Benjamin
Os alfas me encaravam com desconfiança, suas expressões variando entre ceticismo e curiosidade. O silêncio no salão era pesado, quebrado apenas por murmúrios ocasionais. Sentia cada olhar como uma ponta de lança cravada em minha pele. Ragnar acenou para mim, indicando que eu deveria continuar.
"Alfas, entendo suas dúvidas e suspeitas," comecei, mantendo minha voz firme apesar da tensão crescente. "Sei que é difícil acreditar em minhas palavras sem provas concretas. Por isso, trouxe evidências dos ataques e atrocidades cometidos contra o Oeste."
Peguei a pasta de fotos que havia preparado anteriormente e comecei a distribuí-las pela sala. Imagens de lobos feridos, aldeias devastadas e corpos de inocentes, incluindo o pai e o irmão de Ravenna, passaram de mão em mão. A expressão de muitos alfas endureceu ao verem a destruiç
RavennaAssim que chegamos à sala destinada às mulheres e crianças, senti uma onda de hostilidade pairando no ar. O ambiente estava repleto de Lunas, cada uma com sua postura altiva e olhares penetrantes, que rapidamente se voltaram para mim. Segurei Rubi firmemente em meus braços, sentindo sua pequena mão segurar a minha com força, buscando conforto.O sussurro de desprezo era audível, mesmo que ninguém tivesse coragem de falar diretamente comigo no início. As mulheres cochichavam entre si, seus olhares críticos me avaliando dos pés à cabeça. Algumas ergueram as sobrancelhas, outras deram risadinhas sarcásticas."Como alguém casada com um alfa do Sul consegue ter um filho do Oeste?" uma das Lunas mais velhas perguntou em voz alta, sua voz carregada de desdém."Traição," outra murmurou, seu tom frio. "Certamente não tem dignidade.""Devia ser banida," acrescentou uma terceira, olhando para mim como se eu fosse um ser desprezível.Eu tentei manter a calma, mas a raiva e a frustração es
RavennaPor um momento, ninguém se moveu, confusas com a súbita mudança de clima. A perplexidade durou apenas um segundo, pois o som de vidro estilhaçando explodiu na sala. O pânico tomou conta de todas, e os gritos ecoaram enquanto procurávamos abrigo.Segurei Rubi com força contra meu peito e olhei desesperadamente ao redor, tentando encontrar um lugar seguro. Mallory puxou-me para um canto protegido, enquanto Cameron e Celine tentavam acalmar as demais.Antes que pudéssemos nos reagrupar, a porta foi arrombada. Sarah entrou primeiro, sua presença sombria dominando a sala. Atrás dela, Mason e os soldados do Sul avançaram, suas risadas cruéis ecoando por todo o lugar. O terror tomou conta de nós."Que cena adorável," disse Sarah, um sorriso frio se espalhando em seu rosto. "Todas as Lunas reunidas, como uma grande e feliz família."Mason riu alto, seus olhos fixos em mim. "Esta sala é realmente uma visão para se admirar. Um harém de Lunas à disposição."Os gritos voltaram a invadir o
BenjaminEstava no salão de baile, ainda conversando com os alfas sobre as próximas estratégias da Aliança, quando a primeira explosão abalou o edifício. O som ecoou pelas paredes, seguido por gritos e o som de vidro se estilhaçando. O coração disparou no meu peito. Algo terrí
MasonA fúria queimava dentro de mim enquanto eu e Sarah emergíamos da magia, reaparecendo na segurança temporária do nosso esconderijo. Eu estava mais que furioso. Eu estava além da raiva, além da frustração. Todo o meu plano havia desmoronado diante dos meus olhos. Ravenna ainda estava fo
RavennaA luz suave do abajur ao lado da cama iluminava o quarto enquanto o médico examinava meus ferimentos. Cada toque dele parecia agravar a dor que já era quase insuportável, mas eu tentava manter a calma por Benjamin e Rubi. Benjamin estava sentado próximo, com Rubi no colo, observando cada movimento do mé
BenjaminEu segui o lacaio de Ragnar pelos corredores da grande mansão. Cada passo que eu dava parecia ecoar minha frustração e determinação. Eu precisava manter a cabeça fria para o que estava por vir. Chegamos a uma enorme sala de reuniões, onde uma imponente mesa redonda dominava o espaço. As cadeiras ao redor da mesa estavam marcadas com símbolos de ca
BenjaminA viagem de volta para Shelton foi silenciosa, com cada um de nós perdido em seus próprios pensamentos. A tensão ainda pairava no ar após os eventos recentes, mas a sensação de estar voltando para casa trazia algum alívio. Eu olhei para Ravenna, que segurava Rubi nos braços, sua expressão ma
RavennaCaminhei com passos decididos, sentindo o vento cortante acariciar meu rosto. Benjamin estava certo; não tínhamos tempo a perder. A união precisava acontecer o mais rápido possível. Ao atravessar as ruas movimentadas de Shelton, observei os lobos em suas rotinas diárias, mas a tensão era palpável. Todos sentiam a ameaça de Mason pairando sobre nós.Ao chegar ao centro, avistei o grande prédio onde as matriarcas se reuniam. Elas eram as guardiãs de nossas tradições, responsáveis por manter viva a cultura e os rituais dos lobos. Entrei no prédio, sendo imediatamente envolvida pelo calor acolhedor e pelo aroma de ervas e incenso."Ravenna, que bom vê-la," disse Agatha, uma das matriarcas, ao me receber com um