LILLY
O homem da minha vida lava meus cabelos cuidadosamente, os nossos corpos esfregando-se, recusando a perder o contato. Eu o provoco cada vez que seu membro, ainda animado, encosta em mim.
Viro e começo a beijá-lo. Com as mãos acaricio-lhe as costas, e quando chego nas nádegas, cravo minhas unhas, fazendo-o gemer.
— Léo, seja meu homem agora. Quero você.
Ele desliza até o chão e subo em seu colo. Sem que possa mais evitar, ajeitou seu delicioso membro dentro de mim, aquecida pela água do chuveiro que cai sobre nós.
Começamos devagarzinho, ele beijando meus seios, fazendo carícias com a língua em volta do bico, mordiscando delicadam
Seis meses antesMamãe sempre foi uma mulher forte.Nunca a vi doente, até mesmo gripe era difícil de ter. Porém, percebi que há dias não se alimentava direito. Toda vez que a questionava, colocava desculpa na ansiedade pelo resultado do vestibular que eu havia prestado. Caso passasse, teria de mudar-me para São Paulo.Meu sonho era estudar direito, para depois seguir firme na carreia até me tornar juíza. Tudo muito bem planejado, com direito à moradia na própria universidade e ajuda de custo. Porém, minha mãe parecia mais nervosa que eu, como se fosse ela a estudante.Mas aquela desculpa, não me convencia. Algo dentro de mim, sabia que ela estava escondendo alguma coisa. Infelizmente, logo comecei a entender do que se tratava. Foi um dia antes de sair o resultado do vestibular.Estava ansiosa com as horas que pareciam nunca pas
Em meio a essa tempestade que assolou minha vid a, uma coisa boa aconteceu, pelo menos por um tempo: Otávio. Depois de muitasconversas e paqueras, ele fi nalmente convidou-me para sair. Eu sempre gostei dele, mas nunca havia acontecido nada.Talvez por me conhecer desde criança — e achar que ainda era uma menina. O fato de ser oito anos mais velho só reforça isso.Para aquele primeiro encontro, combinamos às 20h, na ruaatrás da minha casa, pois não queria que meu pai nos visse.Eu realmente caprichei no visual. Estava me sentindo linda para encontrá-lo. O coração batia mais que os sinos da igreja local. O nervosismo fazia-me tremer. Nunca havia saído assim,em um encontro de verdade. Só aquelas coisas de menina. Nem sabia como deveria comportar-me nessa situação, ainda mais com um cara tão bonito quanto ele, que até bem pouco tempo&nbs
Depois desse primeiro encontro, passamos a nos ver — e a nos beijar — todas as noites. Acreditava que estávamos namorando, apesar dele nunca ter feito o pedido. Sabia que meu sentimento crescia, percebia que cada dia mais estava apaixonando-me por isso, nem liguei por faltar algo “oficializado”.Ele mostrava-se interessado e paciente, sem forçar a barra, apesar da mão boba e das carícias ousadas aumentarem. Depois de um tempo, sentia-me lisonjeada de ser a mulher que ele tocava. Alguém tão bonito e com dinheiro poderia ter qualquer mulher aos seus pés para suprir as necessidades, mas estava comigo por livre escolha. Sem cobrança, apenas deixando acontecer de maneira natural.Sentia que estávamos nos entendendo e adorava os momentos carinhosos e românticos que tín
OTÁVIOBom, se você ainda não me conhece, o que eu duvido, meu nome é Otávio Toledo de Albuquerque Cristóvão. Tenho 27 anos e sou filho do cara que praticamente é o dono da cidade, ou melhor, da fábrica São Cristóvão. Ela produz peças para usinas, distribuídas por todo o Brasil e também para o exterior.Desde que me conheço por gente, o povo dessa cidade tem um parente que trabalha na fábrica. Por isso, sempre fui tratado bem. Se tirarem um raio-x do meu saco, com certeza tem uns dois ou três caras pendurados ali.Minha mãe, é claro, ama-me mais do que qualquer coisa nesse mundo.… Acho que a maioria das mulheres que conheço sente isso por mim. Bom, quem manda eu ser o
LILLYCheguei em casa com a sensação de que tinha feito a pior burrice da minha vida. Entreguei-me a alguém que, ao que tudo indicava, só queria sexo de uma noite. Minha virgindade devia ser apenas um motivo a mais para conquistar-me.Assim, consegui apenas um coração em frangalhos porque ter me apaixonado pelo cara mais ordinário que já conheci. Nossa, como fui estúpida.O pior de tudo é que, por mais que tivesse consciência de que o Otávio só tinha me usado, meu amor não entendia muito bem isso. Isso sim é ter o “dedo podre”. Antes dele, eu nunca tinha visto e enfiado as mãos dentro da cueca de um homem.Acorda, Lilly! O cara te comeu e de
Fico tanto tempo lá plantada que a cabeça volta para Otávio, como se já não bastassem os problemas que tenho.Será que havia me enganado tanto assim sobre ele? Talvez ele só não soubesse lidar com a situação ou nunca tivesse transado com uma virgem. Quem sabe estivesse com medo de estar apaixonado por mim. Será? Otávio apaixonado por mim? Mas será que antes só eu estava e ele não?São inúmeras as perguntas. Tantos “achismos” que, por um instante, a decepção dá lugar a paixão novamente. De repente, sinto-me mal por tê-lo julgado como cafajeste. Na verdade, agora me dou conta que ele não
Um mês se passa e minha mãe continua internada.Minha vida está uma completa loucura, sem tempo para mais nada. Cuido do meu pai, da casa, fico no hospital e estresso-me com o médico engraçadinho. Quanto ao Otávio, esse simplesmente sumiu. Nunca mais me procurou. Até deixei alguns recados. Na verdade, muitos, mas o desgraçado não retornou.Mas isso deixou de ser prioridade. Tenho de pensar na melhora da minha mãe e arrumar um emprego. O do meu pai cobre as despesas médicas e a casa, mas pela quantidade de remédios que eu a via tomar no hospital, é evidente que com o quanto ganhamos, não daremos conta quando ela receber alta. Eu preciso ajudar.Passo então por diversos estabelecimentos distribuindo meu curr&i
Aquele instante foi o começo do fim. Percebe agora, coração? Entendeu porque não era para ter esperanças?Que droga.Depois de presenciar aquilo, todas as suposições que pensei ser o meu lado dramático entrando em ação estavam ali, esfregadas na minha cara.Otávio e a peituda. O beijo que mais parecia um filme de sexo explícito e o jeito como ele deixou a garota sentar no colo dele, como se fosse livre, leve e solto.Por mais que eu corra, ele me alcança. Tem a petulância de segurar-me pelo braço. Olho para ele com tanta raiva e desprezo. Ele parece assustado, talvez não esperasse ver-me ali. Mas