Deirdre não esperava que Kyran fosse fazer companhia, ao telefone, durante toda a noite. ‘Espero não ter murmurado nada estúpido enquanto eu dormia...’ A jovem desejou, em pensamento, antes de ouvir a pergunta: ― Você está acordada? ― A voz de Kyran soou do outro lado da linha. ― Sim ― Deirdre respondeu com a voz rouca e muito envergonhada. ― Pensei que você desligaria a ligação depois que eu adormecesse. Por que você não desligou? ― ― Eu não consegui deixar você sozinha ― Kyran respondeu, com honestidade. ― Você dormiu profundamente e senti que estava muito perto de mim. Eu estava preocupado em não ter mais chance se desligasse a ligação. ― Deirdre ficou sem palavras. Seu rosto ficou vermelho de vergonha, e ela não fazia ideia do que pensar. Mas, no mesmo instante, a campainha do quarto tocou. ― Você está acordada, senhorita McQuenny? ― Deirdre prendeu o cabelo atrás das orelhas, ajeitou o pijama e foi abrir a porta. Quando Declan viu o rosto de Deirdre, ficou atordoa
Declan disse a Kyran com um sorriso malicioso, depois que ele abriu a porta e entrou na sala:― E então, meu amigo, como você se sente? ― Kyran olhou para trás de Declan e acenou com a cabeça, depois de localizar Deirdre. Então, disse, usando a voz de seu telefone:― Muito melhor. ― ― Ótimo, então. No entanto, seria melhor não comemorar tão cedo. Você ainda precisará de outra cirurgia depois de se recuperar dessa e só ficará totalmente bem depois que tudo terminar. ― É, eu sei. ― Declan chamou Deirdre, que ainda aguardava na soleira da porta do quarto.― Entre e se sente. Vou pegar dois cafés da manhã. Oh, certo. Você gostaria que eu pegasse um remédio para gripe, no caminho? Acho que você pode ter pegado um resfriado. Lembra como seu rosto estava corado esta manhã? ― E, virando o rosto na direção do amigo, disse: ― O rosto e as orelhas da senhorita McQuenny estavam vermelhos esta manhã, quando ela saiu do quarto. ― Deirdre não sabia o que fazer. Ela abaixou a cabeça
Em um movimento rápido, Freya removeu o jaleco de Kyran, antes que ele assentisse em consentimento. Então, a mulher o tocou com a ponta dos dedos e curvou para acariciá-lo de forma sedutora. O corpo inclinado exibia os seios fartos, quase totalmente expostos pelo decote e era uma visão maravilhosa. Consciente da beleza de seu corpo, a mulher se recusou a acreditar que Kyran poderia resistir a sua sedução sem ficar tentado. ― Aí... ― Com um movimento brusco, Kyran afastou a mão dela, com uma expressão contrariada no rosto, enquanto a enfermeira dava um passo para trás com o rosto cheio de espanto. Do sofá, Deirdre imediatamente se levantou ansiosamente e perguntou:― O que aconteceu? ― A enfermeira percebeu que devia ser por ela ser muito espontânea. Sua expressão relaxou quando ela pensou que Kyran poderia ter gostado do que viu, mas que não gostava de ser tão obviamente cortejado, então ela olhou para Deirdre com desprezo. Deirdre não pôde deixar de perguntar novame
― Então, você vai me ajudar ou não? Mesmo que eu não seja um santo defensor dos pudores, não gosto de ser tocado pelos outros. Mas, de qualquer forma, vou ficar bem, mesmo que você não queira me ajudar. ― Deirdre respondeu apressadamente:― Tenho medo de machucá-lo acidentalmente. ― ― Não se preocupe com isso. Eu a guiarei. ― Deirdre pensou por um momento e respondeu:― Se é assim, não vejo porque não. ― Depois de alguns minutos, Declan voltou com os cafés e conversou um pouco, enquanto comiam. Antes de sair, ele disse:― Por favor, me acompanhe e me ajude com uma coisa, senhorita McQuenny. ― Era evidente que ele tinha algo a dizer a Deirdre e assim que a jovem fechou a porta atrás dela quando saiu, Declan disse, em tom solene:― Acredito que seja possível que você tenha sido o alvo, de verdade. ― A expressão de Deirdre mudou drasticamente.― O que você descobriu? ― ― Eu olhei para a câmera de vigilância do cruzamento e de mais dois comércios, de ontem, e desco
O segurança ficou furioso por ser repreendido tão ferozmente. ‘Essa daí nem conseguiu se casar com o senhor Brighthall, mas está agindo como se fosse a dona da casa, fazendo pose e repreendendo os subordinados.' No entanto, ele só teve coragem de pensar nisso e o que respondeu, na verdade, foi:― Senhorita McKinney, entendemos sua intenção. No entanto, não temos o direito de tomar decisões pelo senhor Brighthall como seus subordinados. Quem somos nós para impedir que ele saia, se quiser? — ― Você deveria, pelo menos, me ligar, então! ― O segurança olhou para Charlene sem falar. Parecia que ele estava dizendo: 'Nem mesmo Deus poderia fazer nada se Ele estivesse aqui, muito menos você.’ Charlene ficou exasperada com a falta de resposta e apontou para a porta.― Saia! ― Os dois brutamontes saíram desanimados e fecharam a porta. Charlene ficou sozinha no quarto e de repente percebeu que não havia nenhum traço de rugas na cama. Não parecia que alguém havia dormido ali.
— O que você está tentando dizer, Charlene? — Brendan estava ficando impaciente. Ele não estava se sentindo bem com aquela conversa, desde o início, mas naquele ponto, tinha ficado furioso. ― Que informação você está tentando extrair de mim? Você tem medo de eu interagir com outras mulheres? Aonde mais posso ir, além de ficar no quarto? Hoje é o único dia que saí de manhã e só voltei agora. Se você tem medo de eu estar com outras mulheres, por que não manda alguém me vigiar então? ― Era evidente que Brendan estava furioso quando fez o comentário e, tentando arrumar a situação, Charlene disse apressadamente e em voz baixa:― Não fique com raiva de mim, Brendan. Como eu poderia ter coragem de contratar alguém para vigiá-lo? Só estou preocupada com sua saúde e que, mais uma vez, você possa se exceder e se machucar. Já que você está bem, descanse e se recupere. Devo voltar para Neve por algum tempo, mas pretendo voltar. Até mais, querido. — O rosto de Charlene ficou duro, assim que
'Deirdre, eu nunca vou te dar a chance de ficar intacta na frente de Brendan!' Charlene pensou, enquanto saía do hospital. - Deirdre abriu os olhos, mas ainda tinha uma forte expressão de sono. Ela não sabia quando tinha adormecido, nem por quanto tempo e por isso se sentia atrapalhada, enquanto as memórias voltavam.― Kyran, você está aí? ― Deirdre ouviu o som de fechamento de um livro. Depois de um tempo, uma voz soou do telefone.― Que bom que você acordou. Dormiu bem? ― ― Sim. ― Deirdre ficou constrangida. ― Quanto tempo eu dormi? ― ― Não muito, foi apenas um cochilo. Cerca de dez minutos. ― Pelo menos não tinha sido muito tempo. Deirdre deu um suspiro de alívio e se desculpou:― Sinto muito. Vim aqui para cuidar de você e não esperava adormecer. ― ― Como não temos muita coisa para fazer aqui no quarto, entendo que o sono pode vir forte mesmo. Você aparentava estar bastante cansada, então deixei que dormisse um pouco. ― Deirdre sorriu e se atrapalhou para
Depois que Deirdre serviu água à Kyran, organizou a louça de sua marmita, limpou a mesa e se deitou na cama, mais uma vez. Como ela não tinha nada para fazer, não apenas pensou naquele homem, mas também tentou entender todos os motivos que ele tinha para estar tão interessado nela. Depois de alguns minutos deitada, naturalmente ficou sonolenta e, involuntariamente, fechou os olhos cegos. Então, ouviu um leve farfalhar e percebeu que Kyran se movimentava. Deirdre tinha ouvidos muito sensíveis e de repente se sentou.― Kyran, o que há de errado? ― O homem pareceu hesitar, antes de responder:― Nada. ― ― Nesse caso, por que você está se mexendo tão discretamente? ― Deirdre ainda sentia que algo estava errado. ― Você não queria me acordar? ― O homem respondeu:― Isso. ― Deirdre franziu a testa e se levantou apressadamente.― Apenas me diga o que você quer! Estou ao seu lado. Com seus pontos ainda para cicatrizar, não se mexa, ou você corre o risco de perder todo o pro