LAURA— Não fique tensa. — Apertou levemente os meus ombros. — Estou sentindo o seu corpo tensionar contra o meu.— Enzo... — Virei-me para ele e encarei os seus lindos olhos azuis-claros.— Você é virgem? — perguntou com delicadeza e sem pudor, com um tom macio de voz, acariciando o meu rosto.— Não. — Mas quem me dera eu fosse.— Não sou aqueles loucos que gostam de amarras, chicotes ou outras coisas do tipo. Gosto de partilhar o controle do sexo. — Será bom, eu prometo. — Aproximou a sua boca do meu ouvido. — Você vai gostar. Você vai gozar — sussurrou.— Se eu pedir para que pare... você irá parar, não é?— Acredite em mim, meu anjo loiro. Você não irá me pedir para parar. — Engoli em seco. — Mas se pedir, eu irei. Vamos? — Afastou-se e ofereceu-me a sua mão.Peguei a sua mão e ele nos guiou até o quarto que, assim como a sala, era lindo e cheio de móveis caros e luxuosos. Uma obra de arte contemporânea que eu sabia valer milhões estava exposta acima da cabeceira da cama. Nós nos
LAURAUm aperto se formou no meu baixo ventre, fazendo-me arquear as costas e juntar os dedinhos dos pés. Uma sensação sem explicação abalou a minha estrutura espiritual e estremeceu violentamente o meu corpo, deixando-me tensa. O meu corpo pareceu desmanchar sob ele e, enfim, a sensação quase dolorosa foi se dissipando. Se isso é gozar e ter um orgasmo, quero a noite inteira.Ele continuou com os seus movimentos, gemendo em urros e de olhos fechados. O suor brotava na sua testa. Não demorou nem mais meio segundo para que o tremor retornasse no meu corpo, causando mais uma explosão de dentro para fora. Senti o seu membro pulsar forte e Enzo se desfazer junto comigo em gemidos prazerosos de se ouvir.— Você é um sonho — sussurrou ofegante no meu ouvido.Ficamos abraçados por mais alguns minutos, ainda com o seu pênis dentro de mim, apenas trocando carícias e beijos deliciosos, enquanto normalizávamos a nossa respiração. Nunca acreditei que alguém um dia me daria carinho ou uma noite co
ENZOOlhei novamente para Laura e o seu parceiro de dança, e os seus rostos estavam mais perto do que deveriam. A sua mão boba estava na sua bunda e ela sorria para ele parecendo gostar. Aquilo me deixou irado, fazendo o meu sangue ferver nas veias e a minha respiração pesar no peito.Peguei a mulher pela cintura e joguei-a sentada ao meu lado. Ela olhou-me assustada e de boca entreaberta. Dei-lhe as costas e desci a passos apressados até a pista de dança, atropelando qualquer pessoa que cruzasse o meu caminho. Foda-se que ela não fosse minha namorada, eu estava me mordendo de ciúmes por dentro e por fora, e impediria aquela cena já!Puxei o homem pelo ombro e acertei um soco no seu rosto, pegando em cheio seu nariz e fazendo-o cambalear e cair para trás no chão sujo. Uma aglomeração se formou rapidamente à nossa volta e gritos foram ouvidos. Debrucei-me sobre ele quando tentou levantar-se e soquei-o mais uma vez com uma enorme raiva. Escutei a voz da Laura gritar chamando por mim, ma
LAURALavei o rosto de Lorenzo e ajudei-o a terminar o banho. Desliguei o chuveiro e o enrolei na toalha.— Pronto. Consegue enxergar agora?— Uhum — murmurou.— Okay. Vamos vestir você.Peguei-o no meu colo e levei-o para o meu quarto. Ajudei-o a vestir as suas roupas e fomos para a sala.— Papai! — gritou correndo em direção ao Enzo, que mexia no celular sentado no sofá.— Oi, filho. — Pegou o menino no seu colo e beijou o seu rostinho. — Está cheiroso.— Tomei banho sozinho.— Meus parabéns.— Já sou um homem! — declarou empolgado, fazendo o pai gargalhar.— Não diria que já é um homem, mas com certeza saber cuidar da própria higiene é um passo muito importante para se tornar um.Deixei os dois conversando e fui retirar os biscoitos do forno. Enzo deixou o filho assistindo TV e veio até mim parando do meu lado.— Planos para amanhã? — perguntou escorando-se no balcão.— Sim. Angelita me convidou para ir a uma festa na casa de um amigo dela.— Amigo? — perguntou cruzando os braços à
LAURASaí à procura de alguém para nos atender e avistei uma mulher escorada no balcão de costas para mim. Ela vestia um tailleur preto, que combinava perfeitamente com o seu coque apertado no alto da sua cabeça e os belíssimos saltos envernizados no pé.— Com licença. Você pode me ajudar? — chamei a sua atenção tocando sutilmente o seu ombro.Ela se virou encolhendo os seus ombros e fazendo uma careta, deixando claro o repúdio pelo toque. O seu olhar crítico deslizou dos meus olhos até os meus pés e voltou para meu rosto, encarando-me com arrogância. Nos seus lábios um sorriso cínico se formou.— Você realmente precisa de ajuda. Mas aqui não temos nada que vá dar certo para você, queridinha.— Como é? Não entendi — disse um pouco exaltada, sentindo uma raiva se acumular em mim pela forma que me tratou e encarou.— Não trabalhamos com tamanhos especiais e também acho que não temos nada na promoção.Olhei para o fundo da loja e vi que outra atendente dava assistência a uma senhora com
LAURAQuando a noite começou a cair, tomei um banho e arrumei os meus cabelos presos em um coque bacana como Angelita havia dito para fazer. Segundo ela, os cabelos presos deixariam mais à mostra os meus belos brincos e o meu colo. Deixei alguns fios soltos à frente, somente para emoldurar o rosto e compor a maquiagem que maneirei a mão para sair a mais delicada possível. Estava dando os últimos retoques na maquiagem quando o meu celular soou o alerta de mensagem. Peguei-o sobre a penteadeira e era uma mensagem do Enzo. Sorri e cliquei para abri-la.Desculpe-me, querida.Vamos ter que adiar o nosso jantar.Enzo07:43 p.m.Está tudo bem com Lorenzo?Laura7:44 p.m.Sim. Só preciso resolver alguns assuntos com a minha mãe.Ela insiste em jantarmos juntos.Enzo07:44 p.m.Tudo bem, eu entendo.Nos falamos amanhã?Laura07:45 p.m.Sim. Beijos.Enzo07:46 p.m.Decepcionada, era a palavra certa para definir o que eu sentia naquele momento. Porém, eu entendia. Enzo e a mãe não estavam se fa
LAURANo decorrer da última semana, por algumas vezes enquanto Enzo estava na minha casa, Melissa ligou insistentemente ou mandou mensagem com textos cheios de desespero. Ele ignorou todas as suas tentativas de contato demonstrando irritação. Imaginá-los jantando juntos, quando ele devia estar comigo, doía.— Sim. Mas o que houve, Laura? — perguntou preocupado.— Avise ao seu chefe para vir até o hospital materno infantil. Lorenzo acabou de dar entrada com febre alta. — Desliguei o telefone.Não acreditava que ele estava com ela. Logo com ela, após ter feito o que fez com o seu filho! Por que mentir? Afinal, não tínhamos um compromisso sério. Poderia ter apenas dito que iria jantar com ela, assim me tiraria todas as esperanças e expectativas que eu estava criando sobre nós. Deus! Por que está doendo tanto? Massageei meu peito.— Laura? — chamou Giovanni.— Sim. — Virei-me para ele.— Eu faço a ficha. Vá ficar com Lorenzo, ele está chamando por você.— Já estou indo.— Conseguiu falar
ENZO— Não fique bravo com ela, apenas me deu uma mãozinha para nos encontrarmos. Eu te liguei a semana toda, mas não me atendeu. Mandei centenas de mensagens e você não me respondeu.— Se não atendi ou respondi, é porque não quero falar com você! Não está claro isso?— Enzo... Me entenda. Eu amo você. Estamos juntos há muito tempo, presos nessa relação confusa...— Melissa! — interrompendo-a rude, baixo e entredentes. — Você e eu nunca tivemos um relacionamento. O que tivemos chama-se sexo casual. Nunca na minha vida teria um compromisso com você.— Está dizendo isso porque está com raiva por eu dizer a verdade ao Lorenzo, mas alguém algum dia teria que dizer!— Mas não seria você! — Bati com o punho fechado sobre a mesa. — Você não é ninguém para fazer aquilo! E eu não estou dizendo isso porque estou com raiva, e sim porque é a merda da verdade! — falei alto, chamando a atenção demais.— É aquela gorda? A brasileira? Estão apaixonados, é isso? Isso é impossível. — Gargalhou com iron