Parte 103...Vlad— Você sabia, Vlad. Sempre soube... - Anton continuou — Mas optou por ignorar. Talvez porque goste dela, talvez porque acredite que pode controlá-la ou porque não tinha ideia realmente se ela era mais do que mostrava... Mas a verdade é que, seja como for, Elena e Marta são variáveis instáveis neste jogo - ele estreitou os olhos, me desafiando. — E você precisa decidir o que fazer com elas.Eu senti o peso do que ele estava dizendo. Era verdade. Gostasse ou não, Elena estava comigo, mas não estava de todo. E Marta... Marta pagaria com sangue.— Sorin, cuide de Marta. Agora! - ordenei, sem hesitar. — Você tem um casinho com ela, então vou deixar em suas mãos. Carta braca - fui firme. Ele me entende.Sorin assentiu, já saindo da sala, com uma fúria contida que eu sabia que ele estava pronto para liberar.Anton reclinou para trás, apoiando o braço no encosto da cadeira, mantendo aquele sorriso irritante.— Você sabe que precisamos resolver isso logo, Vlad. Antes que Elen
Parte 104...AntonA frustração cresceu dentro de mim, mas eu não queria pressioná-la. Em vez disso, decidi mudar de tática. Cheguei mais perto, inclinando-me sobre a mesa, tentando quebrar a barreira que nos separava.— Olha, Vicky. Eu não sou uma pessoa fácil de lidar. Você sabe que estou no mundo da máfia e que isso é perigoso. - eu estava sendo honesto, e talvez isso a deixasse mais confortável para abrir o coração. — Mas, por favor, não se esqueça que eu quero te proteger. E se há algo que você sabe, é melhor compartilhar.Houve um momento de silêncio, e então Vicky olhou nos meus olhos, como se estivesse procurando respostas. Está com medo. eu sei.— Eu só... - suspirou fundo — Eu fico com medo de... - ela começou novamente, mas a hesitação retornou — Ah! Esquece!A verdade era que, mesmo sendo um mafioso cruel, havia algo diferente em mim quando estava com Vicky. Eu não queria que ela fizesse parte desse mundo sombrio. Desde o momento em que a salvei, algo mudou em meu coração
Parte 105...ElenaA mão que apertava minha bunda entrou entre minhas coxas. Seus dedos penetraram minha carne e me fez soltar gemidinhos curtos.Vlad me virou de vez na cama e se inclinou sobre mim, tomando meu seio e seus dedos continuaram a me provocar, em um ritmo lento de entra e sai.Sua língua brincava com meu mamilo. ele sugava forte e suave, me fazendo ficar mais excitada e minha mente esqueceu de questionar o sangue ruim. Tinha que me concentrar.Quase vi estrelas quando ele mordeu meu mamilo, apertando entre os dentes. Isso me levou para outro ponto e o empurrei.— O que foi? - ele arfou.— Quero que me beije.Ele veio para minha boca e eu o parei com a mão em seus lábios.— Na boca não... - respirei fundo e vi seu olhar mudar — Outro tipo de beijo.Sim, eu fui ousada e ele gostou. Vlad foi descendo por meu corpo, sua língua tocando minha pele de modo suave e eu me estiquei, me apoiando nos cotovelos para observar.Dei um sorriso sem que ele visse. Nem eu sabia que podia ser
Parte 106...Elena— Sai de cima de mim... - comecei a me debater para ele sair de cima, mas ele prendeu meus braços — Vlad... Merda! Sai...— Calma, eu vou sair - deu uma balançada forte nos meus braços — Não adianta dar uma crise agora.Já senti uma tensão forte bater em mim e o calor do sexo que tínhamos acabado de fazer, já nem era notado mais.Vlad saiu de cima de mim, mas muito mais devagar do que eu queria. Quase dei um pulo quando ele me liberou e sentei me encostando na cabeceira da cama.— Que porra você disse?— Cuidado com a boca.— Vai à merda - tirei o cabelo suado da cara — Que merda foi essa que você disse?Ele sentou também, esfregando o rosto com força, com irritação ainda.— Precisamos conversar - sua voz estava carregada de tensão.Fiquei esperando ele explodir, mas ao contrário de mim, até que estava calmo.— Fala, Vlad - disse, tentando manter a pouca calma que tenho, mas minha voz traía a inquietação. — O que agora? Que novidade é essa? - cruzei os braços na fre
Parte 107...Elena— Você acha que pode simplesmente ir embora, agora que Mikhail descobriu quem você realmente é? Ergui a cabeça pra olhar pra ele, meus olhos se suavizando por um breve segundo.— E o que você quer que eu faça, Vlad? - minha voz saiu baixa. — Por que você se importa com isso? — Porque... - ele molhou os lábios ressecados com a ponta da língua.— É só me deixar ir, junto com a Vicky. Ele nem vai saber que você me ajudou... Por favor!— Eu não quero que você vá!Isso me deixou travada. A voz dele ficou rouca. Não sei se entendo o que ele sente.— O que está tentando me dizer, Vlad? - minha voz ficou baixa, mais do que eu gostaria.Ele me soltou e passou a mão pelos cabelos, como se estivesse frustrado, com hesitação, meio que segurando as palavras.— Eu sempre achei que sentimentos eram fraqueza. Algo que poderia ser usado contra mim... E talvez ainda pense assim. Mas com você... - ele parou por um momento, como se estivesse lutando com o que sentia. — Com você é dif
Parte 108...ElenaEu estava sentada no chão do quarto, abraçando meus joelhos, o telefone apertado contra o ouvido como se ele pudesse me salvar do que estava acontecendo. As paredes da cobertura pareciam sufocantes, como se estivessem se fechando ao meu redor. O silêncio que caía sobre o ambiente era perturbador, apenas interrompido pelo som de minha respiração descompassada. Vlad tinha saído.O peso da revelação dele ainda estava sobre mim como uma sombra, e eu não conseguia parar de tremer.Disquei o número de Vicky com mãos trêmulas. Ela atendeu no segundo toque, sua voz despreocupada.— Alô? Elena? Tá tudo bem?— Vicky... Você pode falar? - minha voz saiu como um sussurro quebrado, e eu senti o nó na minha garganta ficar ainda mais apertado. Mas eu tinha que contar a ela — A gente precisa ir embora... O mais rápido que der.— O quê? - a voz dela se tornou séria imediatamente. — Elena, o que está acontecendo?— Vlad descobriu que eu sou irmã de Mikhail... E Anton foi quem revelo
Parte 109...ElenaHesitei por alguns instantes, olhando para o telefone em minha mão. Minha única chance real de fuga parecia ser alguém que, até pouco tempo atrás, eu nem sabia que existia. Tinha mesmo que ser a Marta. Ela conhecia o submundo como ninguém, sabia como as coisas funcionavam. Se alguém podia me ajudar a escapar, era ela. Sei que ela disse que vai bolar algo pra mim e pra Vicky, mas me sinto tão apertada, com uma sensação esquisita. Acho que não vai fazer mal se eu insistir pra que me ajude.Ela já fez isso antes, de vontade própria e suas dicas para usar com Vlad deram certo.Com mãos trêmulas, disquei o número de Marta. O telefone tocou duas vezes antes de sua voz surgir, suave, mas carregada de uma frieza que me fez tremer.— Elena? - a voz dela soou curiosa, mas havia um tom calculado. — Marta... Desculpe ligar de novo... Mas eu preciso de ajuda. - minha voz saiu falhada, quase um sussurro. Eu estava bem preocupada e ela podia sentir isso. — Preciso sair daqui, fu
Parte 110...Elena— Você foi a primeira pessoa que conseguiu me fazer sentir algo. Algo que eu nem sabia que era possível. — Ele se aproximou, e a intensidade nos olhos dele me prendeu no lugar. Até engoli em seco — E isso me apavora. Mas também me faz querer te manter por perto. Eu não vou mentir, Elena... Eu nunca senti isso por ninguém antes. E essa... É a verdade.O silêncio entre nós era espesso, denso. O coração acelerado no meu peito e a respiração pesada eram as únicas coisas que me mantinham ancorada. Ele estava me dizendo que eu, de todas as pessoas, havia quebrado as barreiras dele?— Vlad... - murmurei, a voz tremendo levemente, dividida entre o que sentia e o medo que me rondava.— Eu sei que você quer fugir. - ele soltou, de repente, suas palavras me pegando de surpresa. — Eu sei que você e Vicky estão planejando sair daqui. - ele se afastou, o rosto de volta à frieza calculada. — Mas, antes que tome essa decisão... Só te peço uma coisa: não faça nada agora. Não até re