Capítulo 17
LAURA

Na volta para casa, vi como ele ficou dependurado na janela observando as crianças sentadas às mesas da calçada na sorveteria grega do outro lado da rua. Senti pena dele outra vez. Isso devia ser proibido para ele também, assim como cereal matinal, doces, refrigerantes ou biscoito recheado. O garoto comia frutas no desjejum e tomava suco natural.

Quando chegamos em casa, ele me disse estar com fome. Levei-o até a cozinha e a empregada já havia preparado o seu prato. Ervilhas, purê de batatas, couve de Bruxelas e peixe. Ele fez uma carinha de desapontamento que cortou o meu coração. Nem mesmo eu gostava de couve de Bruxelas. Depois de demorar quase uma hora para comer, ele trocou de roupa e seguiu para sua rotina da tarde. Eu o acompanhei e pude ver o quanto odiava fazer aquelas aulas chatas com uma professora ainda mais tediosa.

Após fazermos o dever de casa, levei-o para seu quarto e deixei-o sentado na cama enquanto preparava o seu banho quente na banheira. Chamei-o do banheiro
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