NICOLAS NARRANDO. — E então Nicolas, você aceita ser o meu sócio? — Thales pergunta. — É uma boa proposta meu caro amigo, analisei muito bem, mais infelizmente não posso aceitar. — Como assim não pode aceitar? — Thales pergunta alterado, como de costume. — Não posso, eu tenho algumas viagens marcadas e tenho o Lucas agora, sem babá tem ficado difícil deixar ele com a minha avó sozinho. Eu não sou mais solteiro eu tenho alguem que depende de mim Thales. — Caralho Nicolas, essa é uma grande oportunidade. — Thales grita. — Eu sei que sim, mais eu tenho as minhas prioridades no momento e não posso assumir outra coisa agora. — Irei lhe dar mais alguns dias para pensar, você só pode estar ficando louco, como irá recusar essa oportunidade. — Eu já lhe dei a minha resposta, agora preciso ir, tenho algumas candidatas para entrevistar hoje cedo. — Respondo e me levanto da mesa. Levanto e vou me despedindo dos meus tios e de Thales, o falecido pai do tio David era a
LIZ NARRANDO Ao mesmo tempo que estavam tirando as minhas medidas eu estava com a cabeça longe, eu precisava de algum jeito pegar aquele emprego de babá. Apesar da loucura que seria, afinal eles são amigos, no entanto ele jamais imaginaria que eu estaria tão próximo. Depois que todo mundo sai eu pego o nootbook que estava na mesa, o Thales saiu sem desligar. Vou ver se tem algo falando onde o Nicholas Black mora. Coloco o nome Nicholas Black e vejo que ele colocou na internet recrutando pessoas para o processo seletivo para babá. Mas como seria? Ele aqui faz algumas exigências querendo experiências. O que eu faço? Já sei, vou fazer um curriculum fake, digito tudo, procuro na internet alguns endereços e pronto está pronto. O endereço dele não fica tão distante daqui, mas o que eu vou fazer para sair. Já sei, eu vi ontem uma das empregadas de papo que parecia íntimo com o cara que fica bem no portão, ela é um amor tenho certeza que vai me ajudar. Pego os meus documentos
THALES NARRANDO. Sempre tive tudo aos meus pés, dinheiro, luxo, bebidas, drogas, mulheres... Na hora em que eu quisesse! E isso para mim era o que mais importava. O Pablo sempre foi um jogador compulsivo, e jogava sem pensar no amanhã e com isso sempre deu problemas com dinheiro no cassino. Sei que parte disso é minha culpa porque eu sempre deixei ele jogar e afundar cada vez mais. Afinal para mim ver a desgraça dos outros me dava um prazer enorme. Quando o coloquei contra a parede para pagar o que devia, ele ofereceu a sua filha como moeda de troca. Isso só provava o quanto é um filha da puta. Confesso que estranhei um pouco. ~ Início de flashback. ~ — Por favor senhor Thales, não faça nada comigo, eu juro que irei pagar, eu vou dar um jeito. — Ele gritou enquanto os meus homens seguravam ele. Desculpa típica de quem deve e nunca vai pagar. — Você acha que eu sou otário Pablo, estou ouvindo essa sua história já tem meses, eu quero o meu dinheiro ou você morr
THALES NARRANDO. — Como assim cadê a sua mulher? Onde mais ela poderia estar Thales se não na edícula. — Mamãe fala. — Ela não está no quarto, o que vocês fizeram com ela? Para onde vocês a levaram? — Grito. — Não fizemos nada Thales, nós saímos logo após a prova do vestido, fale baixo você pensa que está falando com quem. — Papai grita, e aquilo já me deixa bem nervoso. — Vocês fizeram, sim, vocês não a queriam aqui, eu quero saber para aonde vocês a levaram, não pensem que me enganam— Grito e bato a mão nos copos que estavam na bandeja ao lado da minha mãe, e tudo voa, quebrando o que tinha pela frente. O pior que por pouco na bate nela. — Chega, você vai baixar o tom de voz agora e vai respeitar a sua mãe, ou se não... — Papai fala e eu interrompo. — Ou se não o que papai? O que você vai fazer comigo? — Não queira pagar para ver o que eu sou capaz de fazer com você Thales, você não sabe um 1% do que eu sou capaz. — Papai grita bastante irritado. — Não se engane
THALES NARRANDO. — Me mostra as imagens do dia de hoje. — Eu falo rude para o segurança. — Cla,claro senhor Thales. — Ele gagueja e aquilo ali me irrita profundamente. Ele inicia o vídeo, vejo o Nicolas chegar, saímos, vejo a costureira chegar, vejo a mamãe e o papai sair e então o segurança sai da frente do portão. — Diminui a velocidade. — Ordeno. E estava lá claro em todas as cores, ela saindo com a mochila nas costas. — Onde você estava que você saiu da frente do portão? — Fui ao banheiro senhor. — Ele respondeu de cabeça baixa. — Ao banheiro? Justo na hora que ela saiu, você está mentindo para mim caralho. — Grito e dou um tapa em cima da mesa. — Não estou mentindo, eu juro. — Quem te pagou para deixar ela sair daqui? — Falo apertando o seu pescoço. — Ninguém senhor, eu juro, ninguém me pagou nada. — Seu mentiroso de merda. — Grito e dou um soco no rosto dele. O sangue começou a escorrer e eu já estava cego de ódio. — Fala caralho, quem mandou
LIZ (ROSA) NARRANDO — Você então e a nova babá do Lucas? — Uma senhora entra na cozinha e pergunta. Ela não tem um bom olhar, mas pode ser impressão, afinal mal a conheço. — Sim, sou eu, prazer chamo-me Rosa. — Falo e estendo a mão para ela, que fica no ar. Ela olha para a minha mão com nojo e depois olha para mim novamente. — Eu não gosto de funcionário andando pela casa o tempo todo, e muito menos no mesmo lugar que eu estou, portanto, evite. — Entendi. — Respondo e abaixo a cabeça. — E coloque limites naquele moleque, ele não pode fazer o que bem entender. Ele tenta virar essa casa pelo avesso. — Ela fala mais uma vez e eu só confirmo com a cabeça, afinal ela já mostrou que não gosta de funcionários. Ela sai da cozinha e eu volto a respirar. — Isso ai é uma jararaca. — Uma moça fala com ar de raiva. — Como ela é arrogante né? Parece ter um rei na barriga. — Prazer, chamo-me Josy, sou a cozinheira. — Ela estende a mão para me cumprimentar. — Prazer, sou a Rosa,
LIZ (ROSA) NARRANDO. — Hoje é sábado. — Ele resmungou. — E o que que tem? — Dia de sábado posso dormir até tarde, não tem aula. — Não senhor mocinho, pode ir levantando. — Falo mexendo na sua barriguinha fazendo cócegas nele e em seguida vou abrir a cortina do quarto e puxando a sua coberta. — Por favor, tia Rosa. — Ele pede manhoso. Eu fico de joelhos e aproximo-me dele, passo a mão no seu rosto e beijo a sua testinha. — Vamos levantar meu amor, escovar os dentes, tirar esse pijama e tomar um bom café da manhã. — Ahhh tabom vai. — Ele levanta bravo batendo o pé e segue para o banheiro. Ajudei ele a escovar os dentes, escolhi uma roupa mais fresquinha, afinal hoje o sol estava muito quente, penteei o seu cabelo e descemos. Quando chegamos na mesa do café da manhã, a Sra. Blanca e Nicolas já estavam sentados tomando café. — Bom dia. — Falo e ninguém responde. — Dá bom dia para o seu pai e a vovó Lucas. — Cochicho. — Bom dia. — Ele fala acanhado e a Bl
LIZ (ROSA) NARRANDO. — Só mais uma colherzinha e está ótimo. — Falo tentando fazer com que ele coma tudo. — Eu comi bem não comi tia? - Ai gente, como pode ser tão lindo e ninguém aqui parar para da atenção a ele. — Comeu sim meu amor, você está de parabéns. — Então eu vou poder ir na piscina? - Ele me olha com esses olhos pequenos, mas bem expressivos que não tem como negar nada. — Vai sim, só vamos esperar um pouco para você não passar mal. Ele estava ansioso e se fosse eu no lugar também estaria. Levei-o para o quarto, troquei a sua roupa, em seguida peguei uma toalha e nós descemos. A área da piscina era linda, eu não consigo entender o fato de ter um área dessa e a criança não poder brincar. Isso não entra na minha cabeça. — Tia você vai entrar comigo né? — Ele diz enquanto eu coloco a boia. — Não meu amor, a tia não tem um biquíni para usar, eu vou me sentar aqui no raso e ficar te olhando pode ser? — Não tia, entra comigo, por favor. — Ei Rosa, eu