Andava pelo meu quarto em círculos sentindo uma sensação de angustia subindo pelo meu corpo, é como se algo me chamasse e sussurrasse bem perto do meu ouvido ``vá para a floresta´´. – Então decidida a ir para a floresta, andei até meu guarda roupa e olhei para o relógio na parede, ainda eram 15:39 dava tempo de eu dar uma passada lá para ver o que tanto me chama aqui dentro. Troquei minha roupa, afinal com o frio que está fazendo lá fora, capaz de eu congelar, optei por apenas colocar um moletom, já que estava de calça, coloquei meu tênis e sai mundo a fora. Assim que abri a porta de casa, o vento gelado bateu em meu rosto, me fazendo suspirar, estava até dando para ver nossa respiração, e nesse momento penso que poderia estar na minha cama, tirando um maravilhoso cochilo, mas não, eu tenho que ir.
Andei por alguns minutos at&eac
- Elo, eu queria pedir desculpas. – Assim que eu comecei a falar, sua pose de defesa se desfez, e pude ver seus olhos enchendo de água, e isso me cortou meu coração. Andei até a poltrona que ela estava sentada e a abracei forte, pensei que ela fosse recusar, ou me empurrar.- Eu fui muito estupida com você, não deveria ter feito tudo que fiz. – Ela funga em meio as palavras, e soluça, lágrimas e mais lágrimas molham o casaco que eu estava, me separei do abraço e a olhei.- Eu lhe devo desculpas, não queria que nada disso tivesse acontecido, vamos dizer que nós duas tivemos um dia cheio, e acabamos querendo ou não, descontando uma na outra. – Respiro fundo tomando coragem. – Mas agora eu preciso da sua ajuda, da sua e dos meninos, eu queria que tivéssemos mais tempo para fazermos as pazes, porém, não temos tempo, vai tomar um banho pente
Zayra! Vem aqui! – Ouço minha mãe me chamar, sentei-me na cama olhando para o nada, acabara de acordar e já estou vendo que minha mãe vai arrumar uma confusão comigo. Essa semana está sendo a mais estressante de todas, minha mãe está insistindo para que eu faça uma faculdade de medicina na qual eu não tenho o menor interesse, me levantei preparando meu psicológico para o que a mesma ia dizer. - Senhora... – Cheguei na cozinha e já me sentei na mesa colocando um pouco de café na xícara que está na minha frente. - Acho que você já sabe do que quero falar né? – Concordei, coloquei minhas mãos em minhas têmporas e ali massageei. E como previsto, a mesma começou a discutir o assunto da semana! Bom, agora um pouco de contexto... O mundo em que vivo é dividido por 2 partes, a parte humana e a parte mística, onde lá habitam seres mágicos, e que são considerados perigosos desde que me entendo por gente, ninguém pode entrar na floresta ``proibida´´ mas ela não
Depois de algumas horas me divertido com os demais fui para a minha casa, preciso conversar com minha mãe. – Chegando lá Ravenna está sentada no sofá juntamente com Zack, assim que eu faço barulho com a porta, atraio o olhar de ambos. - Tudo bem? – Perguntei desconfiada, os dois não paravam de me olhar, eu até já sei onde essa conversa vai dar, e acredite no final, nos três vamos estar brigando um com o outro. - Tudo bem? Como você pergunta isso sabendo que nossa mãe está extremamente triste com o fato de que a filha mais nova dela não quer seguir um rumo com mais realidade, e prefere ficar em um mundo fantasioso. – Ravenna se pronuncia com ódio, quem ela pensa que é pra falar assim comigo? Eu sei que decepcionei a mãe, mas não é pra tanto. - Vocês estão fazendo uma coisa pequena parecer que foi a pior coisa do mundo, aprendam que só porque vocês dois fizeram o que a mãe queria que eu tenho que fazer também, entendam de uma vez por todas, eu não vou mudar de
Sai de casa a procura do que fazer, e acabei por parar perto de um campo de futebol onde umas crianças estavam jogando, quando de repente uma das crianças chutou a bola com tanta força que o brinquedo se perdeu na mata. – Os demais vaiaram para o menino de cabelos encaracolados e o mesmo olhou para a mata com um certo receio. Fiquei com pena daquele pequeno, tenho medo dele acabar se perdendo ou pior, encontrar alguma criatura violenta, nem pessoas adultas chegam perto dessa floresta, quem dirá uma criança, a área onde a classe média a baixa fica, é perto da floresta, motivo? O governo cismou que as pessoas de categoria mais alta, deveriam ter mais segurança, e os outros que se ferrem, então aqui é um local bem conhecido por assaltos, já que tem pouquíssima segurança aqui, posso contar nos dedos quantas vezes vi uma viatura de policial. – Me aproximei do campinho e falei atrás da grade. - Podem deixar, eu pego a bola de vocês. – Afirmei vendo o sorriso das crianças aumentar.
Ravi Após o acontecido na floresta, eu finalmente consegui chegar no vilarejo, cheguei na casa da minha tia e abri a porta sem nem ao menos bater, olhei cada canto da sala, nossa, mudou bastante desde a última vez, as paredes pintadas de rosa foram substituídas por uma cor bege, não existia mais o sofá no meio da sala, apenas duas poltronas e dois bancos almofadados, havia uma televisão pequena apoiada em cima de uma mesinha de centro, o cheiro da casa continuava o mesmo, minha tia cultivava hortelã isso fazia com que a casa cheirasse a hortelã. – Fui para a cozinha e encontrei a figura baixa com os cabelos em um coque, com um avental e mexendo algo na panela. - Bom dia tia Gislla. – Falei com animação e a mesma, se virou dando um pulo e colocando a mão no peito. - Quer me matar de susto garoto? A sua educação ficou onde? Cadê o tempero? Ela me manda várias perguntas de uma vez, dou uma risada pelo nar
Acordei com o barulho de uma coisa alta vindo da cozinha, dei um pulo saltando da cama, sai correndo pra cozinha, onde eu encontrei a minha mãe com a mão sangrando e um prato quebrado no chão. - Mãe! O que aconteceu? – Andei rapidamente tomando cuidado para não me machucar com o vidro no chão, peguei um pano que estava ao lado dela para estancar o sangue. - E-eu não sei, eu estava pegando um prato para colocar comida e ele de repente quebrou. Fui até o armário e peguei uma maleta onde tinha todos os medicamentos e faixas, procurei o remédio para passar em cima do corte, tirei o pano, lavei o sangue, coloquei o remédio e uma pomada, e enfaixei. - Cadê a Ravenna, ela não está de folga? – Perguntei indignada, a minha mãe não é muito boa na cozinha, por isso a Ravenna sempre se encarrega de fazer o café, o que claramente hoje ela não fez. - Eu acho que ela saiu. O Zack dorme que nem pedra, aposto que nem ouviu todo esse barulho, deve estar
- Ravi? – Ai meu deus, eu não quero me meter em encrenca, mas ele aparece assim do nada ai fica complicado. - Zayra? Ah, meu senhor, que bom! Então, eu sei que não nos conhecemos bem, e você não deve nem confiar em mim, mas eu preciso da sua ajuda! Eu iria pedir a outra pessoa, mas já que você está aqui, é mais fácil. – Ele falou muito rápido, como assim minha ajuda? O que? Eu estou extremamente confusa, e não eu não confio nele, eu nem posso ser vista perto dele! Se não... Bom vocês sabem. - Ajuda? A gente não pode nem ser vistos juntos, imagina se ajudar! - Eu sei! Mas eu preciso de ajuda humana, minha amiga é uma estúpida e bom... – O que ele tá falando? O interrompi. - Calma ai, o que sua amiga fez? - Então... Horas antes...
Ravi - Nunca mais envolva a gente nesse tipo de situação. – Falei enquanto me jogava no sofá. - Não prometo nada, mas agora falando sério, você acha que os Wendigos voltaram? – Ela me pergunta se sentando no chão. - Não faço a menor ideia, mas as características batem, eu espero que eles não tenham voltado, porque sinceramente, podemos ter problemas bem sérios com a volta deles. Fora que eles podem ter evoluído, da última vez que o nosso povo extinguiu eles, não foi tão difícil, mas se eles voltaram mesmo, pode ter certeza, eles evoluíram. - Acha que pode causar uma guerra? - Não só acho, como tenho certeza, desde a última guerra, onde eles acabaram sendo extintos, o comandante deles, deve ter tirado esse tempo para reunir forças. - Vamos na floresta das águas? Preciso falar com a Cora. – Mabel pergunta se levantando. – Os Wendigos eles normalmente afetam muito o clima da