*LEMBRANÇA*“Roman estava distante desde o beijo e isso a magoava, de fato, Sel acreditou que ele se sentia atraído por ela, mas agora estava culpada, pois, aparentemente havia outro alguém em sua vida.Ela não conseguia esquecer os olhos magoados e cheios de lágrimas da loira que os flagrou enquanto se beijavam intensamente. A primeira coisa que sentiu foi a vergonha, que a fez corar e querer se esconder eternamente. Depois disso, sentiu raiva, uma raiva que não cabia em si.Roman estava a usando enquanto se envolvia com outra mulher? Aquele era o tipo de homem que ele era?Talvez, por isso ele estivesse se mantendo distante, ao menos era o que Selena achava naquele momento.Fazia uma semana desde que o beijo havia acontecido e ela mal o via, porém, naquela noite, algo mudou. Henry havia saído numa viagem de negócios e ela estava praticamente só na mansão, já que os empregados mal interagiam com ela e Roman não estava ali.Mas se viu surpreendida quando, depois do jantar, alguém bate
— Entendi… — ele respondeu, quase como um rosnado, tentando se manter passivo até o momento certo. — Isso mesmo, é assim que tem que ser, riquinho de merda — o sequestrador acertou a nuca dele com um forte tapa, mas que não doeu tanto quanto deveria, já que Anthony estava com o sangue quente e isso o fazia mais resistente. — Seu vovô vaid ar uns bons milhões por você! Oh moleque fica aqui com quele! Depois disso, o homem que falava com Anthony se foi e, em seguida, um outro entrou. Os passos dele eram mais curtos e mais fracos, com isso, Anthony deduziu que ele era menor. Os ouviu cochichar algo e percebeu que a voz do novo sequestrador também era mais baixa e trêmula, ele parecia estar nervoso e ser muito jovem, provavelmente ele era o elo mais fraco daquele grupo e essa seria a oportunidade dele se livrar. O outro sequestrador saiu dali e os deixou sozinhos, mas não amordaçaram Anthony novamente e isso lhe deu uma vantagem. Nos primeiros minutos, ele ficou em silencio, ouvi
Quando acordou, Selena viu que o sol já havia nascido e que, certamente, já seria mais que oito da manhã. Preguiçosamente ela se mexeu na cama, esticando o corpo e bocejando enquanto tentava se lembrar do que tinha para fazer naquela manhã. Nesse exato momento, três batidas soaram em seu quarto. — Sel, o motorista dos Campbell chega em alguns minutos, você já acordou? — a voz de George soou por todo o quarto e ela arregalou os olhos, lembrando-se de seu compromisso singular. Aquele era o dia em que ela iria para a casa dos Campbell , o dia em que começaria a enteder o que havia acontecido no passado. Ao menos era o que achava e o que esperava. — Estou quase pronta! — mentiu, se levantando rapidamente e correndo para seu banheiro. Ouviu de longe os passos de seu pai se afastando e logo arrancou toda sua roupa, ligando o chuveiro e fechando a porta do box, entrando na água quente e começando um banho rápido. A água escorreu por todo seu corpo e Sel tentou acalmar as batidas de se
Depois de um café tranquilo, Sel decidiu dar uma volta. Esperava que Henry descesse, mas como ele não o fez, ela aceitou que aquele era um bom momento para começar sua busca. Mas o que estava procurando? Ela não sabia, na verdade, não fazia ideia.Mas estava confiante de que encontraria qualquer coisa, qualquer evidência, que dissesse por onde começar. Os empregados estavam distraídos com a arrumação do andar de baixo, bem como com os preparativos para o jantar e demais afazeres do dia, então, não foi difícil para ela se esgueirar para as escadarias e se direcionar ao terceiro andar, o último. Sel caminhou apressadamente, os corredores estavam vazios, mas nada impediria que alguém chegasse a qualquer momento, então, teria que ser rápida. Ela tinha um destino certo, apesar de não saber o que procurar ali. Agradeceu por Henry decidir se isolar naquele dia, ele tinha aquele costume, quando algo acontecia, ele escondia-se em seu quarto até que se sentisse bem para ser o mesmo de sempre
Quando a noite chegou, Selena estava exausta. Acabou passando todo o dia ao lado de Henry, tentando o consolar e o ajudar diante de todos os acontecimentos, mas quando a noite caiu ela finalmente conseguiu descansar, ao menos foi o que imaginou que aconteceria. A foto ainda estava em sua cabeça, ela tinha um pressentimento que aquela era a primeira peça, mas não sabia o que fazer diante daquilo. Mas a foto não era a única coisa que a incomodava, pelo contrário, havia ainda a misteriosa mensagem que a dizia para não confiar em ninguém.Quem havia mandado e porquê?Tudo aquilo a deixou extremamente distraída, tanto que sequer notou quando Roman chegou à mansão e se sentou junto a ela na mesa de jantar. Diferente de Sel, Roman estava muito atento, seus olhos negros se fiaram nela assim que ele adentrou a casa e, olhando-a dali, percebia quão distraida ela estava. Aos olhos de Roman, Sel parecia uma bela pintura feita especialmente para que ele a observasse, era inegável o quanto ela er
— Sua vadia! É isso o que você é! — Carina gritava enquanto era arrastada para fora, completamente insana. —Levem ela e não deixe que entrem de novo! — Roman ordenou, furioso com toda aquela cena. Então, quando o silêncio reinou novamente, ele voltou os olhos para Selena e segurou seu rosto entre as mãos, a olhando com culpa enquanto acariciava sua bochecha. — Está tudo bem? Ela te machucou muito? — seu tom era preocupado e por um momento Selena até acreditou nele, mas logo voltou a si. Ela deixou que seus olhos expressassem tristeza e confusão., mesmo que tudo o que sentisse fosse raiva. Aproveitou a vontade de chorar de ódio que sentia e sentiu seus olhos marejarem, com algumas lágrimas escorrendo por sua bochecha. — Quem é ela? Por que ela fez isso comigo? — perguntou Selena, com voz de choro, mesmo já sabendo a resposta. Queria ver a desculpa que Roman inventaria. — Ela é apenas alguém com quem eu tive algo… — ele disse, suspirando, abraçando Selena mais uma vez. — Hoje eu
A cena da noite anterior não saiu da cabeça de Sel. Ela sabia que aquilo iria acontecer, imaginava que Carina armaria sua primeira confusão por aqueles dias, mas não achou que a atacaria daquele jeito, ela nunca foi de perder a classe daquela forma. Outrora, antes de sua primeira morte, Carina e Sel competiram muito por Roman, infelizmente, Sel havia saído perdedora daquela batalha, mas esperava, por orgulho, poder se vingar agora.Carina havia se rebaixado ao atacá-la, mas aquilo não foi de todo ruim, afinal, era uma oportunidade, Carina perdeu a compostura e deu a Sel a oportunidade de se aproximar de Roman sem se esforçar, além de colocá-la no papel de vítima, que era exatamente onde queria estar, assim, ele não desconfiaria de suas pretensões.Ainda era difícil para ela estar na mansão Campbell como uma estranha, fingir que não conhecia bem todos aqueles corredores, que não sabia exatamente onde ir e onde não podia pisar, fingir que era a primeira vez que conhecia Roman e se
Coincidentemente, Roman e Henry não estavam em casa, então, ela poderia sair sem ser enchida de perguntas. Henry costumava ser bem curioso e superprotetor, se pudesse, a faria levar um segurança onde quer que ela fosse. Já Roman, apesar de ser discreto, era tão controlador quanto o avô e sempre a seguia com os olhos pela casa. Aproveitando a oportunidade, Sel correu para fora da mansão e pediu um uber, entrando nele antes que alguém a visse e passando o endereço para o motorista. O homem de meia idade que dirigia olhou para ela confuso, então perguntou:— Tem certeza que o endereço está certo, moça? — Claro — respondeu ela, unindo as sobrancelhas —, por que não estaria?— Ah, é que não é muito comum ver alguém saindo de uma casona para um bairro no subúrbio — respondeu ele, começando a dirigir, dando de ombros. — Vai visitar alguém?— Um amigo — ela respondeu, encostando o rosto na janela e observando a estrada. Depois dessa resposta, o motorista não disse mais nada, guiando o car