No dia seguinte a minha saída com John, eu tinha muita coisa a contar, para a minha amiga curiosa.
Nós pegaríamos o turno da tarde e noite. Resumindo, iríamos ficar de duas da tarde até uma da manhã, gemendo e fazendo com que homens ou mulheres gozassem.
— Isso meu gostoso. — gemo, enquanto lixo minhas unhas. — Goza pra mim. Ohhh...
— Aí... gostosa. — o homem do outro lado da linha geme e eu posso escutar umas ultimas batidas de punheta. — Uau... sua voz é tão maravilhosa... gostaria de poder...
— Foi ótimo passar esse tempo com você. Se quiser de novo, sabe para onde ligar. Time for sex, agradece seu orgasmo.
Corro para fora do departamento e aperto o botão do elevador rapidamente. John já devia estar para chegar e ele não poderia entrar.Assim que saio do prédio, estou ofegante. Só deu tempo de olhar para o relógio, quando escutei uma buzinada. Ando até o carro dele e entro, querendo matá-lo por ter me rastreado.— Eu sei. Foi errado. — ele diz. — Você estava chorando e ia fazer de tudo para não me contar, então eu tinha que dar um jeito. E então? O que aconteceu?Ao lembrar da recente ligação do homem da funerária, eu volto a chorar copiosamente. John me abraça rapidamente e passa a mão no meu cabelo.&m
Lilian se desespera.— Meu Deus! Social na casa de alguém famoso, com o John Davies e ainda vou conhecer o Dominic Davies! Pelo amor de Deus, Emma.— O que?— Nós temos que ir.— Ah... Eu... Eu acho melhor eu não ir. Larguei mais cedo do trabalho e amanhã vou dobrar. Preciso do dinheiro.Observo minha melhor amiga murchar e me dá um aperto no coração.— Bem, o convite foi feito. — John diz. — Emma, me leve até a porta?— Te levo ao térreo. Já volto, Lili.
— Eu ligarei mais vezes. Gosto de conversar com você...— Você é doido. — rio. — Mas obrigada por isso... eu realmente preciso desse dinheiro.— Até a próxima então. Espero ter boas notícias.— Tudo bem. Boa noite, bonitão.— Boa noite, linda.Sorrio boba, antes de desligar a ligação.Estava preparada para ir comer, quando meu chefe me chamou.— Sim?— Quem era na ligação?
Deviam ser quase sete da noite, quando alguém começa a esmurrar minha porta. Alguém não, Lilian.— O que você quer? — questiono, abrindo a porta.Ela me olha de cima a baixo, antes de invadir meu apartamento.— Estava dormindo?Olho minha imagem no espelho. Meu cabelo cacheado estava totalmente desgrenhado, parecia um ninho de passarinho, esqueci de tirar o rímel, o que me tornou um panda. E ela ainda me pergunta se eu estava dormindo.— Imagina. — resmungo, me sentando no sofá. — O que quer?— Te contar tudo da festa.Lilian falar da festa, me lembrou de John.— AI MEU DEUS! — grito, correndo para o banheiro. — JOHN CHEGARÁ DAQUI A POUCO.— John?— SIM! — respondo, já tirando o pijama. — Vai falando sobre a festa.No meu banheiro, tinha um box quadrado com parede
Chego mais para frente e passo meu braço pelo pescoço dele, agarrando em seus fios tingidos. A sincronia do nosso beijo e a forma com que ele acarinhava minha nuca, me fazia ter vontade de ficar ali para sempre.John parte nosso beijo e traz a mão que estava na minha nuca, até minha bochecha esquerda. Alisando ali, ele me encara e sorri.— Acho que esse foi o beijo mais sincero que já dei na minha vida.— Sincero? — gargalho. — É uma palavra interessante.— Apenas uma, das várias que posso dizer agora.— Dorme aqui? — pergunto, o pegando de surpresa.— Com você? Em qualquer lugar.[...]Minha coluna doía absurdamente, quando despertei. Estava com uma vontade enorme de esticar meus ossos, mas o baixo ronco que ouvi, me impediu.Ao olhar para cima, observo John dormir. Ele estava com a cabeça de lado e deita
Eu sempre fui muito cautelosa com as pessoas com quem me envolvia. Depois de Nicolas, eu me fechei para o sentimento e apenas dava uns beijinhos ou fazia sexo sem compromisso por ai. Mas desde o encontro que tive com John, a base de risadas, comida chinesa e vinho branco, toda a barreira que eu havia construído para manter o amor longe de mim, parecia estar desabando. E ele era o culpado daquilo.— Eu realmente preciso ir, baby. — diz, me dando um selinho. — Mando um carro vir buscar você às nove.— Eu trabalho amanhã cedo... devo levar roupa?John sorri.— Se você quiser dormir lá, será muito bem-vinda. Se não, eu te trago em casa a hora que quiser.— Eu já disse que você é um fofo? — pergunto, brincando com seu cabelo. — Agora vá! Não quero que se atrase.— Até mais tarde.John me beija
— Sou Alex, motorista do senhor Davies. Você deve ser Emma.Confesso que tinha respirado fundo, quando ele se apresentou. Minha cabeça já estava criando altos enredos, de como minha entrada no carro errado, iria acabar. E nenhum deles era bom.— Oh... — sorrio. — Sim, oi! Achei que... que John fosse vir.— Ele me pediu para buscá-la, pois está um pouco ocupado.Após passar o cinto, pego meu celular e aviso a John que estou no carro. Alex me olha de lado e liga o rádio.— Se incomoda? — questiona, quando a música preenche o carro.— Não. Fique à vontade.O motorista parecia ser bem novo. Diria até que tinha a minha idade. Estava me perguntando o critério de John, para escolhê-lo.— Tudo bem? — ele pergunta.— Sim, eu só... estava pensando no fato de você se
John coloca a mão em minha nuca e me beija profundamente.— Entendi... — murmuro, rindo contra seus lábios.— Hmmm... lembrei.— Do que?— Meu aniversário está chegando.— O que? — me espanto. — Quando?— Daqui três dias...— Como assim, John!? E você me conta assim?— Como queria que eu contasse? — questiona, rindo.— Ontem, antes de eu gastar todo meu dinheiro.