Capítulo 27

Gregório Smith

O trajeto de volta para o apartamento de Maitê parecia se arrastar, mas ao mesmo tempo, eu desejava que nunca acabasse. O carro estava imerso em um silêncio que não era desconfortável, mas sim carregado de uma tensão que ambos entendíamos sem precisar falar. Ela estava ao meu lado, e os poucos centímetros que nos separavam no banco pareciam uma barreira quase impossível de ignorar. O perfume dela misturava-se ao ar do carro, e eu sabia que estávamos nos aproximando de um limite.

O rádio tocava baixinho alguma melodia suave que eu sequer consegui identificar, pois minha atenção estava totalmente nela. Enquanto dirigia, lancei um olhar para Maitê, e percebi que ela também me observava de soslaio, os olhos brilhando numa mistura de expectativa e incerteza.

Eu senti quando ela se mexeu no banco, as pernas cruzando de forma quase involuntária, e eu tive que me segurar para não parar o carro e resolver aquilo ali mesmo. A verdade era que minha paciência estava chegando ao lim
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