Pega de surpresa, Deirdre ficou envergonhada por ter dormido no banho e, mudando de assunto, comentou, enquanto, livre do abraço de Brendan, voltava a submergir:― Uau, você está bem cheiroso, mas sua pele está avermelhada, você não esse esfregou demais? ― Brendan também entrou na fonte e puxou Deirdre para que se recostasse no corpo dele, enquanto respondia:― Eu não gosto quando desconhecidos encostam em mim. ―Deirdre assentiu. Desde que conhecia Brendan, o magnata sempre teve repulsa a ao contato humano. Porém, havia uma certa tolerância em relação a Charlene, embora ainda houvesse uma distância entre eles.― Acabei me esfregando demais, por isso minha pele ficou vermelha, mas ainda sinto o cheiro nojento daquela mulher nos lugares que ela tocou ― acrescentou Brendan.Brendan apertou os braços ao redor dela, puxou-a para mais perto e suas peles se pressionaram firmemente. O calor escaldante se espalhou por seus corpos, criando uma sensação de formigamento e entorpecimento.
― Mas se eu fiquei nessa situação é por culpa sua... ― Brendan mordiscou suavemente o lóbulo da orelha dela.― Que situação? ― Deirdre ergueu os olhos com espanto, sem compreender.Então, Brendan segurou a mão dela e a levou para baixo da água, fazendo com que a jovem segurasse algo muito duro. Abrindo a boca de espanto, Deirdre sorriu, enquanto Brendan passava o abraço em torno dela e dizia em voz baixa:― Você é a culpada disso. Quando a gente cria um problema, não tem que resolver? ―Deirdre deu um beijo na lateral do pescoço de Brendan que a puxou ainda mais para perto, tão perto que suas peles se pressionaram uma contra a outra. Os dois estavam queimando com um calor intenso e emoções entrelaçadas.A dupla se amou de forma tão intensa e apaixonada que, no final, mal tiveram energia para sair da fonte e deitar na cama. Na verdade, estavam tão exaustos que apenas se jogaram, nus, por cima da roupa de cama e ficaram abraçados e em silêncio, até Deirdre adormecer.*O sol já es
― Deirdre, você não acha injusto ficar ao meu lado, ao invés de iniciar uma carreira de investigadora, ou advogada? Com sua natureza meticulosa, acredito que você poderia brilhar e se destacar em qualquer lugar. Parece que escondi seu brilho ― disse Brendan, seu olhar vagando para longe. ― Se você tivesse um companheiro com a mente mais aberta, seria um tremendo sucesso profissional. Mas sou inerentemente egoísta, desejando mantê-la escondida ― ele murmurou.Depois de alguns segundos de silêncio, Brendan acrescentou:― Sem mim, talvez você possa viver uma vida melhor. ―Ao ouvir suas palavras, Deirdre parou por um momento, depois agarrou firmemente a mão grande do companheiro e respondeu, com voz serena:― Nas vezes em que decidi que era melhor partir, não me detive. Ao escolher ficar, mostrei que esta vida atual é o que eu quero. Você não precisa assumir a responsabilidade e se sobrecarregar. Depois de realmente conhecer você, nunca me arrependi da minha decisão. ―O tom da voz e
Percebendo que a jovem dormia pesado, Brendan a abraçou e descansou, da melhor maneira que pôde. Mas, no dia seguinte, perto do meio-dia, Deirdre ainda não havia acordado.A chuva continuava a cair e o vento forte agitava as folhas. Mesmo que fosse dia aberto, ao olhar para a varanda, ainda parecia ser noite. Por isso, o desconforto de Brendan cresceu inexplicavelmente. A tempestade não poderia ter vindo em pior hora.Aproveitando o sono contínuo de Deirdre, o magnata vestiu um casaco e saiu. A caminho do refeitório, ouviu um convidado causando comoção e, ao passar, o hóspede, com o rosto corado, resmungou:― Que tipo de lugar é esse? Não posso ir embora só por causa de uma tempestade? E o meu trabalho? O seu resort pode arcar com os danos? Encontrem uma solução para mim imediatamente! Quero voltar para a Northcity! ―― Pedimos desculpas sinceramente, senhor. Mas, não somos nós que estamos te impedindo de sair. Devido à tempestade repentina, duas grandes árvores foram arrancadas e
O coração de Brendan deu um pulo e ele perguntou ansiosamente:― Por que você está tão pálida? ―Deirdre tocou seu rosto e balançou a cabeça.― Não sei. Talvez seja porque dormi muito tempo sem comer. Devo estar com a pressão baixa. ―Franzindo a testa, Brendan entregou os talheres e o prato.― Come um pouquinho, só para encher o estômago. ―Deirdre assentiu e começou a comer.O vento ficou mais forte e o barulho de folhas e galhos batendo contra o vidro ficou assustador. Deirdre virou a cabeça e olhou para a varanda, com os olhos cansados e pesados.― Quanto tempo vai durar esta tempestade? ―― Não sei, mas no máximo três dias ― respondeu Brendan, fechando as cortinas para evitar a visão perturbadora do vento uivante. Se você se sentir muito confinada aqui no quarto, posso te levar às instalações de entretenimento no terceiro andar do salão central. Lá há diversas atividades ― sugeriu.Fracamente, Deirdre balançou a cabeça.― Não precisa. Eu só quero dormir. ―Mesmo tendo
― No entanto, o que? Desembucha! ―Brendan franziu as sobrancelhas, fazendo com que a mulher parasse de suspense.― Só tem um médico e ele está sobrecarregado. Com a queda brusca da temperatura e a tempestade, muitas pessoas adoeceram. Existe uma lista de espera, mas não sei que horas ele conseguirá atender, quando chegar sua vez, pode ser na madrugada, ou no dia seguinte. Não sei se você pode esperar. ―― Eu absolutamente não posso esperar! ― O rosto de Brendan ficou gelado e sua voz resoluta. ― Não posso esperar nem um minuto! Chame o médico imediatamente. Pagarei dez vezes o preço, com a condição de que ele nos faça prioridade! Caso contrário, ninguém nessa porcaria de resort poderá escapar das consequências se algo acontecer com minha esposa. ―Bastava olhar para Deirdre para entender a situação e, também era fácil de ler a expressão do magnata e saber que a ameaça era real. Por isso, a camareira usou o interfone interno para chamar o gerente do resort e trazer o médico.Depoi
― Precisamos levá-la ao hospital, isso é fato, mas... ― o médico parou de falar, olhando pela janela. A chuva forte e implacável não dava sinais de diminuir, tornando quase impossível deixar o resort com segurança e chegar ao hospital. ― Só podemos continuar com a medicação... ― concluiu o médico, com um tom tingido de desamparo.A frustração de Brendan transbordou e, num ataque de raiva, ele arrancou tudo da mesa, fazendo com que os itens caíssem no chão. Sua compostura foi abalada e suas veias incharam enquanto ele lutava para conter suas emoções.― Remédio? Foi uma porcaria de remédio! Ela recebeu seu tratamento! Por que está piorando? ― Brendan exclamou, sua voz cheia de desespero.O médico explicou:― Inicialmente pensamos que era apenas gastroenterite, mas acabou sendo um caso agudo... ―O olhar de Brendan mudou para Deirdre, que se deitava na cama com uma dor agonizante e se contorcia de dor, gemendo. A determinação encheu os olhos do magnata, enquanto tomava uma decisão fi
Sem outra opção, Brendan abriu a porta do carro e correu para a chuva torrencial. Depois de cobrir Deirdre com a manta impermeável fornecida pelo resort, o magnata a pegou no colo e puxou para fora do veículo, mas a chuva implacável atacou impiedosamente seu rosto. O calor do corpo de Brendan era eliminado com cada rajada de vento, deixando inúmeras feridas invisíveis em sua pele.A chuva era tão intensa que Brendan mal conseguia manter os olhos abertos. O rugido do vento e da chuva ecoou em seus ouvidos. Ele sentiu Deirdre se mover em seus braços e ouviu sua voz fraca.― Bren... Brendan... ―Aliviado por Deirdre ainda ter alguma energia, Brendan pisou cuidadosamente no cascalho espalhado à beira da estrada e sussurrou:― Não tenha medo. Estamos a caminho do hospital, não vou deixar nada acontecer com você. ―Fracamente, Deirdre tocou seu braço, e Brendan instintivamente se aproximou, ouvindo-a dizer:― Volte para o carro. Você não vai aguentar... ―Brendan já estava enfraquecid