Abla DinisQual é o problema desse homem? Ele faz de tudo para me constranger. E o pior que eu caio direitinho. Esse filho de uma mãe! Está muito difícil estar perto dele, e não pensar nas coisas que ele fez, ou que prometeu fazer. Direi uma coisa a vocês: A atração mental é muito mais forte que a física, não se pode fugir de um pensamento nem fechando os olhos. Puta merda viu! Não que a atração física não seja difícil controlar, porque é, sem sombra de dúvidas, mas a atração mental, essa eu não consigo. Quando eu vejo minha mente já foi invadida por meio mundo de pensamentos impróprios com o meu chefe.— Abla! — Olhei para longe e vi Mabel fazendo gestos para eu me aproximar dela.— Oi Bel?— Tem uma senhora Miriam lá embaixo, disse que marcou uma hora com você.— Ah, sim, pode liberar sua entrada. — Ela balançou a cabeça em positivo e falou ao telefone. Quando a senhora estava chegando, meu chefe estava saindo da sua sala, com o J. — Senhora Miriam! — Saudei a abraçando sorrin
Abla Dinis Avaliei a mesa até achar o chefe. Depois de olhar bastante, o achei. Ele está sentado no centro da mesa com um copo de vodca nas mãos, o qual sorvia tranquilamente a bebida, sem se importar com nada.— Esse homem é perigoso! — Isso ficou nítido para mim, assim que bati meus olhos nele. Só que para me aproximar da Maria, terei que chamar a atenção dele. Vamos lá Abla, puxe a mulher sensual que há dentro de você. Um homem me chamou para dançar e então aproveitei a chance. Dancei muito sensual, chamei a atenção de todos os homens presentes, olhei disfarçadamente para a pessoa que eu desejo chamar atenção e pimba, a presa mordeu a isca. Depois que a dança acabou, eu agradeci e fui andando sensualmente para o bar. E menos de dois minutos, um homem grande chegou perto de mim.— Senhorita, meu chefe deseja a sua companhia!— E quem é o seu chefe?— Não lhe interessa! — Ele disse rude.— Pois diga a ele que a minha presença não será possível, afinal, a dele não me interessa.— S
Abla Dinis O carro parou bem perto de mim e dele saíram quatro homens. Sério? Quatro homens para uma só mulher.Cara, eu estou rindo por dentro, vocês não têm noção.— Senhorita, eu quero que nos acompanhe! — Um deles mandou.— Se não o quê? — Eu disse tranquilamente.— Ou teremos que usar a força! — Ralhou sem paciência. Eu gargalhei na cara deles, aquele riso macabro. Só quero que imaginem!!!— Meninos, eu prefiro a força. — Avisei, por fim. Um deles se aproximou de mim com um olhar perverso, e puxou o meu braço. Lição 1! Quando um agressor vier agarrar o seu braço, você gira o corpo, lhe dá uma pancada com a mão aberta no meio da cara. E foi o que fiz, ele saiu cambaleando, com certeza seus olhos encheram de lágrimas. Outro veio com tudo em cima da minha pessoa, e agarrou o meu pescoço. Lição 2! Quando isso acontecer, você vai colocar suas duas mãos para cima, por dentro do braço do seu agressor, depois meta os dedos no olho dele. Quando eu fiz isso, veio outro e me atacou por
Abla DinisParamos na porta dela, antes de descer, instruí os outros a ficarem e fazerem guarda, chamei J para entrar comigo. Fiz o que a menina pediu, bati três vezes na porta e disse unicórnio. J olhou para minha cara sem entender.— Quê?— Ela me pediu para dizer uma senha, disse que foi a mãe dela que a instruiu. Nenhum estranho entra na casa delas sem falar a senha. — Confidenciei sem graça.— Impressionante! — J disse com um meio sorriso. Mas é um idiota mesmo viu. A porta foi aberta, e uma menininha com o rosto banhado em lágrimas abriu.— Cadê ela, minha linda? — Eu perguntei com meu coração na mão. Ela puxou meu braço, me levando na direção e me levou até o quarto da mãe delas. Quando entrei, a única coisa que pude ver era o corpo da minha rosa inerte no chão. — J, quero que as leve para sala, e fique lá até eu chamar.— Sim senhor! — Moxo, ajuda minha mamãe! — A outra que até então não parava de chorar, falou.— Farei o que estiver ao meu alcance.J as levou, e então, pude
Riddick— Minha casa. É o lugar mais seguro que tenho. — Expliquei. Peguei um celular e o entreguei.— Para quê isso?— Para mantermos contato, qualquer coisa estranha que acontecer por aqui, me avise.— Vai cuidar delas? — Indagou com os olhos cheios de lágrimas.— Com a minha vida! — Afirmei, olhando em seus olhos.— Agradeço de coração, espero que coloque algum juízo na cabeça dessa menina doida. — Disse me cumprimentando. Após nos despedirmos, entrei no quarto da minha rosa. Ela se encontra na mesma posição que lhe deixei. Tão frágil, a minha pequena! No que foi se meter minha rosa? Segurei sua mão me sentindo com as mãos atadas. Levantei com pressa e arrumei o suficiente para ela passar uns tempos lá em casa, o resto, depois providenciamos. Confesso que foi bem difícil pegar nas roupas íntimas dela, sem conseguir imaginá-la com elas. Deliciosa! Eu estou realmente fodido. Nós nem estamos juntos e Abla já me dá esse trabalho. Deus me ajude e me dê muita paciência com essa gost
Abla Dinis Saímos do quarto e andamos por um corredor longo e largo. Nas paredes havia muitos quadros de todos os tipos. Artes que não arriscaria dizer qual o nome do autor. Descemos uma longa escada em espiral, entramos na sala de jantar. Uau... Tudo tão organizado, e lindo. Há uma grade mesa redonda e tantas cadeiras, que me perdi duas vezes na contagem que fiz. Há uma senhora parada perto da mesa, me encarava tão compenetrada que fiquei sem graça.— Nena, esta é a nocha mamãe! Eu não dixe. — Niara falou sorrindo para a moça.— Você disse o que? — Perguntei-lhe curiosa.— Que a senhola é linda! — Deu de ombros, orgulhosa. Essas meninas... Fiquei com minha face em chamas. — Niara! — A repreendi, sem graça.— Não se preocupe senhorita, as meninas não mentiram em nada.— Pode me chamar de Abla!— Tudo bem, Abla... — Sorriu.— Vamos tomar café! — Riddick anunciou entrando no ambiente. Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram. Céus, que Deus me ajude. Uma lembrança veio em minha men
Riddick— John! — Abla e J me chamaram. Olhei para frente e os dois estavam me olhando, preocupados.— Oi!— Você está bem? — J me questionou.— Na medida do possível! — O respondi da mesma forma que Abla me respondeu certa vez.— E o que seria na medida do possível? —Questionou rindo.— Não estou nem bem e nem mau. Agora vamos ao que interessa. — Olhei para Abla. — Nos conte o que aconteceu.— Por quê? — Cruzou os braços, me desafiando. Que mulher teimosa.— Não é obvio? Precisamos saber até onde está envolvida.— Sinceramente, para mim não é obvio. O que vocês sabem que eu não sei.— Fazemos assim, nos conte sua versão, que diremos a nossa.— Justo! — Suspirou antes de prosseguir. — Tenho uma conhecida no Brasil, ela era amiga da minha irmã. Recentemente, ela ligou me pedindo ajuda. Disse que sua prima, Maria, veio para esse país a trabalho. Informou-me que no início as duas mantinham contato, porém, de uma hora para outra, o contato cessou.— Você descobriu o que aconteceu com ela?
Moryart Cambridge— O nome dela é Abla! Abla? Diferente esse nome.— Você tem certeza disso?— Tenho. Seguimos pelas câmeras, o táxi que ela pegou até a casa dela. E também perguntei a alguns vizinhos e eles confirmaram.— Esse nome dela não me parece daqui. — Perscrutei. Tenho certeza que não é americana, o seu sotaque lhe entregou. — Ela é Brasileira.— Qual é o sobrenome dela, Jô? — Estamos trabalhando sobre isso, ainda hoje teremos os dados completo. Ainda não sei que ela é, mas é só uma questão de tempo.— Acho bom ou já sabem o que vai acontecer! Agora saiam, quero ficar sozinho. — Mandei me sentando na minha cadeira. Saíram um por um com a cabeça baixa, peguei o computador e fui assistir a imagem em que ela aparece lutando com meus homens. Ela é um tesão! Fiquei tão absorto na cena a minha frente, que me assustei com o barulho na sala. Cacete! Eu disse que queria ficar sozinho.— Que porra de bagunça é essa? — Me levantei já engatilhando minha arma. — Mestre, eu a avisei