Ravenna
A luz fraca da madrugada invadiu meus sonhos, trazendo-me de volta à realidade. Ao meu lado, Mallory remexeu-se no sofá, despertando também com os sussurros que vinham da cozinha. Levantamos juntas, o coração apertado pela tensão que pairava no ar. Sabíamos que algo estava errado.
BenjaminNa manhã seguinte, eu e Ravenna voltamos à casa dos meus pais, buscando a orientação e o conselho que tanto precisávamos naquele momento tumultuado de nossas vidas. Senti a presença serena do lago chamando por mim, e decidi que era lá que eu encontraria as respostas que buscava. Chamei meu pai para uma co
RavennaA tarde ensolarada envolvia a casa dos meus sogros em uma aura de tranquilidade, e ali estávamos nós, reunidas na sala, discutindo sobre o enxoval da Rubi. Cameron, Mallory e Astoria, as irmãs de Benjamin, estavam animadas com a ideia de preparar tudo para a chegada da pequena. Eu, por outro lado, estava envolta em um misto de ansied
BenjaminOlhei em volta observando Cameron e meu pai se afastarem. Eu sabia sobre qual seria o assunto e queria participar daquela conversa, era o futuro a minha família que estava em jogo e eu precisava mostrar para a Cameron o quanto era importante ela pensar além de suas vontades."Mallory, fique com a Ravenna, por favor. Preciso conversar com nosso pai." falei dando um beijo na testa de minha Luna e me afastando."Não demora..." ela falou em um fiapo de voz e me senti mal por deixá-la sozinha naquele momento.Ao entrar na sala, Cameron já estava com os olhos arregalados encarando nosso pai de forma mortal."Você não pode estar falando sério! Vocês realmente querem me obrigar a me tornar a companheira dele? Como vocês podem sequer sugerir algo assim?" Seu rosto estava vermelho de raiva, e eu sabia que estava perdendo o controle da situação."Não
BenjaminAo chegarmos em casa, o peso da conversa com meu pai ainda pairava sobre nós. Ravenna estava visivelmente abalada, e eu a abracei com firmeza, tentando transmitir segurança em meio à turbulência que enfrentávamos."Ben, o que vamos fazer? Como vamos salvar minha família?" Sua voz tremia com a angústia, e eu senti um nó se formar em minha garganta ao ver o desespero em seus olhos.Sentamo-nos no sofá, e ela começou a desabafar sobre as horríveis experiências que enfrentaram sob o domínio de Mason. Como ele os tratava como inferiores, como os mantinha reféns de seu poder cruel. Tudo só foi amenizado quando ela foi entregue a ele como companheira."Temos que fazer algo, Ben. Não podemos simplesmente ficar parados enquanto eles sofrem." Suas palavras eram carregadas de medo e tristeza. Ravenna queria achar uma forma de salvá-los, mas s
BenjaminA decisão estava tomada. Eu iria até Seattle e confrontaria Mason Miller, o Alfa do Sul, pessoalmente. Não podia mais permitir que ele continuasse a ameaçar minha alcateia e minha família. Com Connor ao meu lado, partimos em direção à cidade, determinados a encerrar de vez aquela ameaça."Benjamin, seu pai não vai gostar disso." Connor falou enquanto dirigia e o ignorei. "
BenjaminO confronto com Mason foi como uma dança macabra entre a vida e a morte. Transformei-me em lobo, deixando meu lado selvagem assumir o controle enquanto avançava em direção ao Alfa do Sul, determinado a defende minha alcateia e minha família.Mas Mason não parecia impressionado. Ele ria enquanto eu avançava, desviando habilmente de meus ataques e zombando de minhas investidas. Cada vez que minh
RavennaAbro os olhos lentamente, ainda meio sonolenta, e me vejo envolta pela penumbra do quarto. O toque insistente do celular quebra o silêncio, trazendo-me de volta à realidade. Meu coração dispara quando vejo o nome de Celine piscando na tela. Antes mesmo de atender, um pressentimento ruim se instala em meu peito, como se algo terrível estivesse prestes a acontecer.Dou uma olhada pelo quarto, percebendo que Benjamin não está em lugar algum.Atendo a ligação com mãos trêmulas, e antes que eu possa dizer qualquer coisa, sou recebida pelo choro desesperado de Celine do outro lado da linha. Seu lamento ecoa em meus ouvidos, agarrando-se à minha mente como garras afiadas."Ravenna, rápido, você precisa se trocar. Estamos indo para a sua casa agora", sua voz soa trêmula e embargada pelas lágrimas.Confusão e terror se misturam em meu p
BenjaminAos poucos, sinto a consciência retornando, como se emergisse de um longo e profundo sono. Minha mente está turva, mas aos poucos os sons ao redor começam a se tornar nítidos e fazer sentido. Sinto a maciez de um lençol sob mim e o toque suave de uma mão segurando a minha.Abro os olhos lentamente e me deparo com Ravenna, que está sentada em uma poltrona ao lado da cama, com os braços apoiados sobre o colchão e segurando minha mão com firmeza. Seu rosto está pálido e abatido, e consigo ver leves marcas de lágrimas secas em suas bochechas. Um aperto doloroso toma conta do meu peito ao vê-la assim, e uma sensação de culpa me assombra.Observo-a por um momento, tentando imaginar tudo o que ela deve ter passado enquanto eu estava inconsciente. O medo, a angústia, a incerteza. Tudo isso deve ter se misturado dentro dela, deixando-a ainda mais culpada do que já se sentia. Sinto o peso das minhas próprias ações, consciente de que minhas decisões afetaram profundamente o seu emociona