Parte 100...Elena— Está vendo como somos mantidas prisioneiras? - falei baixo — É assim que você quer viver sua vida?— Quanto tempo mais? - ele perguntou.— No máximo uma meia hora - respondi mantendo o sorriso falso.Ele voltou ao seu posto, mas a tensão aumentava. Precisávamos sair logo dali, antes que eles começassem a suspeitar. Eu segurei o braço de Vicky.— Escuta, eu sei que é difícil, mas a gente tem que sair daqui. Se não fizermos isso agora, vamos ficar presas nessa vida pra sempre. Eu já tenho um plano. Só preciso que você confie em mim.Vicky suspirou, os olhos ainda cheios de incerteza, mas depois de alguns segundos, ela assentiu levemente.— Tudo bem. Eu confio em você, Elena. Mas... Se der errado, a gente pode se dar muito mal, até mesmo acabar morta.— Eu sei. Mas é um risco que eu estou disposta a correr.— Você não pensa em dar uma chance ao Vlad? - eu franzi a testa — Assim... Tipo mudar um pouco o jeito como vocês se tratam... Sei lá...Pensei nisso. Por um momen
Parte 101...Elena— Eu acho que entendo você - Vicky disse, meio sem vontade — Mas é esquisito isso. — E você pensa que Anton foi até o México apenas para salvar você, por bondade de coração? - Marta riu.— Não... Eusei que não, mas ele me disse isso - Vicky ficou aborrecida — Ele não mentiu pra mim.— Será que não? - ela riu mais — Minha querida, eles são homens que fazem o que querem... Jogam com nossas vidas... Mentir é algo natural para eles.— Tudo bem, mas... Pra onde a gente iria? - perguntei, tentando não soar desesperada e para mudar o clima entre ela — Vlad tem olhos e ouvidos por toda parte. Como podemos escapar de alguém assim?Marta sorriu, ajeitando o cabelo com um movimento elegante.— Deixe isso comigo. Eu sei de lugares. Há rotas que Vlad não conhece, rotas que levam para longe. Lugares onde vocês podem desaparecer, mas, como eu disse, não posso fazer isso de uma hora pra outra. Vou precisar de alguns dias para acertar os detalhes.— E como vou saber a hora?— Eu vou
Parte 102...VladAnton sorriu de lado, um sorriso que fez meu estômago revirar de irritação. Ele sabia que o controle sobre a situação estava em suas mãos naquele momento, e ele não perderia a chance de maximizar isso. claro, depois me pediria algo que fosse valioso para ele.— Leonel estava no encalço de Marta. - ele parou, observando-nos, provocando a reação. — Ela é a verdadeira traidora. Uma espiã dos Petrov, infiltrada em seu meio e brincando de amiga leal e amante dedicada. — Os olhos de Anton brilhavam com malícia ao ver o impacto da revelação em cima de nós.Minha mente girava. Marta? Uma infiltrada? Mas fazia sentido. Cada detalhe, cada olhar, cada passo vacilante que ela deu ao longo das semanas.Eu até comecei a desconfiar há um tempo atrás, devido ela sempre ter compromissos que nunca eram bem explicados.— Marta... - murmurei, minha voz saindo mais baixa do que eu pretendia. — Ela está jogando dos dois lados? - apertei o punho.Anton assentiu lentamente, confirmando o qu
Parte 103...Vlad— Você sabia, Vlad. Sempre soube... - Anton continuou — Mas optou por ignorar. Talvez porque goste dela, talvez porque acredite que pode controlá-la ou porque não tinha ideia realmente se ela era mais do que mostrava... Mas a verdade é que, seja como for, Elena e Marta são variáveis instáveis neste jogo - ele estreitou os olhos, me desafiando. — E você precisa decidir o que fazer com elas.Eu senti o peso do que ele estava dizendo. Era verdade. Gostasse ou não, Elena estava comigo, mas não estava de todo. E Marta... Marta pagaria com sangue.— Sorin, cuide de Marta. Agora! - ordenei, sem hesitar. — Você tem um casinho com ela, então vou deixar em suas mãos. Carta braca - fui firme. Ele me entende.Sorin assentiu, já saindo da sala, com uma fúria contida que eu sabia que ele estava pronto para liberar.Anton reclinou para trás, apoiando o braço no encosto da cadeira, mantendo aquele sorriso irritante.— Você sabe que precisamos resolver isso logo, Vlad. Antes que Elen
Parte 104...AntonA frustração cresceu dentro de mim, mas eu não queria pressioná-la. Em vez disso, decidi mudar de tática. Cheguei mais perto, inclinando-me sobre a mesa, tentando quebrar a barreira que nos separava.— Olha, Vicky. Eu não sou uma pessoa fácil de lidar. Você sabe que estou no mundo da máfia e que isso é perigoso. - eu estava sendo honesto, e talvez isso a deixasse mais confortável para abrir o coração. — Mas, por favor, não se esqueça que eu quero te proteger. E se há algo que você sabe, é melhor compartilhar.Houve um momento de silêncio, e então Vicky olhou nos meus olhos, como se estivesse procurando respostas. Está com medo. eu sei.— Eu só... - suspirou fundo — Eu fico com medo de... - ela começou novamente, mas a hesitação retornou — Ah! Esquece!A verdade era que, mesmo sendo um mafioso cruel, havia algo diferente em mim quando estava com Vicky. Eu não queria que ela fizesse parte desse mundo sombrio. Desde o momento em que a salvei, algo mudou em meu coração
Parte 105...ElenaA mão que apertava minha bunda entrou entre minhas coxas. Seus dedos penetraram minha carne e me fez soltar gemidinhos curtos.Vlad me virou de vez na cama e se inclinou sobre mim, tomando meu seio e seus dedos continuaram a me provocar, em um ritmo lento de entra e sai.Sua língua brincava com meu mamilo. ele sugava forte e suave, me fazendo ficar mais excitada e minha mente esqueceu de questionar o sangue ruim. Tinha que me concentrar.Quase vi estrelas quando ele mordeu meu mamilo, apertando entre os dentes. Isso me levou para outro ponto e o empurrei.— O que foi? - ele arfou.— Quero que me beije.Ele veio para minha boca e eu o parei com a mão em seus lábios.— Na boca não... - respirei fundo e vi seu olhar mudar — Outro tipo de beijo.Sim, eu fui ousada e ele gostou. Vlad foi descendo por meu corpo, sua língua tocando minha pele de modo suave e eu me estiquei, me apoiando nos cotovelos para observar.Dei um sorriso sem que ele visse. Nem eu sabia que podia ser
Parte 106...Elena— Sai de cima de mim... - comecei a me debater para ele sair de cima, mas ele prendeu meus braços — Vlad... Merda! Sai...— Calma, eu vou sair - deu uma balançada forte nos meus braços — Não adianta dar uma crise agora.Já senti uma tensão forte bater em mim e o calor do sexo que tínhamos acabado de fazer, já nem era notado mais.Vlad saiu de cima de mim, mas muito mais devagar do que eu queria. Quase dei um pulo quando ele me liberou e sentei me encostando na cabeceira da cama.— Que porra você disse?— Cuidado com a boca.— Vai à merda - tirei o cabelo suado da cara — Que merda foi essa que você disse?Ele sentou também, esfregando o rosto com força, com irritação ainda.— Precisamos conversar - sua voz estava carregada de tensão.Fiquei esperando ele explodir, mas ao contrário de mim, até que estava calmo.— Fala, Vlad - disse, tentando manter a pouca calma que tenho, mas minha voz traía a inquietação. — O que agora? Que novidade é essa? - cruzei os braços na fre
Parte 107...Elena— Você acha que pode simplesmente ir embora, agora que Mikhail descobriu quem você realmente é? Ergui a cabeça pra olhar pra ele, meus olhos se suavizando por um breve segundo.— E o que você quer que eu faça, Vlad? - minha voz saiu baixa. — Por que você se importa com isso? — Porque... - ele molhou os lábios ressecados com a ponta da língua.— É só me deixar ir, junto com a Vicky. Ele nem vai saber que você me ajudou... Por favor!— Eu não quero que você vá!Isso me deixou travada. A voz dele ficou rouca. Não sei se entendo o que ele sente.— O que está tentando me dizer, Vlad? - minha voz ficou baixa, mais do que eu gostaria.Ele me soltou e passou a mão pelos cabelos, como se estivesse frustrado, com hesitação, meio que segurando as palavras.— Eu sempre achei que sentimentos eram fraqueza. Algo que poderia ser usado contra mim... E talvez ainda pense assim. Mas com você... - ele parou por um momento, como se estivesse lutando com o que sentia. — Com você é dif