( Amber Petrova )
— Sei que minhas palavras não irão diminuir sua dor, mas se o que eu disser agora te servir como conforto, saiba que desde o dia que te conheci você não me mostrou nenhuma única vez, razões que trouxesse decepções a alguém. E mesmo não conhecendo sua mãe, sei que ela estaria muito orgulhosa da filha que tem.
Céus... esse homem ainda vai me matar...
Puxo o rosto dele trazendo-o para um beijo apaixonado, e ele retribui três vezes mais intenso, com a boca inclinada sobre a minha, me enfraquecendo. Nicholas aumenta o ritmo do nosso beijo como alguém que está se afogando, e só depois percebo que seus dedos já tinham entrado por baixo do meu cabelo, iniciando um incêndio de puro desejo dentro de mim.
Porra, se ele não parar agora, vou fazê-lo me comer
( Amber Petrova )— Senhorita Petrova?Duas horas mais tarde.— Senhorita Petrova? Oh céus, onde está essa menina...De tanto esperar pelo Nicholas, eu decidi explorar um pouco da casa dele, até achar seu escritório, com uma mesa no centro, uma estante de livros e um sofá de couro preto. A sala não era tão grande, porém, o que mais me chamou atenção foi um porta retrato em cima da mesa dele, com uma mulher loira abraçada a um menininho pequeno.— Ah! Graças a Deus eu achei a senhorita. — Edna surge do nada e eu me viro lentamente para ela com o retrato na mão, e o rosto fechado.— Quem é essa mulher?Edna arregala os olhos prendendo o oxigênio no peito.— Por acaso o Nicholas é casado e ninguém achou que eu precisava saber? — Inter
( Nicholas Cooper )Não queria falar sobre aquilo. Sobre quem era ela, e o que aquela mulher significava para mim. Reabri essa página da minha vida significava reviver coisas do meu passado que eu ainda não estava pronto para lidar. Amber não tinha que ter entrado aqui e mexido nas minhas coisas.É isso que ganho por trazê-la para minha casa?Ideia de bosta essa minha.Bato a porta da sala e chegando no corredor do meu quarto, vejo Edna do lado de fora batendo na porta, gritando pela Amber.— Senhorita, por favor, abra! — Implorou tentando girar a maçaneta.Eu me aproximo dela, e logo instintivamente sua estrutura se afasta da entrada.— Senhor, ela se trancou aí dentro e se nega a sair.— Tudo bem, Edna, ela não vai ficar aí dentro para sempre.— Por que não conta log
( Oliver Parker )— Senhor Parker?Aquela vadia da Amber, me enganou!— Senhor Parker, está me ouvindo?— O QUE É CARALHO!— Senhor, seus pais chegaram, e estão esperando pelo senhor e a senhorita Petrova, na sala de jantar.Arrasto os pés da minha cadeira brutalmente, e avança para cima da empregada agarrando o pescoço dela com minhas mãos, como um leão abocanha uma zebra.— Está vendo a senhorita Petrova, aqui sua puta? — Falo na cara dela, sentindo-a tremer de medo entre meus dedos.— S-senhor... senhor... — ela sufoca. — P-por favor.— Avise meus pais que estou passando mal, e chama a ninfeta daquela jardineirazinha aqui, porque eu quero foder ela! — Ordeno, soltando-a com força, empurrando-a na parede.A bosta da empregada cai
( Oliver Parker )Nove da manhã do dia seguinte, e o carro preto que eu esperava aparece no fim da rua. Janelas tão escuras que era impossível ver o que tinha dentro, e lataria blindada a prova de qualquer idiota que tentasse roubar. Quando ele para na minha frente, escuto a porta destravar e então entro.— Tio!— Olá, meu garoto!Cheio de medalhas na farda, cabelo colado na cabeça, e uma bela arma na cintura, meu tio me abraça no banco de trás, enquanto seu motorista dirigia por aí até conversarmos.— Precisamos ser rápidos. Tenho um interrogatório em duas horas! — Avisou pouco incomodado.— Interrogatório?— O pai da sua namorada está tentando roubar meu trono, e agora vou ter que ficar de frente com o presidente.— Que filho da puta!— Não se preocupe. Ele não me pegou antes, não é agora que conseguirá. Agora me diga porque me ligou pedindo para me encontrar.— Amber terminou comigo...— Oi? — Ele deixa uma risada zombeteira escapar.— Não ria, porra!— Desculpe. — disse tentando s
( Nicholas Cooper )Desde que levei Amber para minha casa, ficou mais difícil fazer meu trabalho sem ela perceber. Qualquer ligação ela ficava encima curiosa, e quando me afastava sabia que sua cabeça criaria minhocas, então decidi que pelo menos três vezes na semana iria entregar o relatório da missão pessoalmente, alegando para Amber que a universidade não tinha me dado folga, e que mesmo na época de férias todos os professores estavam trabalhando para organizar a volta às aulas.Amber não gostava de seguranças, um dos motivos que a fez afastar o pai, por isso contratei dois novos agentes disfarçados de empregados para que ficassem de olho nela quando eu não estivesse. Carl e Damien, se vestiam como funcionários comuns, e a vigiavam sem que ela percebesse. Mas assim que chego, estaciono a moto na frente da casa
( Amber Petrova )Após a noite de foda na piscina, Nick me trouxe para o quarto, onde tomamos um banho rápido, sem malícia. Logo depois, descemos para a cozinha e ele preparou um jantar para nós dois, com um bom vinho.Confesso que estou me sentindo muito mimada e quando voltar para a universidade sentirei falta disso. Sabia que não podia morar aqui para sempre, e meio que gostava do meu espaço, de ter um lugar para mim. Não era como se fosse ruim ficar aqui nessa mansão com ele, mas precisava ter minha privacidade...— Vai sair de novo? — pergunto, assim que entro no closet, vendo-o se arrumar. — Ontem nem ficamos juntos direito, você passou o dia fora...— Pensei que tivesse gostado do nosso "momento" na piscina...— Não foi isso que eu quis dizer, Nick...— Eu sei... — falou, se aproximando
( Amber Petrova )— Senhora Miller? Oiii!Merda. Eu odeio o escuro!— Edna?Faz uns quinze minutos que a energia da casa toda caiu. Preferi ficar deitada esperando que a luz voltasse, mas achei estranho os raios de iluminação que vinham de fora, se estava à noite. Então, quando decidi olhar, aqui no andar de cima, no quarto do Nick, vi que depois do muro os postes estavam acesos na rua, e como era um condomínio, não fazia sentido só essa casa ficar sem energia. Foi aí que levantei na mesma hora, procurando pelos funcionários, com auxílio das poucas luzes de emergência dentro da casa.— Carl! Damien!Que diabos! Por que ninguém me responde?Eu já tinha descido as escadas com meus pés no chão e meu baby-doll preto. A sala estava vazia, as portas fechadas, mas
( Amber Petrova )Quatro minutos depois, e quando estava pronta para girar a maçaneta e correr para a garagem, Edna retorna, me causando um enorme alívio.— Graças a Deus!— Venha, precisamos ir para a garagem!Com os joelhos dobrados e corpos curvados, pego na mão dela, quando partimos dali agachadas, indo para um lugar que ela alegava ser mais seguro.É aí que:THWACK! THWACK!Tiros passam tão perto de nós que nossas colunas se esticam e nossos pés batem no chão mais velozes.— CORRE! — Edna grita, me impulsionando para ir à frente dela.Tão perto... tão perto da garagem...Quando minha mão se estende a poucos segundos de tocar a maçaneta da porta da garagem, como um filme em câmera lenta onde, em um único minuto, sua vida inteira parece passar na frente dos seus olhos, o som de um único tiro ecoa novamente.THWACK!Eu só olh