- Não quero que discutamos esta noite, não de novo. Apenas aproveitemos nossa companhia e conversamos amanhã, certo? - disse Irena contra seu peito.- Me desculpe, querida, me perdoe por tudo - murmurou Oliver ao perceber o quanto aquela situação estava afetando a ambos -. Eu...- Shhh, falamos amanhã - interrompeu ela colocando um dedo em seus lábios.Oliver assentiu e aproximou seu rosto do de Irena, beijou-a com ternura, demonstrando o quanto a amava. Enquanto isso, Nora observava o casal pela porta do quarto, escondida para não atrapalhar a reconciliação de sua irmã e cunhado.Sorriu contente antes de fechar a porta e entrar em seu quarto, dando-lhes privacidade. Irena e Oliver decidiram sair para jantar fora, queriam passar um tempo juntos para conversar melhor. Antes de sair, disseram a Nora que não demorariam a voltar, mas não foi o que aconteceu.Os ponteiros do relógio se moviam lentamente, marcando dez horas da noite.Nora estava na sala, esperando a chegada de Irena e Olive
Quatro anos depois...—Vou te ligar se algo acontecer, embora ela esteja em boas mãos, não se preocupe —assegurou Sofia, dando a Nora um sorriso reconfortante.—Ok, estou indo —disse ela, dirigindo-se à saída do pequeno estabelecimento—. Obrigada por cuidar da Zoe.—Não precisa agradecer, ela é uma criança encantadora —disse Sofia, inclinando a cabeça e olhando a pequena brincando no chão.Nora se despediu da amiga e caminhou em direção ao ponto de ônibus. Enquanto esperava lá, pegou o celular para verificar as horas e garantir que não chegaria atrasada para a entrevista de emprego. No entanto, os minutos passaram e parecia que não havia nenhum transporte chegando, apesar da espera.Resignada, Nora decidiu ir a pé até o lugar para onde estava indo; o Hotel Beaumont.Nora caminhava pelas ruas da cidade nervosa. Há algumas semanas, ela havia deixado seu emprego com Sofia, sua antiga chefe, que tinha um pequeno negócio de comida que, infelizmente, não estava indo muito bem, já que as ven
O prédio era impressionante, uma estrutura alta e majestosa que se elevava para o céu. Ao cruzar a porta principal, encontrou-se em um hall enorme e elegantemente decorado. Havia uma grande quantidade de pessoas circulando por lá, porteiros atendendo aos hóspedes, pessoas que chegavam e saíam da recepção, equipe de limpeza que ia e vinha pelos corredores.Nora não conseguia deixar de admirar a beleza do lugar. O hotel estava decorado com bom gosto e tinha o ambiente quente e acolhedor que se esperaria de um lugar tão sofisticado. Apesar da magnitude do prédio, tudo parecia cuidadosamente projetado para que fosse fácil se orientar.Finalmente, Nora chegou ao escritório onde se encontraria com o gerente do hotel. Sentiu-se um pouco intimidada pelo tamanho e elegância do espaço, mas percebeu que o gerente era um homem gentil e cortês. Depois de conversar com ele por alguns minutos, Nora saiu do escritório se sentindo mais aliviada e otimista do que havia estado nas últimas semanas.- Qua
Nora estava a caminho do hotel, se sentindo um pouco ansiosa para começar seu primeiro dia naquele lugar majestoso. Ela havia acordado cedo para levar sua filha à creche e seguiu em direção ao prédio que não ficava muito longe dali.Após a morte de Irena e Oliver, ela teve que se mudar para um pequeno apartamento no bairro do Brooklyn devido às dívidas que foram se acumulando aos poucos, e até mesmo teve que hipotecar a casa onde havia morado por mais de cinco anos com sua irmã e cunhado.Nora chegou ao hotel Beaumont e entrou, dirigindo-se à porta que dizia "somente pessoal autorizado", e entrou sem se preocupar em bater antes. Dentro estavam seus colegas de trabalho, que olharam para ela com curiosidade, o que a fez se sentir um pouco inibida.—Ah, que bom que você chegou, Nora —falou o mesmo homem de ontem, se aproximando de Nora.Era Joseph, o gerente que havia lhe dado o emprego. Ele sorriu para ela.—Ainda faltam dez minutos para as oito, mas eu quis ser pontual no meu primeiro
Enquanto isso, Nora em seu trabalho diário foi interrompida por uma ligação da babá, que raramente entrava em contato com ela, a menos que algo tivesse acontecido com sua filha.Alarmada, atendeu a ligação depois de se desculpar com a garota que estava explicando como servir bebidas quentes.- Alô? - ela disse depois de ir um momento para as escadas de emergência do prédio.- Nora, desculpe te ligar durante o horário de trabalho. Mas é urgente, Zoe se machucou no parque e não parou de chorar - suas palavras deixaram Nora alerta - Já a examinamos e parece que ela não se feriu...- Já estou indo para aí - Nora respondeu antes de permitir que a babá terminasse de falar.Ela voltou para a cozinha e explicou a situação ao chef Elliot, que permitiu que ela deixasse o trabalho por aquela emergência que tinha surgido para Nora.- Obrigada - ela disse antes de sair dali.Ela caminhou rapidamente pelas ruas da cidade, sentindo seu coração bater forte. Imaginar que algo ruim pudesse ter aconteci
Nora levou sua filha para a sala de estar do hotel, que ficava no quarto andar do prédio. Ela estava arriscando seu emprego ao trazer a menina para aquele lugar onde só os funcionários e hóspedes podiam estar. No entanto, ao não ver ninguém ali, ela pediu ao chef Elliot que a ajudasse a esconder a menina até que seu turno terminasse.- Este é um lugar seguro - disse o chef depois de se certificar de que não havia nenhum funcionário por perto.Nora e Zoe atravessaram a sala de estar. Aquele lugar era um espaço amplo e confortável que convidava ao descanso e à relaxação. A decoração era elegante e moderna, com uma paleta de cores neutras e claras criando uma atmosfera serena e acolhedora.No centro do ambiente havia um sofá grande e sofisticado, com almofadas macias e fofas que convidavam a se sentar e desfrutar de uma boa conversa ou ler um livro.Em volta também havia várias peças de mobília como poltronas, mesas auxiliares e um móvel de TV. A iluminação era quente e suave, com luminá
Zoe correu por toda a sala para evitar ser apanhada por nenhum dos dois homens de segurança que tentavam alcançá-la. A menina subiu no sofá, fazendo com que Jeremiah abrisse os olhos desmesuradamente ao ver o que ela estava fazendo em seu sofá preferido.- Ei menina! Desça imediatamente daí - ordenou, mas a pequena continuou andando em cima do sofá.Os guardas reagiram rapidamente e começaram a cercar o sofá, tentando pegar Zoe sem danificar o móvel. A menina, com um sorriso travesso no rosto, pulava de um lado para o outro, habilidosamente evitando suas tentativas.- Não vão me pegar, não vão me pegar! - dizia a menina entre risadas.Os dois homens de segurança não sabiam o que fazer a respeito, nunca antes tinham enfrentado uma situação parecida.Por outro lado, Jeremiah olhou para eles com raiva.- Não fiquem aí parados! Peguem-na! - gritou Jeremiah, frustrado com a falta de ação dos homens de segurança.Ao ver que seus funcionários não serviam para nada, Jeremiah se aproximou do s
—É um ogro, como ele pôde demiti-los? — diziam alguns, em desacordo.Por outro lado, Nora, que estava na cozinha terminando de lavar a louça, ouviu um de seus colegas falando sobre o assunto.—Eles foram demitidos? — perguntou Sam, surpresa como a maioria.—E isso não é tudo, ele os insultou com suas palavras. Que humilhante — acrescentou Leandro, um dos garçons.—Nossa, que escândalo. Com certeza contarão para a imprensa o que o diretor fez — falou a garota mais alta.O chef percebeu o que estavam dizendo e se aproximou deles para terminar a conversa que estavam tendo.—Se for assim, isso só diz respeito ao senhor Jeremiah — disse Elliot, fazendo com que os três se sobressaltassem ao ouvi-lo. — Ainda não terminaram seus turnos, não é hora de ficar conversando.—Sim, senhor — cada um seguiu seu caminho.O chef inclinou a cabeça, observando Nora, que rapidamente desviou o olhar ao ser pega por ele.Nora sentiu curiosidade, queria saber quem era aquele diretor de quem todos estavam fala