― Então, você vai me ajudar ou não? Mesmo que eu não seja um santo defensor dos pudores, não gosto de ser tocado pelos outros. Mas, de qualquer forma, vou ficar bem, mesmo que você não queira me ajudar. ― Deirdre respondeu apressadamente:― Tenho medo de machucá-lo acidentalmente. ― ― Não se preocupe com isso. Eu a guiarei. ― Deirdre pensou por um momento e respondeu:― Se é assim, não vejo porque não. ― Depois de alguns minutos, Declan voltou com os cafés e conversou um pouco, enquanto comiam. Antes de sair, ele disse:― Por favor, me acompanhe e me ajude com uma coisa, senhorita McQuenny. ― Era evidente que ele tinha algo a dizer a Deirdre e assim que a jovem fechou a porta atrás dela quando saiu, Declan disse, em tom solene:― Acredito que seja possível que você tenha sido o alvo, de verdade. ― A expressão de Deirdre mudou drasticamente.― O que você descobriu? ― ― Eu olhei para a câmera de vigilância do cruzamento e de mais dois comércios, de ontem, e desco
O segurança ficou furioso por ser repreendido tão ferozmente. ‘Essa daí nem conseguiu se casar com o senhor Brighthall, mas está agindo como se fosse a dona da casa, fazendo pose e repreendendo os subordinados.' No entanto, ele só teve coragem de pensar nisso e o que respondeu, na verdade, foi:― Senhorita McKinney, entendemos sua intenção. No entanto, não temos o direito de tomar decisões pelo senhor Brighthall como seus subordinados. Quem somos nós para impedir que ele saia, se quiser? — ― Você deveria, pelo menos, me ligar, então! ― O segurança olhou para Charlene sem falar. Parecia que ele estava dizendo: 'Nem mesmo Deus poderia fazer nada se Ele estivesse aqui, muito menos você.’ Charlene ficou exasperada com a falta de resposta e apontou para a porta.― Saia! ― Os dois brutamontes saíram desanimados e fecharam a porta. Charlene ficou sozinha no quarto e de repente percebeu que não havia nenhum traço de rugas na cama. Não parecia que alguém havia dormido ali.
— O que você está tentando dizer, Charlene? — Brendan estava ficando impaciente. Ele não estava se sentindo bem com aquela conversa, desde o início, mas naquele ponto, tinha ficado furioso. ― Que informação você está tentando extrair de mim? Você tem medo de eu interagir com outras mulheres? Aonde mais posso ir, além de ficar no quarto? Hoje é o único dia que saí de manhã e só voltei agora. Se você tem medo de eu estar com outras mulheres, por que não manda alguém me vigiar então? ― Era evidente que Brendan estava furioso quando fez o comentário e, tentando arrumar a situação, Charlene disse apressadamente e em voz baixa:― Não fique com raiva de mim, Brendan. Como eu poderia ter coragem de contratar alguém para vigiá-lo? Só estou preocupada com sua saúde e que, mais uma vez, você possa se exceder e se machucar. Já que você está bem, descanse e se recupere. Devo voltar para Neve por algum tempo, mas pretendo voltar. Até mais, querido. — O rosto de Charlene ficou duro, assim que
'Deirdre, eu nunca vou te dar a chance de ficar intacta na frente de Brendan!' Charlene pensou, enquanto saía do hospital. - Deirdre abriu os olhos, mas ainda tinha uma forte expressão de sono. Ela não sabia quando tinha adormecido, nem por quanto tempo e por isso se sentia atrapalhada, enquanto as memórias voltavam.― Kyran, você está aí? ― Deirdre ouviu o som de fechamento de um livro. Depois de um tempo, uma voz soou do telefone.― Que bom que você acordou. Dormiu bem? ― ― Sim. ― Deirdre ficou constrangida. ― Quanto tempo eu dormi? ― ― Não muito, foi apenas um cochilo. Cerca de dez minutos. ― Pelo menos não tinha sido muito tempo. Deirdre deu um suspiro de alívio e se desculpou:― Sinto muito. Vim aqui para cuidar de você e não esperava adormecer. ― ― Como não temos muita coisa para fazer aqui no quarto, entendo que o sono pode vir forte mesmo. Você aparentava estar bastante cansada, então deixei que dormisse um pouco. ― Deirdre sorriu e se atrapalhou para
Depois que Deirdre serviu água à Kyran, organizou a louça de sua marmita, limpou a mesa e se deitou na cama, mais uma vez. Como ela não tinha nada para fazer, não apenas pensou naquele homem, mas também tentou entender todos os motivos que ele tinha para estar tão interessado nela. Depois de alguns minutos deitada, naturalmente ficou sonolenta e, involuntariamente, fechou os olhos cegos. Então, ouviu um leve farfalhar e percebeu que Kyran se movimentava. Deirdre tinha ouvidos muito sensíveis e de repente se sentou.― Kyran, o que há de errado? ― O homem pareceu hesitar, antes de responder:― Nada. ― ― Nesse caso, por que você está se mexendo tão discretamente? ― Deirdre ainda sentia que algo estava errado. ― Você não queria me acordar? ― O homem respondeu:― Isso. ― Deirdre franziu a testa e se levantou apressadamente.― Apenas me diga o que você quer! Estou ao seu lado. Com seus pontos ainda para cicatrizar, não se mexa, ou você corre o risco de perder todo o pro
― Espere ― digitou Kyran, que estava bastante suado. ― Se você continuar assim, não terá sucesso nem depois de meia hora. Além disso, a boca da comadre é bastante áspera. Se me machucar, vai piorar as coisas. ― Após o lembrete de Kyran, Deirdre finalmente caiu em si. Kyran estava acamado. E se algo acontecesse com suas partes íntimas não seria nada bom. ― Nesse caso, o que posso fazer? ― Deirdre estava bastante chateada, imaginando se teria que segurá-lo com a mão... Felizmente, Kyran apenas pediu à jovem para segurar a comadre parada para que ele pudesse se ajeitar usando as próprias mãos. Ele então completou a façanha de ir ao banheiro, em uma atmosfera extremamente estranha. Quando Deirdre foi ao banheiro para esvaziar a comadre e lavar as mãos, tocou o rosto e percebeu que sua bochecha estava queimando. O incidente anterior quase causou um curto-circuito em seu cérebro e sua mente ficou em branco. Depois disso, ela inexplicavelmente pensou na sensação daquela coisa sain
―Desculpar? Você acha que basta apenas pedir desculpas? Já que você não pode ver, você deve se comportar e não criar problemas para os outros. ― O rosto de Kyran ficou sombrio e ele digitou em seu telefone:― Fui eu quem pedi a ela para me alimentar. Há algo de errado? ― Freya ficou momentaneamente atordoada e falou honestamente.― Senhor Reed, sou enfermeira e ninguém sabe como cuidar de você melhor do que eu. Também estou fazendo isso para o seu próprio bem. Esta senhora é cega. O que faríamos se algo acontecesse? Ela nem mesmo tem a capacidade de perceber rápido, se você sufocar. ― Como fui eu quem pedi a ela para me alimentar, naturalmente vou arcar com as consequências. Por que você está sendo tão impaciente mesmo antes de algo acontecer? ― O rosto da enfermeira ficou roxo. Deirdre se acalmou, balançou a cabeça e disse:― Kyran, está tudo bem. É minha culpa. Não sei de nada, mas sou muito imprudente. Esta enfermeira está certa. Se eu cometer um erro e sufocá-lo,
A cabeça de Deirdre foi jogada contra a parede depois de ser empurrada. Antes que ela pudesse aliviar a dor, ela imediatamente caiu em si quando ouviu o grito de Freya. Mesmo caída no chão, a jovem começou a perguntar― O quê? Sangramento? Onde está o sangramento? ― Freya rangeu os dentes e olhou para Deirdre, extremamente infeliz.― Como você cuidou do senhor Reed? Você está aqui para cuidar e ajudar ele, não é? Mas, você nem sabia que algo grave assim tinha acontecido com os pontos!? ― A jovem não sabia o que pensar. Havia algo de errado!? Kyran obviamente não se moveu na cama, então como algo poderia ter acontecido com a ferida da cirurgia? Enquanto se perguntava, Deirdre lembrou do dia anterior, na hora em que ouviu que Kyran tentava se levantar para ir ao banheiro. Na ocasião, além do farfalhar do tecido, também ouviu um ofegar de Kyran. Será que tinha sido nesse momento? Os olhos de Deirdre ficaram vermelhos. Ela estava com medo e arrependida. Deirdre sentiu que sua