Sam ficou tão perplexo com a resposta pessimista do chefe que se distraiu e quase subiu com o carro na calçada.― Não diga uma coisa assim, Seu Brighthall... ― Sam parecia rouco, pois palavras de Brendan tinham soado calmas, como se ele já tivesse decidido enfrentar a morte. ― Não fique pensando que o pior vai acontecer. O Doutor Fuller definitivamente desenvolverá uma cura para neutralizar os efeitos colaterais antes que eles façam efeito em você ― Sam o tranquilizou.― Eu sei... ― respondeu Brendan, com o rosto firme e os olhos negros sem ondulações. ― Mas há sempre uma segunda possibilidade. E se o pior acontecer, quero garantir que o Grupo Brighthall se transforme em uma árvore imponente para fornecer apoio a Deirdre... e à nossa filha. ―-Enquanto isso, na mansão, depois que Deirdre, com o coração inquieto, terminou seu café da manhã, ligou para a mansão da família.Foi Charles, o mordomo, quem atendeu e ficou imediatamente respeitoso ao perceber que era Deirdre.― Senhora,
Para não incomodar Ophelia, depois que as criadas colocaram os suplementos na cozinha, elas se afastaram. Por isso, quando Deirdre foi buscar a carteira da mãe, no outro cômodo, sobre a mesa, as duas senhoras ficaram sozinhas.Quando Ophelia ergueu a xícara de chá, Madame Brighthall observou a postura da mulher e ficou surpresa. Pelos modos, não parecia que fosse uma pessoa pouco instruída, vinda da periferia e percebendo o olhar, a mãe de Deirdre perguntou: ― Madame Brighthall, você realmente acha que pareço familiar? Qual de suas amigas se parece comigo? Estou bastante curiosa. ―Madame Brighthall saiu de seus pensamentos e sua expressão mudou. Então, apoiou a testa na mão e se forçou a se acalmar, antes de suspirar.― Não é nenhuma amiga em particular e, tendo conhecido tantas pessoas, não consigo me lembrar dos detalhes. Quando vi você pela primeira vez, apenas senti que você é um tanto familiar. ―― É apenas um pouco familiar ou... você realmente acha que me pareço com algué
Brendan segurou a amada nos braços e acenou para Ophelia. Os dois esperaram ansiosamente a saída do médico e só depois que ele declarou que estava tudo bem é que respiraram aliviados.— Eu te disse, não há nada com que se preocupar — disse Brendan, enquanto segurava as mãos frias de Deirdre.Deirdre percebeu isso e abraçou Brendan com força. Ela corou levemente, como se estivesse começando a confiar cada vez mais em Brendan, o que talvez não fosse necessariamente uma coisa boa.Madame Brighthall foi transferida do CTI para uma enfermaria normal e, durante esse período, o telefone de Brendan continuava a tocar, em seu bolso.Deirdre não pôde deixar de perguntar:— Você não vai atender? É uma questão de trabalho? ―Brendan olhou para o identificador de chamadas. Ele discutia um acordo comercial com acionistas quando saiu abruptamente da reunião. Naturalmente, seu telefone seria bombardeado com ligações.― É coisa do trabalho, mas não é importante. ― Brendan envolveu a mão fria de
A voz de Ophelia tremia de medo, enquanto ela contava os acontecimentos, dizendo:― Não aconteceu nada... Tive uma breve conversa com ela, mas não durou muito. Enquanto conversávamos, ela apertou o peito e desmaiou sem avisar. A empregada testemunhou isso e correu. Você pode adivinhar o que aconteceu depois... ―Deirdre assentiu como se estivesse pensando profundamente, achando aquilo estranho.Ophelia ficou ali sentada por um tempo e se levantou, alegando que ia pegar água. Deirdre viu uma enfermeira saindo da sala, então se levantou e perguntou:― Com licença. Eu sou da família do paciente. Posso perguntar qual foi a causa do problema cardíaco? Ela parecia estar muito bem, então eu sai por um minuto e aconteceu isso, como pode ser? ―A enfermeira franziu as sobrancelhas ao mesmo tempo em que fechava a porta do quarto.― Tem certeza de que ela estava bem? ―Deirdre estava confusa.― Aparentemente, sim... ―― É evidente que alguma coisa deixou a paciente bem perturbada, senão,
Ouvindo as palavras agressivas da sogra, a mente de Deirdre ficou em branco: 'Abortar a criança?' Madame Brighthall ansiava tanto pela chegada da neta que até mesmo tinha mobiliado um quarto da mansão para receber a criança. No entanto, ela realmente disse a Deirdre para abortar a criança de forma tão impiedosa, mesmo que já fosse um ser completamente formado e prestes a nascer. Por isso, a jovem imaginou que a mulher passava por alguma confusão mental decorrente de sua condição.― Tia... Você deve estar exausta. Você precisa descansar mais. Irei visitá-la mais tarde... ―Ela se virou cambaleante, mas não esperava que Madame Brighthall saísse da cama, apesar de seu estado de saúde, e com dois passos velozes, segurasse seu pulso. Lágrimas escorriam pelo rosto da mulher, enquanto ela dizia:― Não! Você deve me prometer que deixará Brendan. Caso contrário, não vou deixar você ir! ―A sogra estava fraca e mal se recuperara do último desmaio, mas seu aperto era tão forte que machucou D
Deirdre ficou surpresa. Ela não conseguia ver perfeitamente as feições de Brendan, mas podia sentir sua determinação.― Filho... ― Madame Brighthall virou as costas e deu alguns passos vacilantes, em direção ao leito hospitalar. ― Então, você está dizendo que não vai terminar com ela? Você está realmente tentando cortar relações com sua mãe por causa de uma mulher como ela? ―Brendan franziu as sobrancelhas, querendo reforçar sua determinação, mas Deirdre percebia que não poderia permitir que o magnata continuasse irredutível. O corpo de Madame Brighthall não seria capaz de suportar isso e o relacionamento deles também não sobreviveria a um confronto como aquele.― Madame Brighthall... ― Deirdre mudou a maneira como ela se dirigia a ela. ― Não sei por que, mas você passou subitamente a me detestar. Já que isso aconteceu e parece não haver maneira de arrumar a situação, nunca mais você vai me ver. Vou embora, mas... ― Ela parou por um momento. ― Minha filha vai nascer em segurança. E
Deirdre assentiu obedientemente e entrou no carro de Brendan, seguida por Ophelia.Ao chegar na mansão, a mulher grisalha foi direto para o quarto, deixando o casal na sala. Sozinhos, Brendan passou os braços ao redor da cintura de Deirdre e apoiou a cabeça em seu ombro, enquanto respirava profundamente.― Desculpa por isso. ―Ele era o namorado de uma e o filho da outra, portanto, o mediador mais adequado, mas tinha se atrapalhado até mesmo na tarefa mais simples de mediar o relacionamento entre Deirdre e sua mãe.― Eu não sei o que aconteceu com minha mãe. Ela costumava amar você mais do que a mim. ―Deirdre passou os braços ao redor do pescoço dele, sentindo a respiração constante em seu ombro. Seu olhar mudou de distraído para focado, cheio de cuidado e preocupação. Ela acariciou suavemente as costas do homem, oferecendo-lhe conforto em seu toque.― Não precisa se desculpar. Não é culpa sua que Madame Brighthall não goste mais de mim. ― Deirdre baixou os olhos. ― Eu devo ter
― Bom dia, flor do dia! ― Os olhos de Brendan estavam cheios de afeto que não podia ser escondido.Deirdre enterrou a cabeça em seu peito, ainda sonolenta. Brendan inclinou o queixo dela e abaixou a cabeça para beijá-la, com delicadeza. Ele a beijou até que ela não aguentasse mais e o empurrou para longe.― O que você está fazendo? Ainda não escovei os dentes. ―― Eu não me importo. ― O método de Brendan era muito apaixonante. Ele guiou o corpo de Deirdre com o braço e prendeu-a debaixo dele. ― Você ainda não está totalmente acordada. O que precisamos fazer para que você desperte de uma vez? ―Sentindo a mão de Brendan deslizando para dentro de seu short, Deirdre finalmente abriu os olhos.― Estou acordada, estou acordada! ― Ela abriu os olhos sonolentos e suas bochechas coraram, com uma vermelhidão anormal. ― Aliás, por que você está no meu quarto? ―― Vim entregar um beijo ao meu amor e fazer as vezes de despertador, enquanto estou nisso. ―― Fazer as vezes de despertador? ― D