RUAN (Playboy)Bebo um gole do whisky sentindo ele queimar minha garganta. Tô cansado pra caralho, muita movimentação no baile e Letícia pra torrar minha paciência, isso por que eu disse pra ela ficar em casa, mas bateu o pé que viria atrás de mim, e tá aí, enchendo a porra do meu saco. Eu passo pela multidão, tentando chegar no meu lugar reservado e curtir o baile no sapatinho. Em comemoração a liberdade do mano 2N. Menor ficou fechado se pá, 5 anos, e saiu na maior alegria, até eu, po. Avisto Kaylanne de longe, é outra pra me dar dor de cabeça igual Letícia, e olha que ela nem é minha irmã, mas me preocupo igual, coroa dela trabalha na minha casa, ela e Letícia foram criadas juntas. Já ia falar com ela, até meus olhos baterem na loirinha ao lado, toda pequena, um piercing na boca e umas tatuagens a mostra, muito meu numero, essa Cinderela. Toco sua cintura para dar espaço aos outros passarem, e ele me olha erguendo a cabeça. — E aí loirinha, da licença aqui! — falo e ela me olh
LISSinto meus olhos pesado com o sono que já chega. Está quase amanhecendo o dia, eu acho. Ou sou eu mesma que já não estou acostumada mais com rolê até altas horas. — passaram um ali embaixo! — Letícia chega ao meu lado, eufórica. — O que?— Passaram, Lis. Meteram um tiro na testa e foi com Deus. — ela olha ao redor e por cima do meu ombro — Cadê Kaylanne?— Não sei, saiu dizendo que ia ao banheiro e não voltou até agora. — bebo um gole do refrigerante que já está até quente e fecho a cara — já estou com sono. — Ela foi dar, tenho certeza! — Letícia afirma. — Coe Letícia! — ouço alguém chamar por ela e meus olhos batem no mesmo homem que esbarrou em mim quando cheguei aqui — chega aqui. Ela afirma com a cabeça e vai em sua direção. Eu passo a língua no piercing em minha boca e volta a olhar lá pra baixo, a movimentação de gente dançando e bebendo, e o mesmo tumulto desde que cheguei. Parece que ninguém arredou o pé para ir embora, os famosos inimigos do fim. Olho para o meu pé
Fico encurralada entre seu corpo e o pequeno muro atrás de mim, sentindo sua respiração tão próxima que mal consigo me concentrar. — Homens… — digo — porque tão sem noção?— Te querer é um crime, Cinderela? — ele me pergunta com aquela voz rouca, carregada de ironia. — Não. Mas é uma falta de respeita quando eu digo que namoro. — Tu sabe que eu não me importo nem um pouco com seu namorado, né?— Mas eu me importo. — Não. Você não se importa. — ele afirma e cola ainda mais seu corpo ao meu — se importasse, não estaria aqui agora. Aposto que ele nem sabe onde tu passou a noite, né?Fico em silêncio, olhando em seus olhos sem quebrar o contato visual. Ele passa a língua nos lábios e sorri, um sorriso cafajeste demais. — Responda minha pergunta, loirinha. Ela não foi retórica. — Não, ele não sabe. — afirmo. — Bingo… — ele sussurra com os lábios próximo aos meu, separados por apenas alguns centímetros — eu sabia. — Mas isso não é um passe livre para que você se aventure comigo. — a
Burra, idiota e sem um pingo de vergonha na cara. Estou me praguejando desde a hora que sai da casa de Letícia sem rumo. Não tive cara de olhar pra ela, e muito mesmo para playboy depois de ter me feito gozar em sua mão. Eu sai tão atordoada, enquanto ele me olhava com o sorriso mais puto que eu já conheci, que só me dei conta que estava com sua camisa ainda, dentro do Uber. Com que cara olho para meu namorado agora? Estou me sentindo tão suja, e ao mesmo tempo não consigo achar argumentos que me faça arrepender de ter deixado. Meu celular toca, no visor o nome de Letícia. Outra que jamais ficará sabendo do que aconteceu, acho que nem tenho boca pra falar sobre o assunto. Lis: Oi?Letícia: onde você tá? Lis: em casa, vou tomar um banho agora pra ir pro balé. Letícia: falei que ia contigo, porque não me esperou ou me acordou?Lis: Eu precisava resolver uma coisa antes, eu deixei você dormindo, estava cansada. Letícia: Vi que meu irmão tá no quarto dele. — meu corpo gela de cima
Paraliso com suas palavras e o tom de voz que ele usa. Consigo perceber que não está falando brincando. Lis: Cara, o que você quer de mim? Diz logo, e me deixa em paz. 021***: tem uma coisa minha contigo, e tem uma coisa sua, comigo. Tá anoitecendo, então tô indo na sua direção. Lis: O que?021***: Tô brotando no teu barraco, loirinha. Lis: Você não pode vim aqui, meu namorado está vindo pra cá. - meu irmão está aqui, você é louco?- E nem sabe onde eu moro.021***: Sei até o nome do hospital onde tu nasceu. - quanto ao pela saco do teu namorado, manda ele voltar outro dia. - Fé, daqui a pouco tô brotando. E ele não me responde mais.Com tantas pessoas pra esse homem cismar, e foi logo comigo. Devo ter jogado pedra na cruz e a sentença do meu pecado é esse. Subo correndo para o quarto, a ideia desse homem vim aqui e bater de frente com Victor não sai da minha cabeça, porque eu sei que ele tem coragem suficiente em vim aqui, e não importa o que eu fale, ele não vai desistir.
PlayboyEla me encara com os olhinhos mais inocentes que eu já conheci, e nega com a cabeça quando coloco a mão na maçaneta da porta, para destrancar. — Espera! — ela vem em minha direção e segura meu punho, me puxando para trás novamente — minha mãe chegou. — Não tem ninguém aqui, Cinderela. — Ela chegou. — Como sabe? — pergunto a ela que já me olha apreensiva. — Ouvi ela acionar o alarme. Você não pode sair!— Eu pulo a janela de novo. — aviso. — Não, as câmeras estão ligadas agora. Quando você entrou não estavam, mas agora estão. Você não pode sair, vai ter que esperar até serem desligadas novamente. — E quando isso acontece?— Amanhã, quando ela sair pra trabalhar. — encaro ela com os braços cruzados, percebendo o quão tensa ela fica quando está tão perto de mim. — Lis! — ouço a voz da mãe dela que já se aproxima da porta de seu quarto. — Por favor, pode ficar no banheiro até ela ir pro quarto?— Meu carro está estacionado aí na porta, ela já deve saber que tem alguém aqu
LisUm dos maiores desafios que eu já tive na vida, foi dormir ao lado de um homem que eu sequer tinha noção da existência. E ainda por cima, em seus braços. Não porque eu quis, mas sim porque ele me puxou a noite inteira, e eu já estava cansada de tentar me afastar, então só deixei o sono me dominar por completo. Minha mãe já saiu para o trabalho, sei disso porque acordei cedo suficiente para ouvir ela ligar o carro, e me certificar de que ela não veria ele aqui. O que seria um erro drástico, já que ela é delegada e ele provavelmente, um procurado. Não sei. Abro os olhos novamente, me acostumando com a claridade que entra pela janela, sinto a respiração quente de playboy em minha nuca, enquanto seu braço está rodeado em minha cintura, firme, como se ele não quisesse que eu saísse dali. Tento tirar seu braço de cima de mim, mas sem sucesso, então bufo. — Não adianta fugir de mim. — ele fala com a voz rouca, de quem acabou de acordar. — Eu tenho que ir para escola. — aviso. — Eu
Conto os minutos para a aula acabar, já não suporto mais ouvir os professores e só quero ir pra casa deitar. Encosto minha cabeça na parede, enquanto ouço uma música no fone que escondo com o meu cabelo, absorvendo a música, mesmo sem prestar atenção na letra. — Lis… — Vitória me chama, tocando meu ombro. — O que?Ela aponta para a porta, onde o coordenador de turma está parado com um buquê de rosas, sorrindo para mim. — O que é? — pergunto a vitória. — São pra você. — Ah, merda. — se isso for coisa do Victor, eu fazê-lo engolir rosa por rosa, até a última pétala. Me levantando deixando o celular em cima da mesa, enquanto todos da sala me encaram com aquele olhar apaixonado. Se souberem como minha vida está ultimamente, olhariam para mim com pena. — Obrigado! — agradeço ao pegar o buquê. Volto para a minha mesa e retiro o pequeno envelope que estavam no meio das rosas, e abro, lendo a pequena carta. “Tu vai ter um dia de merda, loirinha. Tô ligado nisso. Mas eu já disse que