BenjaminCheguei à sede em minha forma lupina, arfando e com os pelos em pé. Todos pararam o que estavam fazendo para me observar, o pânico visível em seus rostos. A tensão no ar era palpável enquanto eu passava por eles, ignorando os olhares curiosos e alarmados. Precisava agir rápido.Transformei-me de volta à forma humana assim que entrei na minha sala, pegando uma troca de roupas que sempre mantinha ali para emergências. Vestido, saí apressado e mandei chamar Connor, meu pai, o beta, e todos os líderes. Precisávamos de uma reunião urgente.A sala de reuniões estava silenciosa quando entrei, mas o silêncio não durou. Todos estavam murmurando, claramente preocupados e ansiosos. Bati na mesa para chamar a atenção, sentindo a raiva e o desespero fervilhando dentro de mim."Ouçam todos!" minha voz cortou o ar fazendo com que todos parassem para me olhar. "Algo sério aconteceu. Encontrei um cadáver pendurado na floresta, com uma mensagem dizendo 'Oeste está caindo'. Temos infiltrados en
BenjaminOs últimos dias haviam sido uma verdadeira tortura. Desde que encontramos o corpo pendurado na floresta, toda a alcateia estava em um estado constante de medo e tensão. As patrulhas foram dobradas, as medidas de segurança reforçadas, mas ainda assim, o clima era de desconfiança e pânico. O corpo havia sido levado para perícia e, para nosso alívio inicial, descobrimos que não era de ninguém da alcateia do Oeste.No entanto, isso só trouxe mais perguntas. Quem era aquele lobo? De onde ele vinha? E, o mais importante, quem o matou e por quê? O mistério só aumentava nossa ansiedade e frustração.Hoje, chamei Zayn para ir ao necrotério. Precisávamos de sua ajuda para tentar identificar o corpo. Quando ele entrou na sala, pude ver a preocupação em seus olhos. Mas nada poderia tê-lo preparado para o que estava por vir."Zayn,” comecei tentando manter a voz calma. "Precisamos que você veja o corpo e nos diga se é alguém do Sul."Ele assentiu, claramente nervoso, e seguiu comigo até a
BenjaminQuando cheguei à casa dos meus pais, a tensão estava no ar. Eles também tinham sido convocados para a reunião em Denver. Sabia que todos nós estávamos no limite, e a perspectiva de deixar a alcateia neste momento crítico só aumentava meu estresse.Meu pai estava ao telefone com seu beta, dando instruções para manter a ordem enquanto estiv&e
RavennaEstou terminando de arrumar as malas no quarto, tentando manter a mente focada na tarefa. Cada dobra de roupa é um esforço consciente para afastar a dor e a confusão.A ficha ainda não caiu sobre a morte do meu pai. Aquela notícia, combinada com a convocação para ir a Denver, me pegou de surpresa e meu corpo ainda está dolorido pelo impacto da perda.Zayn entra silenciosamente no quarto, seus passos quase inaudíveis no carpete."Oi..." ele fala baixo, olhando para Rubi deitada na cama."Oi," respondo, colocando mais algumas peças de roupa na mala."Rav, vou ajudar a proteger a alcateia enquanto vocês estiverem fora, irmã," ele diz, a voz suave, mas determinada. Seus olhos refletem a mesma dor que sinto. "Não vou permitir que mais nada nos afete."Levanto a cabeça, sentindo um nó na garganta. “Zayn... obrigada, mas prec
BenjaminO peso das responsabilidades se acumulava em meus ombros, cada passo em direção ao avião lembrava o que estava em jogo. No aeroporto, senti os olhos de meu pai, Jordan, cravados em mim e em Ravenna, transmitindo uma mistura de expectativa e arrependimento. Ele tentava esconder a preocupação, mas eu podia sentir o peso de suas emoções. Minha mãe, Celine, ao lado dele, trocava olhares rápidos e discretos, revelando uma briga silenciosa entre eles.Ravenna, ao meu lado, parecia intimidada pela atmosfera tensa. Sua mão apertou a minha com força enquanto caminhávamos em direção ao jatinho. Eu sabia que ela estava lutando contra o medo e a insegurança, especialmente com Jordan por perto. Era minha responsabilidade protegê-la, não apenas fisicamente, mas emocionalmente também.No avião, sentamos juntos, tentando manter a calma. Jordan e Celine estavam próximos, seus olhares fixos em mim. Rubi choramingou algumas vezes, devido à pressão no ouvido. Acariciei sua cabeça suavemente, ten
BenjaminAo desembarcarmos, Ragnar se aproximou, seu semblante sério. Ele nos cumprimentou com um aperto de mão firme, seus olhos mostrando preocupação."Benjamin, Jordan, obrigado por estarem aqui," ele começou, sua voz grave. "A situação está tensa, e alguns alfas estão questionando suas verdadeiras motivações, especialmente após ouvirem a versão de Mason."Apertei a mão de Ragnar com força, tentando transmitir minha determinação. "Estamos aqui para esclarecer tudo, Ragnar. Nada do que Mason disse é verdade, e estamos prontos para provar isso.""Não é apenas uma questão de provar, Benjamin," Ragnar falou sério, observando Cameron interagir com minha mãe e minhas irmãs. "É uma questão de ser mais influente que o Alfa do Sul. Por mais que todos o conheçam, sua fala foi
BenjaminOs alfas me encaravam com desconfiança, suas expressões variando entre ceticismo e curiosidade. O silêncio no salão era pesado, quebrado apenas por murmúrios ocasionais. Sentia cada olhar como uma ponta de lança cravada em minha pele. Ragnar acenou para mim, indicando que eu deveria continuar."Alfas, entendo suas dúvidas e suspeitas," comecei, mantendo minha voz firme apesar da tensão crescente. "Sei que é difícil acreditar em minhas palavras sem provas concretas. Por isso, trouxe evidências dos ataques e atrocidades cometidos contra o Oeste."Peguei a pasta de fotos que havia preparado anteriormente e comecei a distribuí-las pela sala. Imagens de lobos feridos, aldeias devastadas e corpos de inocentes, incluindo o pai e o irmão de Ravenna, passaram de mão em mão. A expressão de muitos alfas endureceu ao verem a destruiç
RavennaAssim que chegamos à sala destinada às mulheres e crianças, senti uma onda de hostilidade pairando no ar. O ambiente estava repleto de Lunas, cada uma com sua postura altiva e olhares penetrantes, que rapidamente se voltaram para mim. Segurei Rubi firmemente em meus braços, sentindo sua pequena mão segurar a minha com força, buscando conforto.O sussurro de desprezo era audível, mesmo que ninguém tivesse coragem de falar diretamente comigo no início. As mulheres cochichavam entre si, seus olhares críticos me avaliando dos pés à cabeça. Algumas ergueram as sobrancelhas, outras deram risadinhas sarcásticas."Como alguém casada com um alfa do Sul consegue ter um filho do Oeste?" uma das Lunas mais velhas perguntou em voz alta, sua voz carregada de desdém."Traição," outra murmurou, seu tom frio. "Certamente não tem dignidade.""Devia ser banida," acrescentou uma terceira, olhando para mim como se eu fosse um ser desprezível.Eu tentei manter a calma, mas a raiva e a frustração es