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— Olhe para o senhor como está abatido. Deve descansar. Vá atrás da sua esposa, ela está-te a esperar no seu quarto.

Adair sorriu de lado, sem dizer uma palavra. Ele levantou da cadeira colocando as mãos nos bolsos e disse: — Um dia você conhecerá quem é Ana Stark.

A garota ficou curiosa e ficou com essa curiosidade só para ela. O lorde saiu da cozinha voltando para a biblioteca. Ivy seguiu o garoto, acompanhado-o. — Volte a dormir, amanhã será um novo dia nessa casa.

— Eu também acho senhor Adair.

O lorde abriu o quarto onde a sua mulher dormia.Adair parou na porta, colocando as mãos no bolsos e ele fixamente se perguntou o que ele fez para merecer aquela vida tão miserável.O lorde saiu do quarto fechando a porta em silêncio indo para outro quarto de hóspedes. Ivy arregalou os olhos o que acabara de ouvir. Sem entender o porquê Adair disse aquelas palavras sobre sua mulher, curiosa ela perguntou:

— O que te preocupa?

— Ainda não entrou em seu quarto para dormir? O que faz em pé a essa hora, garota?

— Não me respondeu, diga-me e depois irei dormir.

— São coisas difíceis de lidar, uma adaptação miserável.

— Shhh, não fala assim. Não sei o que está acontecendo com você, mas tudo ficará bem.

— Não sei há quanto tempo passará para resolver tudo, sabendo-me, que nunca isso irá acabar.

— Quando vim a tais coisas, você estará preparado, eu sei Adair.

— Assim seja, volte para o quarto para dormir está tarde. Diz ele, dando leves tapinhas em uns dos ombros dela.— Boa noite, Ivy.

Adair voltou para a biblioteca para resolver as coisas pendentes, os papéis em cima da escrivaninha eram algo muito importante para o seu trabalho no escritório, as vendas de Soja estava produzindo menos na empresa de Adair, Ana sua esposa não gostava de participar deste trabalho que para ela era cansativo.

Ana bateu na porta e um silêncio surgiu. Ela entrou mesmo assim murmurando: _ Vamos meu bem para a cama, deve estar exaurido. Chama ela.

— Não quero ir agora Ana, faz tempo que não dormimos no mesmo quarto, porque isso agora?

— Não seja grosseiro Adair, vim aqui fazer papel de esposa foi assim que o nosso pais fizeram.

— Não seja ridícula Ana, saia daqui preciso ficar sozinho.

— Que droga de casamento.Gritou ela.

Ana saiu da biblioteca, batendo a porta com toda a sua força, estava mais uma vez decidida a sair de casa para aproveitar a noite sozinha.

Aquela noite estava fria para uma mulher frágil sem proteção. A garota fumava enquanto os seus pensamentos lutam contras as lembranças do passado. _ Todos esses anos eu fiquei ao lado desse homem que nunca aprendi amá-lo tudo por culpa do papai,eu era uma mulher sozinha e feliz. Hoje sou infeliz graças àqueles que destruíram os meus desejos de mulher.Preciso de amor, praticar o ato. Não sei o que é isso.Disse ela tragando.

**********

Ivy estava impaciente com o seu novo quarto, a cama espaçosa e os lençóis de seda deslizavam, o cheiro de roupa lavada dava um ato de leveza naquele quarto . Os olhos dela não paravam de lacrimejar, sua mãe vinha em sua memória e sua tristeza provocada pelo o seu pai.

— Mamãe, como eu queria a senhora aqui._ Eu farei Adair buscar a minha mãe, terei a confiança dele. Eu preciso fazer algo , eu irei enlouquecer.

Ivy estava andando de um lado para o outro e nada de dormir o quarto tinha livros de todos os gêneros ,a garota não sabia ler. Ela passava as folhas para as outras páginas,cheirando o livro cheio de poeira pelo mau tempo de uso. A garota observava todo o quarto até a poltrona que estava sentada, os senhores da casa eram ricos ela pensava: _ Quem é rico Ana ou Adair? Esta casa é um luxo, não vi nada igual, nem na mansão de Michael Vila do Porto , entrei na última vez que fui passar a roupa da senhora Cristina sua esposa, só tinha móveis antigos ,tempos dos meus pais,e essa casa tem coisas nos tempo atuais. _ Eu não tive a Santa metade desse luxo todo,por Deus que não me castigue por minha soberba e ganância .Gostaria de ter esse luxo no vilarejo .

A garota deitou em sua cama, enrolando para se aquecer, os olhos estavam fechados para adormecer mais rápido. A respiração estava mais calma e sua tristeza estava indo embora. Ana abriu a porta do quarto, a garota se assustou levantando mais uma vez , fazendo o livro que estava em suas mãos como arma de proteção.

Ana se aproximou, Ivy estava estranhando aquela visita repentina._ O que foi senhora? Pergunta ela, se recompondo do susto.

— Estava perdida na minha própria casa.

— A senhora está bêbada, como pode fazer isso com você?

— Culpa daquele que diz meu marido.

— Não entendi a sua revolta?

— Não é para entender garota, só ouçam o que eu tenho a dizer, sofro por causa dos meus pais, trabalho até demais para esquecer um pouco da realidade que vivo ,o que adianta viver nesse luxo todos se não tem amor?

— Não sei o que eu diga ,senhora, cheguei hoje não sei o que aconteceu em sua vida, por isso eu sinto muito.

— Sinto que é ingênua até demais, não seja assim, irá perder muita coisa, da mesma maneira que eu perdi, pessoas decidindo por você.

— Eu te entendo , meu pai me vendeu para você sem o meu consentimento então… pessoas decidiram por mim. Perdi a minha vida lá onde eu moro e agora estou aqui em sua casa para fingir que sou sua filha.

— Que grosseira garota. Respondeu ela ,quase não aguentando ficar de pé.

Adair chegou na hora para tirar a moça da saia justa, o rapaz estava envergonhado por aquela situação desagradável. _ O que faz aqui Ana? Pergunta ele.

— Não é da sua conta. Respondeu ela friamente.

— Bebeu de novo Ana? Até quando você irá parar com isso?

— Até não aguentar mais.

Adair pegou no braço puxando para fora do quarto, Ana estava mal, as suas recaídas eram constantes seu esposo não sabia o que fazer , quando isso acontecia em sua casa.

— Por Deus Ana ,não se entregue a esta bebida.

— É o único jeito para não lembrar que estou casada sem amor, que meu casamento é uma pura farsa.

— Não seja irônica, entre no quarto para dormir, amanhã estará nova em folha.

— Eu já disse que não quero dormir, pegue a garrafa de gim e gelo .

— Acabou a brincadeira , Ana.Disse ele deitando a mulher na cama.

Ana dormia reclamando, de tudo até pegar no sono. Adair tirou os sapatos de sua esposa para enrolá-la. Ele olhou fixamente se perguntando o que ele fez para merecer aquela vida tão miserável,ele saiu do quarto fechando a porta em silêncio indo para outro quarto de hóspedes.

Adair voltou para o quarto de hóspedes .Tirando as suas roupas deitado na cama para dormir , aquela vergonha não saia de sua cabeça, justamente na frente de uma estranha._ O que ela iria pensar? _ Já passei inúmeras vergonha com a bebedeira de minha esposa. Adair estava farto das loucuras e das piadas de seus vizinhos pela barulheira quando a senhora Stark fazia enquanto estava em sua bebedeira. _ Eu sou paciente , a cada dia . Meus dias e a minha paciência está se esgotando. Por Deus ajude-me acabar com essa loucura, não aguento mais,manda uma luz.Adair estava seguro em suas palavras, seu jeito e sua voz estava abafada pela sua exaustão.

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