― Onde está Brendan? ― perguntou Deirdre, com a voz mais forte.― Brighthall não está aqui, querida! ― O homem de meia-idade trouxe sua caneca de cerveja para ela e acariciou seu rosto. ― Você está aqui para nos servir. ―‘Servir?’ Os olhos de Deirdre tremeram. Mas, deu um tapa na mão do homem, dizendo com a voz ríspida:― Não me toque! ―O grupo caiu na gargalhada.― Oh! Que esquentadinha! ―O homem de meia idade agarrou a mão dela com a força de um urso.― Mas e se eu quiser tocar em você, hein? O que você vai fazer sobre isso, me diz? Brendan mandou você aqui para ser nosso entretenimento esta noite, querida. Faça-nos felizes, e nós faremos você muito feliz também! ―Os olhos trêmulos de Deirdre ficaram vermelhos. Ela estava tremendo. ‘Brendan me mandou aqui para ser o brinquedo deles!?’ Um calafrio percorreu suas entranhas. Cada respiração parecia uma facada em seus pulmões. Não era de admirar que Brendan tenha dito a ela para ir bem vestida. Ele nunca planejou deixá-la viv
Keith Cruz mal havia terminado sua frase quando Brendan, de cara muito tempestuosa, deu um soco no nariz do homem, fazendo com que o idoso gemesse e caísse no chão, enquanto sangue espirrava de seu nariz quebrado.Isso foi apenas o começo. O rosto de Brendan havia se contorcido em uma máscara de filme de terror e as veias saltavam de sua testa. Então agarrou o homem pelo colarinho e distribuiu mais golpes em seu rosto. Cada pancada era sólida como uma rocha e, mesmo com o sangue espirrando, não havia sinal de que Brendan diminuiria a força.Aconteceu tão rápido que o grupo ficou assustado demais para dizer qualquer coisa ou afastá-lo. Eles apenas o olharam boquiabertos, embora um deles conseguisse ter presença de espírito o suficiente para gritar:― O que você está fazendo, Brighthall? É no Cruz que você está batendo! Você vai precisar da ajuda dele, certo!? ―― Desde quando eu preciso de algum favor desse merda!? ― Brendan trovejou, seus olhos perigosamente vermelhos. Seu olhar er
Deirdre estava histérica e se lançou na direção do empresário, batendo com os punhos nele, em um ataque pós-traumático.― Você está feliz agora? Né? Você está finalmente satisfeito!? Nada te agrada mais do que me ver humilhada, desumanizada e sofrendo um colapso nervoso, não é? Seu demônio!? Se você me odeia tanto... se você me odeia tanto... então por que você não me deixou morrer e apodrecer na prisão!? Deixasse que morresse com meu filho e eu não teria que sofrer todo o seu tormento sem motivo! ―Brendan congelou. Parecia que um milhão de espinhos estavam esfaqueando seu peito simultaneamente, picando-o tanto que seus dentes batiam. Doeu, mas ele não conseguiu reunir forças para expressar isso.Demorou um pouco para se livrar daquela dor. Ele jogou os braços ao redor dela e a apertou o mais forte que pôde, como se estivesse preocupado que ela pudesse desaparecer se ele não o fizesse.― Desculpe. Me desculpe... eu deveria ter protegido você. ―Ele estava resmungando para si mesm
Glenna ainda tentava entender a situação quando perguntou:― Hmm. Você saiu com Kyran? ―A maneira como ela disse isso fez Deirdre pensar que a jovem não devia ter visto Brendan, o que era uma coisa boa também, afinal, Deirdre não saberia como explicar de outra forma.Foi uma boa mentira, então ela aceitou.― Isso mesmo. Estávamos jantando juntos, mas ele teve uma emergência no meio do caminho e teve que ir embora. Então, eu liguei para você. ―― Emergência minha fuça! Ele nem deveria pensar em deixar alguém que tem dificuldade de enxergar na beira da estrada, sozinha, e no meio da noite! ― Glenna resmungou, ligeiramente irritada. ― Ele deveria contar suas bênçãos por eu estar por perto. Teria levado pelo menos meia hora para alcançá-la se estivesse em casa. Que ousadia! E se você tivesse problemas com alguns mau caráter? ―Deirdre sorriu.― Eu sou uma mulher adulta, não uma criança. Vou gritar se me meter em encrenca. ―― Isso não foi o que eu quis dizer! É o próprio Sigh and
― O banheiro fica no quarto. Deixe-me mostrar onde é. ―Glenna a levou para o quarto e pegou algumas roupas para ela. Depois que a porta foi fechada, Deirdre fechou os olhos e respirou fundo algumas vezes.As coisas que aconteceram duas horas antes ainda estavam vivas em sua cabeça. Ela nunca esqueceria das coisas que aquelas pessoas haviam feito e tudo voltaria para assombrá-la, como um pesadelo, quando ela dormisse à noite.Seu estômago se revirou quando ligou o chuveiro, ainda com os dedos trêmulos. Ela tirou a roupa e seus ombros estavam com marcas roxas porque lutou para se livrar do agressor. Ela entrou no chuveiro e começou a lavar o corpo, que continuou esfregando até que sua pele ficasse vermelha. Então, vestiu as roupas que Glenna lhe dera.Quando saiu do banheiro, Glenna falava com alguém ao telefone. Ela olhou para Deirdre, assim que saiu do banheiro e exclamou:― Oh meu Deus, Deirdre, esse pijama ficou tão bem em você! Como você pode ficar tão bem em tudo? Kyran realm
As pessoas sempre diziam que um leopardo não podia mudar suas manchas. Embora Keith tivesse decidido ficar quieto por um tempo por causa do que havia feito, ele cedeu ao seu desejo. Pode-se imaginar o que aconteceu com Deirdre quando ela caiu em suas mãos.O rosto de Declan afundou. Ele imediatamente entendeu o que Deirdre havia passado. Portanto, disse calmamente:― Não se preocupe com Keith Cruz. Eu sei exatamente o que fazer com ele. ―Brendan não disse nada e Declan acrescentou, com uma careta:― Além disso, quero saber por que você está deixando que ela lhe dê ordens como um cachorro. ― Brendan esnobou o cigarro, quando ouviu a pergunta de Declan. No entanto, demorou muito até que abrisse os lábios e dissesse:― Charlene tem uma foto de Ophelia em suas mãos. ―― Ophelia? ― O nome tocou um sino e Declan procurou em sua memória por um tempo antes de erguer a cabeça. ― Não é da mãe de Deirdre que estamos falando, é? Achei que ela estivesse... ―― Ela ainda está viva. ―Decl
Ophelia estava morta e não havia como Brendan mentir para ela sobre esse assunto. Mas, se não fosse Ophelia, por que Brendan guardaria a foto de uma mulher parecida com ela?O coração de Deirdre começou a bater cada vez mais rápido, quando uma ideia começou lentamente a tomar forma em sua cabeça.― Glenna, você pode me contar mais sobre a foto? Você pode dizer onde ela está e com quem ela está? ― perguntou Deirdre.Glenna olhou a foto de perto por um tempo, mas ela mal conseguia ver os detalhes porque o fundo da foto estava desfocado.― Essa foto é estranha. Parece que ela está em uma sala ou algo assim. Ela está sentada em uma cama e não há mais ninguém na foto.― E o cabelo dela? E o que ela está vestindo? Ela tem cabelo comprido ou cabelo curto? ―Glenna se surpreendeu com a série de perguntas de Deirdre e tentou acalmá-la dizendo:― Calma, Deirdre. Eu vou te contar, vamos devagar. ―― Sinto muito... ― Deirdre controlou suas emoções crescentes e fechou os olhos. Se Ophelia a
Deirdre olhou para o chão e respirou fundo. Quando recobrou o juízo, fez outra ligação, digitando o número do telefone na memória e, após um curto período de tempo, a ligação foi conectada e uma voz sonolenta soou.― Quem fala? ―Envergonhada, Deirdre deu sorriso amarelo e disse:― Tia, sou eu... desculpe por ligar para você tão tarde. Você estava dormindo? ―― Deirdre? ― Eilis acordou e se sentou, ereta. ― Claro que não. Ainda estou assistindo TV no sofá. Qual é o problema? Por que você me ligou de repente? Achei que você tinha dito que iria para Germia em breve. Você brigou com o senhor Reed? ―― Não... ― Deirdre sentiu uma onda de calor surgindo em seu coração. Eilis sempre se preocupava com ela. ― Não aconteceu nada entre nós. É que fomos impedidos por um problema, longa história, e não pudemos ir para Germia. ―― Entendo... ― Madame Russel suspirou. ― Bem, pelo lado bom, é bom ficar em casa também. Afinal, ligações internacionais são caras. Custa muito para você me ligar ass