BenjaminEstamos no nosso quarto, e o ambiente é cheio de uma paz que só a presença da nossa família pode proporcionar. Rubi está na cama com Ravenna, as duas rindo e brincando, enquanto Rael dorme tranquilamente em seu mini berço ao lado da cama.Entrei no quarto com uma bandeja cheia de comidas e a mamadeira de Rubi. "Olha só o que eu trouxe!" anunciei, sorrindo ao ver a empolgação nos olhos da nossa pequena princesa.Rubi pegou a mamadeira e se deitou no colo de Ravenna, que a acolheu com amor, alisando seu cabelo. "Parece que você trouxe o que ela tanto queria," disse Ravenna, sorrindo."Já está quase na hora dela dormir. E nós também," respondi, esticando-me após colocar as coisas na mesa de cabeceira. "Estou com o corpo dolorido. Acho que nesses dois dias desacostumei de brincar com a Rubi." Ela riu baixinho."Pois trate de acostumar de novo, logo terá dois correndo com você, senhor alfa."Sentei-me ao lado delas, observando o amor e a tranquilidade no rosto de Ravenna enquanto
RavennaO dia começou caótico e só piorou conforme as horas passavam. Rubi acordou com febre, seu rostinho vermelho e quente. Enquanto eu tentava acalmá-la, Ben recebeu uma ligação e me olhou apavorado, sem saber o que fazer."Precisam de mim na sede," ele falou, pegando nossa filha nos braços, com a expressão tensa."Então vá. Eu cuido deles, não se preocupe," disse, tentando transmitir segurança."Sua mãe ainda não chegou. Não posso simplesmente sair e deixar vocês assim," ele respondeu, preocupado.Fui até ele e peguei Rubi. "Vou dar um antitérmico para ela. Olhe Rael para mim. Depois ficaremos aqui até a febre abaixar," falei, tentando tranquilizá-lo. Ben estava agitado, mas concordou.Fui até a cozinha e peguei a caixa de remédios, encontrando o que o pediatra havia passado para ela. Coloquei o remédio na seringa e entreguei a ela, que tomou sem reclamar, ficando aninhada a mim, ainda chorosa."Vai passar, meu amor. Vai passar," sussurrei, voltando para o quarto. Ben já estava ar
BenjaminA casa estava movimentada, e eu e Ravenna estávamos exaustos. Rubi não dormiu nada à noite por causa da febre, e para piorar, Rael começou a ficar febril também. Cada minuto parecia uma batalha, e ainda tínhamos que lidar com a festa de um ano de Rubi.Levantei-me cedo, sentindo o peso da noite mal dormida. Ravenna estava no banheiro, preparando-se, com o rosto visivelmente cansado."Como você está?" abracei-a por trás, e ela encostou a cabeça no meu peito, me olhando pelo espelho."Exausta. Podemos cancelar a festa?" Ela sorriu, tentando esconder o cansaço."Eu queria, mas todos já estão aqui. Vamos fazer algo mais rápido, o que acha?" Ela se virou para mim, com olheiras fundas e olhos vermelhos."Pode ser, eles vão entender." Concordei, acariciando seu rosto."Quer que eu contrate duas enfermeiras para ficarem com eles enquanto você descansa?" ela negou com a cabeça."Não, quero ficar atenta, Ben. Mas pode contratar uma para a noite. Caso a febre deles aumente muito enquant
RavennaEnquanto me arrumava e tentava organizar as crianças para a festa, sentia o peso da exaustão em cada movimento. Rubi estava melhor, sem febre, mas ainda manhosa e querendo colo o tempo todo. Rael, apesar de febril, estava quietinho, o que me dava um pouco de alívio.A enfermeira chegou para ajudar, seguida pela minha mãe e minha sogra. Todos estavam animados com a festa, mas eu estava exausta depois de uma noite mal dormida. Mesmo tentando mostrar emoção e felicidade, meus olhos cansados revelavam o que eu realmente sentia.“Você está indo bem, Rav. Estamos aqui para ajudar,” disse minha mãe, colocando a mão em meu ombro.“Obrigada, mãe. Só quero que tudo corra bem hoje,” respondi, tentando sorrir. "E que acabe logo." ela deu risada, passando a mão em meu cabelo."Não se preocupe. É sempre assim. Festas de um ano são tanto para comemorar o aniversário da criança, como o de um ano sendo mãe." a olhei intrigada."Eu não sabia disso." ela sorriu e me virei de frente para ela, que
BenjaminSegui em direção à cozinha, onde Cameron e Mallory estavam conversando. Assim que me viram, notei a tensão nos rostos delas."Preciso falar com vocês duas. Vamos para o escritório," disse, tentando manter a calma.Elas me seguiram em silêncio, e assim que entramos no escritório, se sentaram nas cadeiras em frente à minha mesa. Eu fiquei de pé, sentindo a necessidade de dominar a situação."O que está acontecendo?" perguntei, tentando esconder minha impaciência."Nada, Ben," respondeu Mallory, desviando o olhar."Nada? Não foi o que pareceu, uma vez que até o alfa supremo teve que intervir," disse, notando o desconforto de Mallory."Não vamos estragar esse dia, irmão. Podemos conversar sobre isso quando a festa da Rubi acabar," ela estava visivelmente nervosa."Só sairá daqui quando me contar, Mallory," intensifiquei.Mallory se manteve de cabeça baixa, em seguida olhando para Cameron em busca de apoio. Cameron suspirou e levantou-se, começando a andar de um lado para o outro.
RavennaEu estava ansiosa, esperando por Benjamin. Desde que ele foi para o escritório conversar com Cameron e Mallory, minha mente estava a mil. Assim que o vi saindo, corri em sua direção."E aí, me conta o que está acontecendo, amor? Estou louca de curiosidade," perguntei, minha voz carregada de preocupação.Ele suspirou, parecendo exausto. "Minhas irmãs estão apaixonadas por homens que não as valorizam. Isso me deixa bravo e sem saber o que fazer.""Explique melhor," pedi, segurando sua mão."Vamos para um lugar mais reservado," disse ele, me levando para um canto mais tranquilo do jardim.Ele contou por cima o que Cameron havia falado. Mallory estava apaixonada por Gabriel, que não correspondia aos sentimentos dela, e a situação complicada de Cameron com Ragnar, que ainda ama a esposa falecida e não consegue abrir espaço para um novo amor."E por que ele não a quer?" fiquei brava com a recusa do beta."Não sei, e isso é o que mais me irrita. Cam não quis me contar detalhes, mas d
12 Anos Depois Rubi Eu estava no meu quarto, chateada e frustrada. Hoje, todos os adolescentes da alcateia despertaram seus lobos, mas eu não consegui. Não sabia o que estava acontecendo, mas uma coisa era certa: eu não queria que ninguém soubesse. Infelizmente, as matriarcas contaram aos meus pais. Minha mãe tinha acabado de sair do meu quarto para buscar um chá para mim. Ela queria que eu me acalmasse para que pudéssemos descobrir o que estava acontecendo. Eu estava sentada na minha cama, abraçando meus joelhos, tentando segurar as lágrimas. O que meu pai, o alfa, acharia de sua filha primogênita não ter um lobo? Eu estava apavorada. Ouvi passos no corredor e me endireitei. Minha mãe voltou para o quarto, mas ela não estava sozinha. Meu pai também estava com ela. Eles se sentaram um em cada lado da cama, e mamãe me passou a xícara de chá. "Beba um pouco, querida. Vai te ajudar a se acalmar," disse ela, com uma voz suave e calma. Bebi um gole, mas coloquei a xícara de lado. O chá
AstoriaMinha cabeça continuava incomodada pela quantidade de informações que eu precisava administrar. Connor nunca estava aqui, sempre estava correndo atrás de meu irmão. Sempre estava preso em alguma coisa e eu me sentia sozinha sem minha família e meus amigos.Olhei para a imensa casa que agora pertencia a mim e ao meu companheiro destinado. A encarei esquadrinhando cada canto, percebendo o quão impessoal ela era para nós. Não havia nada que remetesse a mim ou a Connor. Era apenas uma tela em branco do que um dia seria o nosso lar."Que saudade da minha alcateia." gemi me soltando no sofá e jogando minha cabeça para trás. Minhas irmãs estavam uma em cada canto. Cam na Alcateia Central e Mallory na Alcateia do Oeste. Pela primeira vez, eu me senti abandonada por minhas irmãs.Me levantei e comecei a procurar algo para fazer, qualquer coisa que me deixasse menos entediada e com tempo sobrando para pensar nos problemas, que de verdade, eu não tinha.Fui até o nosso quarto e olhei par