215. Protegida por Ester

Ester

A cela na mansão de Mason era fria e opressiva, cada pedra das paredes parecia carregada de dor e desespero. Estávamos aglomerados no espaço apertado, prisioneiros de um homem cujos desejos de poder superavam qualquer limite de moralidade. Eu observava os outros detentos, compartilhando a mesma miséria, tentando manter a esperança viva, mesmo que a realidade insistisse em arrancá-la de nós. Era uma constante batalha para não ceder ao medo e à desesperança.

A porta da ala das celas rangeu, e um soldado entrou, carregando algo que chamou minha atenção. Um bebê, envolto em um cobertor. Minha mente tentou processar o que estava vendo, e meu coração acelerou. Quando o soldado colocou o bebê em uma cela lateral, um pânico familiar começou a crescer em meu peito. A princípio, não entendíamos o que estava acontecendo, até que meus olhos se focaram nos cachos dourados e nas pequenas mãozinhas. Meu coração parou.

"Rubi." o sussurro saiu de meus lábios.

Senti o chão desmoronar sob meus pés
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