AdanAcordei e Dianne não estava na cama. Levantei e olhei as horas no celular ao lado, sobre a mesinha de cabeceira. Eram seis e meia da manhã. Vestindo o roupão, desci à sua procura. Encontrei-a sentada à mesa da cozinha, tomando uma caneca de café enquanto olhava algo no seu laptop. Ela estava concentrada.— Você ao menos dormiu? — Beijei o topo da sua cabeça.— Mais ou menos.— O que está fazendo aí? — perguntei, enquanto me servia de uma xícara de café.— Esperando a publicação da WT. — Tomou um gole da dose de cafeína. — Saiu — disse tensa, colocando a caneca dourada sobre a mesa.— Quanto tempo até os sites repostarem e começarem a falar sobre isso no Twitter?— Uma hora, no máximo!Respirei fundo e tomei o restante do café em um só gole.— Preciso me arrumar. Tenho que estar no Capitólio às oito.Selei os seus lábios e voltei para o quarto. No closet peguei um terno completo, camisa e uma gravata. Um longo dia me esperava.* * *Quando me aproximei do Capitólio, o lugar estava
AdanAlguns dias depois, minha ex-esposa fez um pronunciamento destituindo-se do seu título. Enquanto isso, os papéis da nossa separação eram preparados. A nossa divisão de bens foi feita em senso comum. Dividiríamos por igual as ações que tínhamos. A casa no campo ficou comigo, enquanto a nossa casa no centro de Washington ficou para ela. Estela decidiu que continuaria morando lá.A minha mãe não estava feliz com a minha separação. Ela acreditava em cada rumor e fofoca publicados na internet. Até no que dizia que o casamento era disfarce para a minha homossexualidade. Estava brava e não entendia como acabou. Culpava-me por deixar o amor acabar. Ela adorava Estela. E por isso eu tinha receio de como iria tratar Dianne quando a conhecesse, ou de como reagiria ao saber sobre o meu novo relacionamento.Já passava das sete da noite quando deixei o Salão Oval. Caminhei até a sala de Dianne. Havia mais pessoas lá dentro, então não entrei. Mandei uma mensagem a ela pedindo que me encontrasse
AdanOs seus olhos grudados nos meus causava um clima de pura possessão e paixão. Ela beijou a minha virilha e depois a ponta do meu pau. Gemi contido, estremecendo. A sua língua saiu de dentro da boca e buscou o meu pau, chupando-o. Os seus olhos se fecharam e ela gemeu baixinho, deliciando-se. Apoiei a minha mão na parte de trás da sua cabeça e assisti à cena ainda mais excitado.— Ah, querida... Você tem uma boca deliciosa.Engoliu-o por inteiro e depois se afastou, olhando-me novamente.— Só não é tão gostosa quanto a sua boceta. — Sorri desejoso dela.Dianne colocou-se de pé, agarrou a minha mão e a levou entre as suas pernas. Estava extremamente úmida, pronta para mim.— Está sentindo? Sente o quanto estou molhada? Isso é desejo por você. Agora, mostre o quanto me quer, Adan.Ela se afastou e caminhou para a cama, deitando-se no meio, de barriga para cima. Caminhei até uma gaveta na cômoda e peguei um preservativo que muito provavelmente devia estar vencido e perto disso. Rapida
AdanA porta foi aberta e Alex entrou com Karl no seu encalço. Rapidamente, Dianne soltou a minha mão e levantou-se. Aquilo me feriu um pouquinho por dentro. Não aguentava mais essa situação. Sempre tinha a presença de alguém que a repelia de mim. E, desta vez, foi a presença de Karl.— Desculpe se atrapalho alguma coisa — disse Alex, falsamente, com um sorrisinho irônico.Aquilo me irritou.— Não atrapalha. Diga o que houve — pedi.— Com licença. — Dianne apanhou o seu laptop e se dirigiu para fora da sala, deixando-nos a sós.Olhei para Alex e vi a expressão que enchia o seu rosto enquanto olhava para a Dianne. Cenho franzido, mandíbula levemente contraída e os olhos um pouco estreitados. Carregava outra coisa naquele semblante que me parecia raiva, ciúme ou inveja, não estava conseguindo identificar. Aquele comportamento estava sendo frequente. Ela não suportava Dianne, mas a verdade é que mal a conhecia. Nunca dera uma chance de fazer isso. E começa a suspeitar que talvez ela nem
AdanDepois que elas se acomodaram na arquibancada, segui para o meio, onde haviam preparado um microfone para que eu pudesse falar sem gritar e ser bem ouvido.— Bom dia, crianças.— Bom dia! — responderam em uníssono, junto dos funcionários dali.À minha frente havia jovenzinhos de todas as idades. Foi inevitável pensar rapidamente por um segundo que, talvez, o meu filho pudesse estar entre elas. Senti um breve aperto no coração.— Bom... Estou aqui porque na semana passada recebi uma carta na Casa Branca. O remetente era uma criança chamada Selene Cruz, estudante desta instituição. Uma menina de oito anos que sonha ser a primeira presidente mulher dos EUA. Foi ela quem me convidou. — Apanhei a carta do bolso interno do paletó. — Onde está você, Selene?Uma menina magrinha, de pele morena e cabelos extremamente pretos e lisos, levantou-se erguendo a sua mão.— Venha até aqui.Com a ajuda de uma das professoras, ela desceu e veio até mim. Abaixei-me à sua frente e apertei a sua mão a
Dianne— Está em todos os lugares. Em todos os sites e blogs de fofocas. No Twitter não se fala de outra coisa que não seja sobre a relação de vocês — disse Karl ao sentar-se na sala de estar da Casa da Família.Eu estava sentada no sofá, um pouco absorta ao que acontecia à minha volta, apenas tentava imaginar como seriam as coisas dali para a frente. Era difícil, mas precisava digerir rápido tudo o que aconteceu nas últimas duas horas.Ao sair da escola, fomos bombardeados na rua por perguntas absurdas e curiosas. Tive certeza de que não seria fácil passar por isso. E, para completar, Theo ainda não estava falando comigo. Não teria o apoio do meu melhor amigo agora. Tudo o que a internet dizia sobre mim e Adan, só confirmava as coisas que ele achava sobre a nossa relação. Eu precisava me manter calma.As pessoas acreditavam que era real o boato de uma traição dentro da Casa Branca. E como pensariam diferente? Um divórcio que pegou a todos de surpresa e semanas depois um novo relacion
DianneTomando a rua, peguei o próximo retorno e dirigi para a casa do tio Thommy. Ele com certeza não estaria em casa naquele momento, mas Karen, sim. Ela era uma boa pessoa e com certeza me ajudaria a ficar bem.Dei algumas voltas pela cidade e atravessei estacionamentos para me proteger. Poderia ter alguém me seguindo sem que eu notasse. Chegando na mansão, digitei a senha no portão e entrei. Parei o carro em frente à entrada da casa e desci. Toquei a campainha e logo a porta foi aberta.— Jesus! O que lhe aconteceu?— Eu posso entrar?— Mas é claro, venha! Aqui ainda é a casa de todos vocês.Entrei e ela fechou a porta.— Está sozinha?— Estou. — Apanhou minha mão gélida e me levou para a sala de estar. — O que houve?— Vocês ainda não sabem? — perguntei confusa.— Sobre o quê? — Franziu o cenho, sentando-se ao meu lado.Respirei fundo. Neste caso, a notícia chegaria até eles através de mim.— Eu e o Adan... nós... — Minha voz falhou.— Adan? Fala do presidente?Assenti.— Nós est
DianneEnquanto ligava o computador, Adan entrou na sala rapidamente. Através de sua feição percebi que ele já devia estar sabendo sobre o que me aconteceu horas atrás.— Você está bem?— Estou.— Nos dê licença, Freddy. — Sua respiração era pesada e seus ombros estavam rígidos. Os lábios unidos em uma linha reta mostravam que estava preocupado.— Claro, senhor. — Ele saiu e fechou a porta.— Por que as pessoas estão fazendo isso? — perguntou alto, nervoso.Levantei-me.— Porque elas acham que você traiu a Estela comigo e por isso se separaram. Alguns especulavam sobre a falência no casamento, mas outros consideravam um casal referência em união estável. É esperado que me odeiem. No entanto, estão sendo cruéis e perdendo o limite.Passou as mãos no cabelo, andando de um lado para o outro.— Não admito que as mesmas pessoas que me apoiam façam isso com a mulher que eu amo! — Ainda falava alto. Havia muita raiva na voz.Ele me olhou e seus olhos estavam marejados. Adan estava magoado co