se estiver tudo bem com você, senhora... — Eu parei quando ela me lançou um olhar, — quero dizer Marie. Nós realmente não nos importamos de não ficar no mesmo quarto.

— Fale por si mesma. — Adrian murmurou em voz alta. Dei-lhe um olhar de soslaio e o censo lúdico em seus olhos me fez querer rir.

— Vocês não vão ficar no mesmo quarto. — Disse Pierre e eu resisti à vontade de mandá-lo à merda. Ele certamente merecia. Marie olhou para ele com surpresa, e pareceu que ocorreu uma conversa silenciosa entre eles.

Ela assentiu com a cabeça. — Ele está certo. O pai de Adrian não iria gostar muito.

Dei-lhe um sorriso caloroso. — Tudo bem, Marie. São apenas duas semanas.

— Eu já mandei a equipe arrumar as suas malas no andar de cima, Adrian querido, vá e mostre à Jenny o quarto. Você podem ir se refrescar e vamos nos encontrar para o chá em duas horas. — Disse ela e, sem esperar uma resposta, ela saiu.

Adrian começou a subir as escadas, minha mão ainda na dele. Eu podia sentir que ele estava louco. Por que, eu não sabia. Era por causa do seu irmão?

— Por que você está zangado? — Eu perguntei e Adrian me lançou um olhar que me disse que ele me contaria tudo depois.

Nós caminhamos para um corredor, com portas cobrindo ambos os lados. Parecia haver uma grande quantidade de quartos aqui para uma família pequena como essa. Ele abriu a segunda porta à nossa direita e eu olhei ofegante. O quarto era incrível. Havia uma cama king size no meio, coberto com, o que eu suspeitava, lençóis de seda. Uma extremidade do quarto tinha janelas francesas que deu ao quarto um olhar vivo. A luz do sol brilhava através das janelas, fazendo com que algumas partes do quarto tivessem um toque mágico.

— Uau. — Eu engasguei. Adrian riu atrás de mim.

— Eu nunca pensei que veria Jennifer Kingsley se surpreender.

Virei-me e atingi seu braço.

— Você sabe. — Eu disse em tom de conversa. — Às vezes, eu acho que você está apenas fingindo ser gay para que possa sair comigo.

Ele me deu um olhar típico dele.

— Besteira, menina! Não se ache demais! Tenho orgulho de dizer que estou muito interessado apenas em pau.

— Você é um hipócrita. — Comentei.

— Sim, sim. Mas você me ama. — Ele respondeu e eu ri. — Eu vou tirar um cochilo, então fique à vontade.

Eu balancei a cabeça e estendi a mão. Ele a pegou e beijou minha bochecha,

— Obrigado por me trazer aqui, eu realmente adorei.

— Mesmo que você tenha que fingir ser minha namorada? — Adrian provocou e eu o empurrei para fora do quarto, logo quando Pierre subia as escadas. Adrian não percebeu e entrou em seu quarto, resmungando algo sobre não ser capaz de me entender em tudo.

Voltei para o quarto e abri a minha mala, tirando um vestido amarelo. Eu coloquei-o no sofá e peguei o meu celular do bolso. Ele tocou quando joguei todas as minhas coisas para fora, mas eu o desliguei.

Congelei quando ouvi uma voz atrás de mim.

— Qual é o seu jogo Srta. Kingsley? — Eu me virei, ficando cara a cara com Pierre Lawrence.

Eu me virei e olhei para ele com surpresa. O que? Eu nem sequer percebi que ele estava perto de nós. Mas com a sua pergunta, eu tinha certeza de que ele não tinha ouvido Adrian falando comigo. Eu só podia imaginar o tumulto que iria criar se tivesse.

— Bem, Jennifer? — Pierre cutucou, dando ênfase ao meu nome.

— Eu não sei do que você está falando. — Eu disse, orgulhosa que minha voz não vacilou e eu não parecia tão instável como eu me sentia por dentro. Algo sobre este homem me intrigava, me avisava. Ele soltava uma vibração perigosa, mas também tinha certa vulnerabilidade.

— Não seja tímida, Jennifer. — Ele franziu a testa. — Você obviamente tem que ter um motivo para estar com o meu irmão. Então qual é?

— E o que há de tão errado com o seu irmão? — Eu perguntei, esperando e rezando para que ele não dissesse algo como “Adrian é gay” ou algo assim.

— As meninas não costumam cair aos pés do Adrian. — Ele disse e eu pude ouvir a arrogância clara em sua voz. Ele pensava que Adrian não era suficientemente bom e as meninas não se apaixonavam por ele. Eu queria bater nele. Ele realmente tinha atravessado uma linha neste momento.

— Certo. — Eu disse entre dentes. — Porque elas estão muito ocupadas caindo aos seus pés? Mas eu não sou uma delas, Sr. Lawrence. Adrian é um homem incrível.

Eu tinha muito orgulho de ele ser meu melhor amigo.

— Ele tem o coração mais compassivo do mundo, é engraçado, fica comigo mesmo quando estou no meu pior momento e você sabe o quê mais, a lista é interminável. — Então eu adicionei com veneno. — O fato de que ele ser divinamente maravilhoso é apenas um bônus.

Pierre pareceu surpreso com a minha explosão. Ele não parecia se importar de ter acabado de insultar o irmão. Ele parecia se importar com o que eu disse sobre o Adrian e que eu quis dizer cada palavra.

— Você conseguiu me pegar de surpresa duas vezes em apenas algumas horas, Jennifer. — Pierre sorriu. — Primeiro com o tapa e agora isso. Então, você realmente não tem nenhuma intenção de roubar dinheiro do meu irmão?

Eu fiz uma careta para ele.

— Ele pode dizer a você que eu nem sabia quem era o seu pai ou sobre a linhagem dele até que a sua mãe me visitou alguns meses atrás e me fez a mesma pergunta. E, para a sua completamente e totalmente inadequada pergunta, não. Eu tenho dinheiro o suficiente para mim.

— E o que você faz?

Eu cerrei os dentes, com a certeza de que eu teria que ir ao dentista a este ritmo.

— Eu não estava ciente de que isso era um interrogatório. Estou muito cansada agora, por isso, se você não se importa, eu gostaria de descansar.

— Você está me rechaçando? — Pierre perguntou pasmo, como se o simples pensamento o apavorasse.

— Sim. — Eu falei devagar, como se falasse com uma criança. — Não espere que eu seja mais uma pessoa a cair aos seus pés.

Ele parecia tão surpreso que eu suprimi uma risadinha. Era óbvio que ele não estava acostumado a ser recusado ou a receber tais respostas. Seu belo rosto ficou enrugado, e uma parte da minha mente me disse como ele era bonito assim. Isso me atingiu como um balde de água fria. Fofa, Pierre Lawrence? Sim, eu definitivamente precisava de algum descanso.

— Ok, então. — Ele disse lentamente, como se ainda tentasse processar minhas palavras. — Eu vou deixá-la com ele.

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