— O que você está tentando dizer, Charlene? — Brendan estava ficando impaciente. Ele não estava se sentindo bem com aquela conversa, desde o início, mas naquele ponto, tinha ficado furioso. ― Que informação você está tentando extrair de mim? Você tem medo de eu interagir com outras mulheres? Aonde mais posso ir, além de ficar no quarto? Hoje é o único dia que saí de manhã e só voltei agora. Se você tem medo de eu estar com outras mulheres, por que não manda alguém me vigiar então? ― Era evidente que Brendan estava furioso quando fez o comentário e, tentando arrumar a situação, Charlene disse apressadamente e em voz baixa:― Não fique com raiva de mim, Brendan. Como eu poderia ter coragem de contratar alguém para vigiá-lo? Só estou preocupada com sua saúde e que, mais uma vez, você possa se exceder e se machucar. Já que você está bem, descanse e se recupere. Devo voltar para Neve por algum tempo, mas pretendo voltar. Até mais, querido. — O rosto de Charlene ficou duro, assim que
'Deirdre, eu nunca vou te dar a chance de ficar intacta na frente de Brendan!' Charlene pensou, enquanto saía do hospital. - Deirdre abriu os olhos, mas ainda tinha uma forte expressão de sono. Ela não sabia quando tinha adormecido, nem por quanto tempo e por isso se sentia atrapalhada, enquanto as memórias voltavam.― Kyran, você está aí? ― Deirdre ouviu o som de fechamento de um livro. Depois de um tempo, uma voz soou do telefone.― Que bom que você acordou. Dormiu bem? ― ― Sim. ― Deirdre ficou constrangida. ― Quanto tempo eu dormi? ― ― Não muito, foi apenas um cochilo. Cerca de dez minutos. ― Pelo menos não tinha sido muito tempo. Deirdre deu um suspiro de alívio e se desculpou:― Sinto muito. Vim aqui para cuidar de você e não esperava adormecer. ― ― Como não temos muita coisa para fazer aqui no quarto, entendo que o sono pode vir forte mesmo. Você aparentava estar bastante cansada, então deixei que dormisse um pouco. ― Deirdre sorriu e se atrapalhou para
Depois que Deirdre serviu água à Kyran, organizou a louça de sua marmita, limpou a mesa e se deitou na cama, mais uma vez. Como ela não tinha nada para fazer, não apenas pensou naquele homem, mas também tentou entender todos os motivos que ele tinha para estar tão interessado nela. Depois de alguns minutos deitada, naturalmente ficou sonolenta e, involuntariamente, fechou os olhos cegos. Então, ouviu um leve farfalhar e percebeu que Kyran se movimentava. Deirdre tinha ouvidos muito sensíveis e de repente se sentou.― Kyran, o que há de errado? ― O homem pareceu hesitar, antes de responder:― Nada. ― ― Nesse caso, por que você está se mexendo tão discretamente? ― Deirdre ainda sentia que algo estava errado. ― Você não queria me acordar? ― O homem respondeu:― Isso. ― Deirdre franziu a testa e se levantou apressadamente.― Apenas me diga o que você quer! Estou ao seu lado. Com seus pontos ainda para cicatrizar, não se mexa, ou você corre o risco de perder todo o pro
― Espere ― digitou Kyran, que estava bastante suado. ― Se você continuar assim, não terá sucesso nem depois de meia hora. Além disso, a boca da comadre é bastante áspera. Se me machucar, vai piorar as coisas. ― Após o lembrete de Kyran, Deirdre finalmente caiu em si. Kyran estava acamado. E se algo acontecesse com suas partes íntimas não seria nada bom. ― Nesse caso, o que posso fazer? ― Deirdre estava bastante chateada, imaginando se teria que segurá-lo com a mão... Felizmente, Kyran apenas pediu à jovem para segurar a comadre parada para que ele pudesse se ajeitar usando as próprias mãos. Ele então completou a façanha de ir ao banheiro, em uma atmosfera extremamente estranha. Quando Deirdre foi ao banheiro para esvaziar a comadre e lavar as mãos, tocou o rosto e percebeu que sua bochecha estava queimando. O incidente anterior quase causou um curto-circuito em seu cérebro e sua mente ficou em branco. Depois disso, ela inexplicavelmente pensou na sensação daquela coisa sain
―Desculpar? Você acha que basta apenas pedir desculpas? Já que você não pode ver, você deve se comportar e não criar problemas para os outros. ― O rosto de Kyran ficou sombrio e ele digitou em seu telefone:― Fui eu quem pedi a ela para me alimentar. Há algo de errado? ― Freya ficou momentaneamente atordoada e falou honestamente.― Senhor Reed, sou enfermeira e ninguém sabe como cuidar de você melhor do que eu. Também estou fazendo isso para o seu próprio bem. Esta senhora é cega. O que faríamos se algo acontecesse? Ela nem mesmo tem a capacidade de perceber rápido, se você sufocar. ― Como fui eu quem pedi a ela para me alimentar, naturalmente vou arcar com as consequências. Por que você está sendo tão impaciente mesmo antes de algo acontecer? ― O rosto da enfermeira ficou roxo. Deirdre se acalmou, balançou a cabeça e disse:― Kyran, está tudo bem. É minha culpa. Não sei de nada, mas sou muito imprudente. Esta enfermeira está certa. Se eu cometer um erro e sufocá-lo,
A cabeça de Deirdre foi jogada contra a parede depois de ser empurrada. Antes que ela pudesse aliviar a dor, ela imediatamente caiu em si quando ouviu o grito de Freya. Mesmo caída no chão, a jovem começou a perguntar― O quê? Sangramento? Onde está o sangramento? ― Freya rangeu os dentes e olhou para Deirdre, extremamente infeliz.― Como você cuidou do senhor Reed? Você está aqui para cuidar e ajudar ele, não é? Mas, você nem sabia que algo grave assim tinha acontecido com os pontos!? ― A jovem não sabia o que pensar. Havia algo de errado!? Kyran obviamente não se moveu na cama, então como algo poderia ter acontecido com a ferida da cirurgia? Enquanto se perguntava, Deirdre lembrou do dia anterior, na hora em que ouviu que Kyran tentava se levantar para ir ao banheiro. Na ocasião, além do farfalhar do tecido, também ouviu um ofegar de Kyran. Será que tinha sido nesse momento? Os olhos de Deirdre ficaram vermelhos. Ela estava com medo e arrependida. Deirdre sentiu que sua
No final do exame e das recomendações, depois que o médico foi embora, fechando a porta atrás de si, Kyran se desculpou com Deirdre:― Sinto muito por ter dito que você era minha namorada. Foi a única maneira que encontrei para definir um limite claro para aquela enfermeira. ― Deirdre tinha, de fato, ficado muito surpresa quando Kyran tinha dito aquilo, entretanto, tinha ficado mais surpresa ainda com a gentileza do homem e sua atenção ao se justificar e pedir desculpas.― Tudo bem. De qualquer forma, não me fez nenhum mal ― disse a jovem. ― Mas, ela é a enfermeira. Quem vai cuidar de você depois de rejeitá-la e sem a ajuda de um cuidador? ― Kyran ficou sem saber o que responder, por um momento, então perguntou:― Posso te pedir um favor, Deirdre? ― ― O que é? ― ― Você pode me ajudar a lavar meu corpo? ― O rosto de Deirdre ficou vermelho, antes de empalidecer, conforme processava o pedido de Kyran. Ela mordeu o lábio inferior e disse:― Eu... eu não acho que posso te
― Pensei a mesma coisa ― disse Freya, cerrando os dentes. Ela não teria nenhum problema com isso, não importa o tamanho da sua chateação, se a namorada de Kyran fosse alguém ainda mais bonita do que ela. Mas o problema agora era que a namorada dele era a mulher mais feia do hospital e aquilo era algo que ela jamais aceitaria. ― ― Eu realmente não entendo por que o senhor Reed se apaixonaria por aquela vadia feia. Ele não se sente mal olhando para ela? Além disso, eles também passaram uma noite juntos no mesmo quarto, ontem à noite. Mesmo que eles não estivessem dormindo na mesma cama, o senhor Reed não ficaria com medo quando abrisse os olhos e visse o rosto feio dela? ― Deidre abaixou a cabeça e tocou seu rosto. Não havia nada além de cicatrizes e feridas ali, não importa em que parte seus dedos se tocavam. Ela sabia que era feia, mas era realmente tão assustadora? Realmente faria alguém ter um pesadelo se olhasse para ela? ― ― O senhor Reed não se sente enojado? Há algo de erra