― Naturalmente, estou muito ciente de para quem você trabalha. Sei que ele é seu chefe. Então, se você realmente não pode me ajudar, apenas me leve de volta para casa. Não vou usar isso contra você ― disse Deirdre, apesar de já ter decidido coagir Sam capitalizando sua bondade.Ela tinha certeza de que Brendan nunca puniria Sam severamente, mesmo que o segurança desobedecesse a alguma ordem direta, o que significava que ela poderia ser mais enérgica e conseguir o que queria. No entanto, no final, ela não conseguiu encontrar forças para fazê-lo. Sam nunca tinha sido nada além de gentil e prestativo para ela e ela não podia se permitir forçar esse homem a ficar em uma posição ruim, só para atender a uma vontade dela.― Mas você vai tentar convencer o senhor Brighthall de alguma outra maneira se eu levar você de volta para casa, certo? ―Deirdre baixou os olhos.― Você não está errado. ―Sam suspirou.― Poxa vida. Acho... acho que posso pedir ao senhor Brighthall que concorde em te
A raiva de Deirdre se dissipou quando foi atingida por um forte cansaço. Afinal, Brendan estava certo, ela sabia o que estava por vir quando escolheu fazer aquilo.O empresário lançou um olhar de cima a baixo, na direção dela, com uma expressão ilegível.― Então, por que você está aqui, exatamente? ―Deirdre fechou os olhos.― Eu quero que você deixe Kyran viver em paz. ―― Como!? ―Ela abriu os olhos e engoliu o nó amargo que se formava em sua garganta. Seus lindos olhos claros estavam implorando a ele.― Por favor, Brendan, se você está chateado com alguma coisa, apenas desconte em mim. Não arraste Kyran nisso, por favor! Ele não sabe de nada e não merece isso. ―O absurdo dessa revelação caiu sobre ele. Então deu um passo na direção da jovem, ficando a centímetros de seu rosto.― Eu gostaria de poder abrir seu crânio, só para ver o que diabos acontece em seu cérebro. Você está me acusando de descontar em Kyran, de alguma forma!? ―― Estou errada? ― Um olhar de confusão var
― Se sente melhor? ― Brendan sorriu, seus olhos se estreitando com a visão. Então se curvou, pairando sobre ela, e gentilmente estendeu a mão na direção de Deirdre.Ela deu um tapa na mão, enquanto a vergonha crescia para dominá-la. Tudo o que acontecera era extremamente embaraçoso, mas Brendan era tão profissional em beijar que nem mesmo sua raiva pode combater com qualquer retaliação. Entretanto, mais uma vez, quando decidiu falar com aquele monstro, sabia que tudo aquilo iria acontecer.Então, apenas lutou contra a vergonha e cerrou as mãos:― Por quê? Por que você está fazendo isso? Se Charlene souber... Ela não vai ficar feliz com isso! ―O nome parecia ter evocado nuvens negras no olhar de Brendan que, impassível, respondeu:― Você quer saber o por quê? Porque é isso que nós somos. Isso é o que todos os homens são. Só porque a amo não significa que vou me guardar para ela ou algo estúpido assim. Sempre posso me entregar à minha antiga companheira de cama se fizer isso pelas
Deirdre se sacudiu para afastar os pensamentos e desafivelou o cinto de segurança.― Oh Deus. Desculpe. Eu estava perdida em pensamentos. Obrigada por me trazer para casa. ―― Não tem de quê. ― Sam hesitou por um momento, antes de perguntar: ― Hum, você não parece muito bem. Você está bem? O senhor Brighthall disse algo humilhante de novo? ―Deirdre desejou que a humilhação tivesse se resumido a algumas palavras. Ela desejava que ouvir comentários cruéis fosse tudo o que precisava para resolver seus problemas. Mas Brendan claramente gostava de prolongar o sofrimento. Deirdre se ressentia dele por isso, mas estava muito infeliz para fazer qualquer coisa a respeito.Ela não podia dizer nada a Sam, então sorriu e garantiu a ele que estava bem. Pegando o telefone, perguntou:― Você pode me ajudar a desbloquear o contato de Brendan? ―Sam não se lembrava mais de como mexer naquele modelo antiquado, mas não demorou muito para se acostumar. Levou apenas um minuto. Deirdre agradeceu e sa
― Bem, eu venho lhe dizendo para fazer isso há algum tempo, não é? ― Kyran respondeu suavemente. ― E apague as luzes também. Só chegarei em casa de madrugada, ou no raiar do dia. Não pense duas vezes antes de ir dormir. ―‘No raiar do dia, então? Bem, isso é tempo suficiente.' Deirdre agarrou a barra da saia com força.― Não... se esforce demais, tá? Quando tudo finalmente acabar, nós... vamos nos mudar para Germia. ―― Sim nós vamos. ― Ele soltou uma risada suave. ― Eu vou me casar com você lá. ―As orelhas de Deirdre ainda estavam vermelhas e queimando quando a ligação terminou, mas ela não teve tempo para se divertir. Apenas marchou para o guarda-roupas e pegou um vestido. Depois de se vestir, passou um batom e soltou o cabelo, então o alarme do celular tocou, avisando que era hora de ir.A jovem chamou um táxi e, trancando a casa, aguardou na frente da mansão. Quase não demorou tanto tempo, era o momento em que a vida noturna da cidade estava começando.― Para o Sigh and Sea,
― Onde está Brendan? ― perguntou Deirdre, com a voz mais forte.― Brighthall não está aqui, querida! ― O homem de meia-idade trouxe sua caneca de cerveja para ela e acariciou seu rosto. ― Você está aqui para nos servir. ―‘Servir?’ Os olhos de Deirdre tremeram. Mas, deu um tapa na mão do homem, dizendo com a voz ríspida:― Não me toque! ―O grupo caiu na gargalhada.― Oh! Que esquentadinha! ―O homem de meia idade agarrou a mão dela com a força de um urso.― Mas e se eu quiser tocar em você, hein? O que você vai fazer sobre isso, me diz? Brendan mandou você aqui para ser nosso entretenimento esta noite, querida. Faça-nos felizes, e nós faremos você muito feliz também! ―Os olhos trêmulos de Deirdre ficaram vermelhos. Ela estava tremendo. ‘Brendan me mandou aqui para ser o brinquedo deles!?’ Um calafrio percorreu suas entranhas. Cada respiração parecia uma facada em seus pulmões. Não era de admirar que Brendan tenha dito a ela para ir bem vestida. Ele nunca planejou deixá-la viv
Keith Cruz mal havia terminado sua frase quando Brendan, de cara muito tempestuosa, deu um soco no nariz do homem, fazendo com que o idoso gemesse e caísse no chão, enquanto sangue espirrava de seu nariz quebrado.Isso foi apenas o começo. O rosto de Brendan havia se contorcido em uma máscara de filme de terror e as veias saltavam de sua testa. Então agarrou o homem pelo colarinho e distribuiu mais golpes em seu rosto. Cada pancada era sólida como uma rocha e, mesmo com o sangue espirrando, não havia sinal de que Brendan diminuiria a força.Aconteceu tão rápido que o grupo ficou assustado demais para dizer qualquer coisa ou afastá-lo. Eles apenas o olharam boquiabertos, embora um deles conseguisse ter presença de espírito o suficiente para gritar:― O que você está fazendo, Brighthall? É no Cruz que você está batendo! Você vai precisar da ajuda dele, certo!? ―― Desde quando eu preciso de algum favor desse merda!? ― Brendan trovejou, seus olhos perigosamente vermelhos. Seu olhar er
Deirdre estava histérica e se lançou na direção do empresário, batendo com os punhos nele, em um ataque pós-traumático.― Você está feliz agora? Né? Você está finalmente satisfeito!? Nada te agrada mais do que me ver humilhada, desumanizada e sofrendo um colapso nervoso, não é? Seu demônio!? Se você me odeia tanto... se você me odeia tanto... então por que você não me deixou morrer e apodrecer na prisão!? Deixasse que morresse com meu filho e eu não teria que sofrer todo o seu tormento sem motivo! ―Brendan congelou. Parecia que um milhão de espinhos estavam esfaqueando seu peito simultaneamente, picando-o tanto que seus dentes batiam. Doeu, mas ele não conseguiu reunir forças para expressar isso.Demorou um pouco para se livrar daquela dor. Ele jogou os braços ao redor dela e a apertou o mais forte que pôde, como se estivesse preocupado que ela pudesse desaparecer se ele não o fizesse.― Desculpe. Me desculpe... eu deveria ter protegido você. ―Ele estava resmungando para si mesm