Deirdre claramente sabia que não era atraente o suficiente para ter conquistado um homem como Kyran Reed, principalmente se ele fosse bonito como Madame Russell havia dito. Então, não havia motivos para que ele preocupasse tanto com ela. Além do mais, havia a questão do amendoim...Por isso, respirando fundo, Deirdre disse:― Senhor Reed, você se lembra de ontem, quando jantamos juntos? Eu estava sentada ao seu lado e peguei uma fatia de bolo. Você deu um tapa na minha mão e levou o prato inteiro embora. Posso saber por que você fez isso? Você pode explicar isso? ― Kyran ficou em silêncio e não se mexeu. Deirdre franziu a testa, sentindo-se mais inquieta.― Senhor Reed? ― Finalmente, Kyran respondeu:― Você quer que eu me explique? ― ― Sim. ― Deirdre mordeu o lábio. Ela insistiu em uma resposta porque havia sido torturada por uma noite só por causa disso. Kyran parecia ter suspirado, mas em seus ouvidos, a exalação parecia um pouco mais pesada. Depois disso, ele começo
Kyran parou de digitar e agarrou a mão de Deirdre com firmeza. A mão era muito larga, mas ao contrário das mãos frias de Brendan, a de Kyran era muito quente e estava tão quente que o calor queimava a pele. Deirdre tremeu inconscientemente. Então sentiu que Kyran levava a mão dela para junto de seu corpo. Mesmo que pouco a pouco, gradualmente se aproximou. Então, ela o ouviu arregaçar a camisa, antes de colocar lentamente a palma da mão no peito. Aconteceu de ser o local onde estava seu coração. Quando Deirdre sentiu o calor e as batidas do coração, ela corou e inconscientemente quis retirar a mão. Entretanto, Kyran segurou a mão dela com mais força e guiou até a cintura. Em seguida, Kyran soltou a mão dela e apenas puxou a camisa para cima. Parecia estar dizendo a Deirdre que ela poderia tocar onde quisesse. Deirdre estava vermelha como um tomate e advertiu a si mesma, repetidamente, que aquilo tinha como único objetivo verificar a identidade de Kyran. Mas, porque ela não pod
Kyran ignorou a interrupção de Declan, virou o rosto para Deirdre e perguntou, com a camisa ainda erguida e o tórax desnudo:― Você encontrou o que procurava? ― As orelhas de Deirdre queimavam. Mesmo que ela não pudesse ver nada, virou a cabeça para o outro lado.― Não encontrei nada. ― Kyran puxou a camisa para baixo e abotoou-a novamente. Depois disso, digitou, perguntando:― Aquele seu amigo se parecia muito comigo? ― Deirdre ficou atordoada por um momento, e a luz em seus olhos esmaeceu.― Sim, mas ainda há uma pequena diferença entre você e ele. ― ― Que tipo de pessoa ele é? ― 'Que tipo de pessoa ele é?' Deirdre pensou. ‘dominador, de sangue frio e sem coração.’ Quando o rosto de Brendan aparecia na mente de Deirdre, ele sempre olhava para ela com um olhar condescendente e gelado. Quando ela pensou duas vezes, Kyran e Brendan eram duas pessoas completamente diferentes. Algo deve ter dado errado em sua cabeça por ter imaginado que de alguma forma eles pudessem
Deirdre não soube o que pensar. Mais uma vez, o gesto de Kyran era exatamente o mesmo de Brendan. No entanto, logo voltou à realidade balançando a cabeça. ‘Por que estou pensando nele de novo? Brendan não é o único homem neste mundo que faria isso.' A neve estava ficando mais pesada, à medida que avançavam, e pequenos montes se acumulavam sobre seus ombros. Deirdre não sabia se era porque Kyran estava segurando sua mão que ela não sentia tanto frio. Quando chegaram à porta, Kyran parou e digitou em seu telefone: ― Chegamos. ― Deirdre deu alguns tapinhas em seu corpo, derrubando a neve e disse:― Muito obrigada. ― A jovem avançou para abrir o portão, mas Kyran continuou parado. Então, Deirdre hesitou por um momento e perguntou:― Você quer entrar e tomar uma xícara de chá? ― Não, obrigado. Talvez da próxima vez ― Kyran rapidamente digitou algumas palavras em seu telefone. Depois disso, ele pensou um pouco e perguntou: ―Você não me perguntou se eu tinha algo a dizer
― Você pode nos dar uma carona? ― Eilis perguntou: ― Vamos à cidade comprar algumas roupas de inverno para Deirdre. ― ― Claro ― disse Declan. No entanto, quando olhou para seu carro, disse, de repente: ― Mas, meu carro está totalmente ocupado. Que tal você perguntar a Kyran? Ele está ali e também vai voltar para a cidade. ― ― Pedir ao senhor Reed? ― Eilis hesitou por um momento. Ela não tinha mais nenhuma hostilidade em relação a Kyran, mas não estava muito familiarizada com ele. ― Tenho um pouco de medo de que ele se recuse e eu passe vergonha. ― ―Ah, não se preocupe com isso. Tenho certeza de que ele vai aceitar ― disse Declan. ― Somos todos uma família. Tenho certeza de que ele ficará feliz em ajudar. ― ― Tudo bem, então. ― Eilis agarrou Deirdre e eles caminharam em direção ao carro de Kyran. Ela bateu na janela, e a janela foi abaixada, revelando o rosto perfeitamente esculpido do homem. Ele olhou para Eilis, antes de se concentrar em Deirdre. Eilis congelou po
― Pare de me provocar, tia... ― disse Deirdre, seu rosto ficando vermelho de vergonha, quando ela mordeu o lábio inferior. De repente, o carro parou novamente e uma voz mecânica soou.― Chegamos. ― ― Muito obrigada, senhor Reed ― disse Eilis, enquanto abria a porta apressadamente. Ela não sabia o motivo, mas se sentiu sufocada ao ficar no carro com Kyran. Ele havia cerrado o maxilar durante todo o caminho, e parecia a ela que estava meio infeliz. De repente, percebeu algo. Então, foi para a parte de trás do carro e ajudou Deirdre a sair do veículo. Kyran perguntou, através de seu telefone:― Como vocês pretendem voltar para Alnwick? ― Deirdre respondeu:― A gente pretende pegar o último ônibus, o que passa às oito. ― ― Às oito? Isso é muito tarde. ― Kyran franziu a testa. Vendo que ainda faltava um bom tempo até o horário informado, ele continuou. ― Não tenho nada para fazer agora, então posso acompanhar vocês. Depois disso, eu levo de volta. ― Deirdre disse:― Vo
Quando Deirdre estava colocando as roupas de volta nos cabides, tendo desistido da compra, Eilis se aproximou e perguntou:― O que há de errado? Achei que você tinha gostado. ― Deirdre baixou a voz e disse:― Não, não. Vamos para outro lugar. ― ― Por quê? Tobey me disse para trazê-la para esta loja. Ele disse que as roupas de inverno daqui são as melhores da cidade ― disse Eilis que, de repente, percebeu algo e riu. ― Você não precisa se preocupar com o preço. Tobey acabou de transferir 3.000 dólares para mim. Ele me disse para usar o dinheiro para comprar roupas para você, então tenho que fazer o que me instruíram. ― Quando Eilis arrastou Deirdre até o balcão, o lojista disse:― Aquele homem ali já pagou pelas roupas. Você precisa de uma sacola? Caso contrário, você pode nos deixar seu endereço e nós os entregaremos a você. ― Eilis e Deirdre ficaram atordoados, especialmente a última. Ela já sentia que eles haviam incomodado muito Kyran quando ele os enviou para a cidade.
― Mas... ― Deirdre abaixou a cabeça e depois de ficar em silêncio por um tempo, disse: ― Talvez, eu não consiga pagar tão cedo. ― Ela não tinha mais nada. Não tinha capacidade nem para cuidar de si mesma, muito menos encontrar um emprego para ganhar dinheiro. Nas circunstâncias em que não conseguia encontrar nenhum emprego, só podia depender de outras pessoas para sobreviver. ― Você deveria aceitar o dinheiro. Posso devolver a Tobey a qualquer momento, mas você não vai embora assim que o projeto estiver concluído? Acho que não consigo tanto dinheiro em tão pouco tempo. ― Deirdre não achava que Kyran ficaria em Alnwick, por toda a sua vida. Alnwick não era o lugar para alguém como ele e ele também não era o tipo de pessoa que pararia em um projeto. Ela tinha certeza de que outro Alnwick esperava por ele. Kyran não pegou o dinheiro. Em vez disso, perguntou:― Então, posso dizer que você está me pedindo para ficar em Alnwick por mais algum tempo? ― A voz mecânica do telefo