Parte 97...ElenaMerda! Já é bem tarde e nada de Vlad aparecer. Que diabos ele quer? Me fazer ficar ainda mais instável emocionalmente?Eu já estou cheia de dúvidas, de medo e ele ainda fica brincando comigo?É um grande filho da puta, isso sim. É um jeito de manipular minha mente. Ele sabe que eu quero ir embora. Agora que a Vicky voltou eu posso ir, mas o acordo que fiz com ele diz que tenho que esperar até que me libere.Mas e se eu não quiser cumprir esse acordo até o fim? Se ele foi um sacana comigo, eu também posso ser com ele.É a lei das ruas de Chicago. Você tem o que você dá. Isso vale pra todo mundo.Estava distraída, olhando para baixo pela janela, que me assustei quando senti as mãos dele em meus ombros.— Que susto! - coloquei a mão no coração. Ele me virou de frente.— Não faça isso - segurou meu rosto entre as mãos. Apertei os olhos — Não fuja de mim!Porra! Engoli em seco. Como assim ele leu meu pensamento?— O-o quê?— Sua mente... Está longe... Você foge de mim o t
Parte 98...ElenaMe sinto irracional, mas não tem como evitar achar isso muito bom. Quente, forte, gostoso.Assim como ele. Vlad é tudo isso. E também é o culpado por eu estar presa nessa cobertura de luxo.Fazia movimentos lentos, pra frente e pra trás, pra cima e para baixo. Ele gemia e mordia o lábio. Isso é algo muito sexy.Eu posso me sentir ousada, tenho esse direito. Foi ele quem começou. Se vamos ficar nessa relação doente, fora do comum, eu posso aprender coisas que tragam benefícios também.Peguei suas mãos e trouxe para meus seios. Ele apertou e puxou meus mamilos. Eu arfei. Também posso dar as cartas.— Elena...— Cale a boca - comandei. Sorri ao ver seus olhos aumentarem rapidamente. Foi engraçado — Não quero conversar, Vlad - mexi mais rápido.Minha respiração estava desregulada. Senti a adrenalina percorrendo meu corpo, me levando junto na mesma excitação que ele.Sinto que ele não vai demorar. Acelero meus movimentos e dei um gritinho quando ele me empurrou de lado de
Parte 99...ElenaEu estava sentada na beira da cama, o celular nas mãos, olhando para a janela aberta. O vento frio de Chicago entrava no quarto, balançando levemente as cortinas. Vlad finalmente me deixara sair, mas claro, com a condição de que eu fosse acompanhada pelos seguranças. Era a chance que eu precisava, mas também um risco.Respirei fundo e disquei o número de Marta. Ela atendeu no segundo toque.— Marta, será que pode me encontrar hoje à tarde?— Claro. Você está na cobertura?— Não, eu vou sair com a Vicky... Quer dizer, eu vou ligar para o número que Anton deu a Vlad e marcar com ela. — Sei... Mas os dois estão sabendo dessa saída de vocês?— Sim... Marta, preciso de sua ajuda... Para escolher novas roupas - disfarcei, espero que ela entenda — Pra mim e para Vicky também.— Ok, por mim está ótimo. Mande o local e encontro vocês lá.— Está bem, vou marcar com ela antes e te envio uma mensagem depois - não sei se tem ou não algum tipo de escuta nesse aparelho que Vlad m
Parte 100...Elena— Está vendo como somos mantidas prisioneiras? - falei baixo — É assim que você quer viver sua vida?— Quanto tempo mais? - ele perguntou.— No máximo uma meia hora - respondi mantendo o sorriso falso.Ele voltou ao seu posto, mas a tensão aumentava. Precisávamos sair logo dali, antes que eles começassem a suspeitar. Eu segurei o braço de Vicky.— Escuta, eu sei que é difícil, mas a gente tem que sair daqui. Se não fizermos isso agora, vamos ficar presas nessa vida pra sempre. Eu já tenho um plano. Só preciso que você confie em mim.Vicky suspirou, os olhos ainda cheios de incerteza, mas depois de alguns segundos, ela assentiu levemente.— Tudo bem. Eu confio em você, Elena. Mas... Se der errado, a gente pode se dar muito mal, até mesmo acabar morta.— Eu sei. Mas é um risco que eu estou disposta a correr.— Você não pensa em dar uma chance ao Vlad? - eu franzi a testa — Assim... Tipo mudar um pouco o jeito como vocês se tratam... Sei lá...Pensei nisso. Por um momen
Parte 101...Elena— Eu acho que entendo você - Vicky disse, meio sem vontade — Mas é esquisito isso. — E você pensa que Anton foi até o México apenas para salvar você, por bondade de coração? - Marta riu.— Não... Eusei que não, mas ele me disse isso - Vicky ficou aborrecida — Ele não mentiu pra mim.— Será que não? - ela riu mais — Minha querida, eles são homens que fazem o que querem... Jogam com nossas vidas... Mentir é algo natural para eles.— Tudo bem, mas... Pra onde a gente iria? - perguntei, tentando não soar desesperada e para mudar o clima entre ela — Vlad tem olhos e ouvidos por toda parte. Como podemos escapar de alguém assim?Marta sorriu, ajeitando o cabelo com um movimento elegante.— Deixe isso comigo. Eu sei de lugares. Há rotas que Vlad não conhece, rotas que levam para longe. Lugares onde vocês podem desaparecer, mas, como eu disse, não posso fazer isso de uma hora pra outra. Vou precisar de alguns dias para acertar os detalhes.— E como vou saber a hora?— Eu vou
Parte 102...VladAnton sorriu de lado, um sorriso que fez meu estômago revirar de irritação. Ele sabia que o controle sobre a situação estava em suas mãos naquele momento, e ele não perderia a chance de maximizar isso. claro, depois me pediria algo que fosse valioso para ele.— Leonel estava no encalço de Marta. - ele parou, observando-nos, provocando a reação. — Ela é a verdadeira traidora. Uma espiã dos Petrov, infiltrada em seu meio e brincando de amiga leal e amante dedicada. — Os olhos de Anton brilhavam com malícia ao ver o impacto da revelação em cima de nós.Minha mente girava. Marta? Uma infiltrada? Mas fazia sentido. Cada detalhe, cada olhar, cada passo vacilante que ela deu ao longo das semanas.Eu até comecei a desconfiar há um tempo atrás, devido ela sempre ter compromissos que nunca eram bem explicados.— Marta... - murmurei, minha voz saindo mais baixa do que eu pretendia. — Ela está jogando dos dois lados? - apertei o punho.Anton assentiu lentamente, confirmando o qu
Parte 103...Vlad— Você sabia, Vlad. Sempre soube... - Anton continuou — Mas optou por ignorar. Talvez porque goste dela, talvez porque acredite que pode controlá-la ou porque não tinha ideia realmente se ela era mais do que mostrava... Mas a verdade é que, seja como for, Elena e Marta são variáveis instáveis neste jogo - ele estreitou os olhos, me desafiando. — E você precisa decidir o que fazer com elas.Eu senti o peso do que ele estava dizendo. Era verdade. Gostasse ou não, Elena estava comigo, mas não estava de todo. E Marta... Marta pagaria com sangue.— Sorin, cuide de Marta. Agora! - ordenei, sem hesitar. — Você tem um casinho com ela, então vou deixar em suas mãos. Carta braca - fui firme. Ele me entende.Sorin assentiu, já saindo da sala, com uma fúria contida que eu sabia que ele estava pronto para liberar.Anton reclinou para trás, apoiando o braço no encosto da cadeira, mantendo aquele sorriso irritante.— Você sabe que precisamos resolver isso logo, Vlad. Antes que Elen
Parte 104...AntonA frustração cresceu dentro de mim, mas eu não queria pressioná-la. Em vez disso, decidi mudar de tática. Cheguei mais perto, inclinando-me sobre a mesa, tentando quebrar a barreira que nos separava.— Olha, Vicky. Eu não sou uma pessoa fácil de lidar. Você sabe que estou no mundo da máfia e que isso é perigoso. - eu estava sendo honesto, e talvez isso a deixasse mais confortável para abrir o coração. — Mas, por favor, não se esqueça que eu quero te proteger. E se há algo que você sabe, é melhor compartilhar.Houve um momento de silêncio, e então Vicky olhou nos meus olhos, como se estivesse procurando respostas. Está com medo. eu sei.— Eu só... - suspirou fundo — Eu fico com medo de... - ela começou novamente, mas a hesitação retornou — Ah! Esquece!A verdade era que, mesmo sendo um mafioso cruel, havia algo diferente em mim quando estava com Vicky. Eu não queria que ela fizesse parte desse mundo sombrio. Desde o momento em que a salvei, algo mudou em meu coração