LÉO
Depois de um tempo muito bem aproveitado, Lilly vai para a casa e fico um tempo sozinho, pensando nas coisas boas e ruins que aconteceram.
Ainda bem que havia contado tudo para ela na noite anterior. Imagina se ela fosse surpreendida pela maluca da Fabiana sem saber de nada? Só de pensar, tenho um arrepio.
Agora não posso mais deixar isso sem resolução. Antes de começar o meu turno no hospital, a encontrarei para acabar com aquela palhaçada. Pego o celular e vejo que tem várias mensagens dela, pedindo uma chance de falar comigo.
Suspiro, contrariado. Onde encontrá-la sem riscos? Penso em alguma lanchonete por perto, mas sinceramente estou cansado disso. Quanto menos tempo passarmos juntos, melhor. Se
Nossa, que loucura!Nunca pensei que, na minha vida, o amor e a paixão fossem tão complicados. Afinal, meus exemplos de vida em comum são meus pais. Duas pessoas tranquilas, sem pessoas que quisessem separá-los.Mas depois de escutar tudo o que Léo me diz, confesso que estou com um pouco de medo. Ir para São Paulo e conviver não só com a louca da Fabiana, que não vai sair de perto que bem sei, além da mãe dele — que pelo visto também parece ser bem complicada.Bem, pelo menos o Otávio parece ter dado uma trégua, já que nunca mais me procurou, nem tentou fazer nada. Minha ameaça deve ter surtido efeito. Também, o que mais poderia fazer? Meu pai ainda está desempregado, e n&at
LÉONão estamos muito longe do quarto de Lilly quando escuto uma gritaria. Corro para lá, seguido de algumas enfermeiras, o coração doendo sem explicação. Alguma coisa terrível está acontecendo. Seu Augusto vem logo atrás.Abro a porta do quarto gritando o nome dela e a cena que presencio faz com que eu perca o controle. Otávio em cima dela, tentando…Filho da puta, vou te matar!Puxo ele pelo pescoço e o jogo na parede. Ignoro o barulho de coisas quebradas. No momento em que o desgraçado cai no chão, começo a esmurrá-lo.
LILLYEu não aguento mais viver com medo.Queria dizer que as coisas resolveram-se, que o Otávio foi preso por aquilo que fez comigo, que a justiça foi feita de alguma forma. Mas na vida real as coisas não são assim.Ele mal passou um dia sentindo o gosto de ficar dentro de uma cela antes que fosse solto. Agora eu me torno prisioneira, trancada no apartamento do Léo ou andando na rua com um segurança atrás de mim, as pessoas olhando-me como se fosse um animal estranho em exposição.Perdi a paz. Estou cansada de lutar. Tento ter esperança e seguir firme, acreditando que uma hora isso passará, mas só o que sinto é a fraqueza de viver à mercê de um cafajeste q
LILLYPor mais que ameaçasse, gritasse e me defendesse, nunca fui capaz de acreditar que o mal se acaba com o mal. Na minha mente, em algum momento Otávio conheceria o amor, talvez até mesmo com aquela moça que era tão apaixonada e vivia pendurada nele. E me deixasse ir, já que conseguia sentir dentro do próprio peito o que Léo e eu tínhamos. Mas nem sempre as pessoas podem ser redimidas.Meu pai encarrega-se de ligar para o doutor Richard e contar sobre o acidente. Estou na recepção esperando por notícias quando entram os pais do Otávio. Ele, sempre muito sereno e educado, ao lado de uma mulher loira, daquelas que vemos na televisão, cheia de plásticas. Ela chega fazendo o maior escândalo do mundo.Preciso ressal
LILLYNum mundo ideal e justo, depois de tudo que aconteceu a verdade seria revelada e Otávio finalmente pagaria por tudo que fez. Mas a realidade está longe de um conto de fadas.Já faz uma semana que tudo aconteceu. Enquanto Otávio recupera-se lentamente no conforto de um quarto de hospital, com tudo que o dinheiro pode proporcionar, a justiça também trabalha a seu favor. Estamos na delegacia e sou a única testemunha contra ele ao lado do Léo sobre o tal “incidente”, como foi chamado aquilo que, para mim, foi uma clara tentativa de assassinato.Todas as outras testemunhas — as que apareceram — disseram que só repararam quando a discussão entre eles, já estava nos gritos. Lembram de Otávio levar um soco que o
LÉONos últimos dias fiz de tudo para tirá-la da minha cabeça. Nunca pratiquei tantos exercícios, por exemplo. Quase não tenho sono, levanto de madrugada e saio para correr. Até comprei um saco para dar porrada, e olha que coincidência, o nome dele é Otávio.Agora ela está aqui, diante de mim, e tudo que achei ter resolvido vira de ponta cabeça mais uma vez.Quando recebi a ligação do seu Augusto procurando por Lilly, meu coração quase parou. Cheguei até ir ao quarto daquele delinquente, exigindo que me dissesse onde ela estava, mas por incrível que pareça, o cara ficou tão preocupado quando eu.
LILLYO homem da minha vida lava meus cabelos cuidadosamente, os nossos corpos esfregando-se, recusando a perder o contato. Eu o provoco cada vez que seu membro, ainda animado, encosta em mim.Viro e começo a beijá-lo. Com as mãos acaricio-lhe as costas, e quando chego nas nádegas, cravo minhas unhas, fazendo-o gemer.— Léo, seja meu homem agora. Quero você.Ele desliza até o chão e subo em seu colo. Sem que possa mais evitar, ajeitou seu delicioso membro dentro de mim, aquecida pela água do chuveiro que cai sobre nós.Começamos devagarzinho, ele beijando meus seios, fazendo carícias com a língua em volta do bico, mordiscando delicadam
Seis meses antesMamãe sempre foi uma mulher forte.Nunca a vi doente, até mesmo gripe era difícil de ter. Porém, percebi que há dias não se alimentava direito. Toda vez que a questionava, colocava desculpa na ansiedade pelo resultado do vestibular que eu havia prestado. Caso passasse, teria de mudar-me para São Paulo.Meu sonho era estudar direito, para depois seguir firme na carreia até me tornar juíza. Tudo muito bem planejado, com direito à moradia na própria universidade e ajuda de custo. Porém, minha mãe parecia mais nervosa que eu, como se fosse ela a estudante.Mas aquela desculpa, não me convencia. Algo dentro de mim, sabia que ela estava escondendo alguma coisa. Infelizmente, logo comecei a entender do que se tratava. Foi um dia antes de sair o resultado do vestibular.Estava ansiosa com as horas que pareciam nunca pas