Lilian se desespera.
— Meu Deus! Social na casa de alguém famoso, com o John Davies e ainda vou conhecer o Dominic Davies! Pelo amor de Deus, Emma.
— O que?
— Nós temos que ir.
— Ah... Eu... Eu acho melhor eu não ir. Larguei mais cedo do trabalho e amanhã vou dobrar. Preciso do dinheiro.
Observo minha melhor amiga murchar e me dá um aperto no coração.
— Bem, o convite foi feito. — John diz. — Emma, me leve até a porta?
— Te levo ao térreo. Já volto, Lili.
— Eu ligarei mais vezes. Gosto de conversar com você...— Você é doido. — rio. — Mas obrigada por isso... eu realmente preciso desse dinheiro.— Até a próxima então. Espero ter boas notícias.— Tudo bem. Boa noite, bonitão.— Boa noite, linda.Sorrio boba, antes de desligar a ligação.Estava preparada para ir comer, quando meu chefe me chamou.— Sim?— Quem era na ligação?
Deviam ser quase sete da noite, quando alguém começa a esmurrar minha porta. Alguém não, Lilian.— O que você quer? — questiono, abrindo a porta.Ela me olha de cima a baixo, antes de invadir meu apartamento.— Estava dormindo?Olho minha imagem no espelho. Meu cabelo cacheado estava totalmente desgrenhado, parecia um ninho de passarinho, esqueci de tirar o rímel, o que me tornou um panda. E ela ainda me pergunta se eu estava dormindo.— Imagina. — resmungo, me sentando no sofá. — O que quer?— Te contar tudo da festa.Lilian falar da festa, me lembrou de John.— AI MEU DEUS! — grito, correndo para o banheiro. — JOHN CHEGARÁ DAQUI A POUCO.— John?— SIM! — respondo, já tirando o pijama. — Vai falando sobre a festa.No meu banheiro, tinha um box quadrado com parede
Chego mais para frente e passo meu braço pelo pescoço dele, agarrando em seus fios tingidos. A sincronia do nosso beijo e a forma com que ele acarinhava minha nuca, me fazia ter vontade de ficar ali para sempre.John parte nosso beijo e traz a mão que estava na minha nuca, até minha bochecha esquerda. Alisando ali, ele me encara e sorri.— Acho que esse foi o beijo mais sincero que já dei na minha vida.— Sincero? — gargalho. — É uma palavra interessante.— Apenas uma, das várias que posso dizer agora.— Dorme aqui? — pergunto, o pegando de surpresa.— Com você? Em qualquer lugar.[...]Minha coluna doía absurdamente, quando despertei. Estava com uma vontade enorme de esticar meus ossos, mas o baixo ronco que ouvi, me impediu.Ao olhar para cima, observo John dormir. Ele estava com a cabeça de lado e deita
Eu sempre fui muito cautelosa com as pessoas com quem me envolvia. Depois de Nicolas, eu me fechei para o sentimento e apenas dava uns beijinhos ou fazia sexo sem compromisso por ai. Mas desde o encontro que tive com John, a base de risadas, comida chinesa e vinho branco, toda a barreira que eu havia construído para manter o amor longe de mim, parecia estar desabando. E ele era o culpado daquilo.— Eu realmente preciso ir, baby. — diz, me dando um selinho. — Mando um carro vir buscar você às nove.— Eu trabalho amanhã cedo... devo levar roupa?John sorri.— Se você quiser dormir lá, será muito bem-vinda. Se não, eu te trago em casa a hora que quiser.— Eu já disse que você é um fofo? — pergunto, brincando com seu cabelo. — Agora vá! Não quero que se atrase.— Até mais tarde.John me beija
— Sou Alex, motorista do senhor Davies. Você deve ser Emma.Confesso que tinha respirado fundo, quando ele se apresentou. Minha cabeça já estava criando altos enredos, de como minha entrada no carro errado, iria acabar. E nenhum deles era bom.— Oh... — sorrio. — Sim, oi! Achei que... que John fosse vir.— Ele me pediu para buscá-la, pois está um pouco ocupado.Após passar o cinto, pego meu celular e aviso a John que estou no carro. Alex me olha de lado e liga o rádio.— Se incomoda? — questiona, quando a música preenche o carro.— Não. Fique à vontade.O motorista parecia ser bem novo. Diria até que tinha a minha idade. Estava me perguntando o critério de John, para escolhê-lo.— Tudo bem? — ele pergunta.— Sim, eu só... estava pensando no fato de você se
John coloca a mão em minha nuca e me beija profundamente.— Entendi... — murmuro, rindo contra seus lábios.— Hmmm... lembrei.— Do que?— Meu aniversário está chegando.— O que? — me espanto. — Quando?— Daqui três dias...— Como assim, John!? E você me conta assim?— Como queria que eu contasse? — questiona, rindo.— Ontem, antes de eu gastar todo meu dinheiro.
Ao perceber que parei no meio do caminho, John coloca sua mão na minha nuca e me puxa para um beijo de tirar o fôlego.— Bom dia. — murmura, ainda com os lábios colados nos meus.— Bom dia.Deposito mais um selinho em seus lábios e saio do carro. Fico parada na calçada, até que o carro de John vire na esquina, só então adentro o prédio.— Segura o elevador.Seguro a porta como me é pedido, por Lilian.— Oh... — murmura, quando percebe que sou eu dentro do elevador. — Oi...
— Para, Dom. O celular da Emma nem sequer tem leitor de digital e o único dinheiro que ela aceita de mim, é através de comida.Ele ri.— Irmão, você sabe que eu sou a pessoa que puxa a sua orelha e te incentiva ao mesmo tempo. — assinto. — Mas assim que eu ver algo, que vá te levar para o fundo do poço, eu vou fazê-la sumir.— Eu confio em você, mas não precisa se preocupar. A Emma é ótima.— Então eu acho que isso significa, que vá leva-la na estreia do filme.— Ainda não fiz o convite, mas vou. Só detestei o fato de terem marcado ess