Andrew encarava os papéis em sua mão desacreditado, a palavra "DIVÓRCIO" estampado logo no início do papel lhe dava calafrios. Estavam juntos desde os quinze anos, mais de trinta anos haviam se passado, tinham suas filhas que já estavam moças com seus 22, quase 23 anos, tinham passado por tantas coisas juntos. Andrew não conseguia acreditar que toda a história que ele e Amber tinham construído juntos seria simplesmente apagada por aquele maldito acordo de divórcio. Ele nem sequer sabia o que tinha feito de errado, ou desde quando o casamento estava tão desgastado ao ponto de ser acabado com uma assinatura. — Um acordo de divórcio? — Andrew perguntou ainda receoso assim que encontrou voz depois do choque. — Por quê? Nós estamos juntos há tanto tempo... Não podemos simplesmente acabar com toda nossa história por causa de um papel. Se eu fiz algo que a magoou, você pode ao menos me dizer e eu irei mudar, eu prometo. — Andrew querido. — Amber apenas suspirou e juntou as mãos cansada d
Respirou fundo e suspirou se afastando do pai e indo direto para a cozinha ainda sem palavras. Era estranho pensar que um dia seus pais se divorciariam, e ao ver a situação do pai, sabia que a ideia não era dele. Tateou os armários da cozinha procurando as panelas e comida para começar a preparar algo para a janta, preferiu ficar em silêncio e não incomodar o pai naquele momento, pois sabia que o mesmo estava precisando deixar que tudo fosse jogado para fora. Sabia que o pai não ficaria bem de uma hora para outra e que naquele momento a única coisa que podia fazer por ele, era deixá-lo chorar até não ter mais lágrimas. Quando o pai por fim terminou de chorar e se levantou caminhando lentamente para o quarto, Jully soube que ele estava ao menos se esforçando para parecer estar bem na frente dela. Se sentiu cabisbaixa por não poder fazer nada pelos pais, desde os seus dezoito anos sabia que o casamento dos pais era diferente de quando ela era criança. Mas não culpava nenhum dos do
Havia demorado no mínimo uns cinco anos naquela extensa lista de adoção. Tinham sido longos e dolorosos cinco anos na fila de espera. Inúmeras visitas e inúmeras crianças que eles tinham conhecido. Havia chegado um momento em que Charlotte já não acreditava mais que conseguiriam adotar uma criança. Ela estava cada vez mais desesperançosa. Mas Alec não a deixou desistir, pois ele também queria muito adotar uma criança, não era somente ela que estava triste, mas ele também estava sentindo uma aflição devido à demora. Alec observava Charlotte pela janela da sala, seu olhar perdido na chuva que caía lá fora. Ele podia sentir a tristeza que pairava sobre ela como uma sombra. Os cinco anos de espera na fila de adoção haviam sido exaustivos para ambos, mas ultimamente, a desesperança parecia ter se instalado no coração de Charlotte. Sentando-se ao lado dela no sofá, Alec segurou suavemente a mão de Charlotte. — Não podemos desistir agora, meu amor. Nós já passamos por tantas dificuldad
O tempo havia tecido sua teia sobre a história de Emma e Ethan, transformando uma origem conturbada em uma jornada de amor, perdão e construção de uma família. Era uma manhã tranquila na cidade que os viu começar, e agora, uma cidade que testemunhava o capítulo final de sua história. Ethan, agora um renomado escritor, preparava-se para mais uma sessão de autógrafos de seu último best-seller. Seu talento para palavras havia conquistado corações ao redor do mundo, e seus livros eram sinônimos de sucesso literário. Ao lado dele, Emma, agora uma âncora respeitada em um jornal nacional, estava prestes a apresentar uma reportagem especial. Sua voz era uma presença constante nas casas de milhares de espectadores, e sua dedicação ao jornalismo a tornara uma figura influente no mundo das notícias. Juntos, eles construíram uma vida que superou os erros do passado. Seu filho, fruto do amor que cresceu entre eles, agora estava no auge da adolescência. Ethan e Emma aprenderam juntos a arte de se
"Nunca sinta culpa por começar de novo". Era o que Nicolle deveria ter pensado ao invés de se culpar tanto.Nicolle estava completamente desolada naquele momento, sua mãe havia morrido um mês antes do aniversário de 31 anos. Ela ansiava desesperadamente pela ajuda do tio Stewart, era a única pessoa em quem poderia confiar cegamente, mas desde o aniversário de sua mãe no ano anterior, Charles havia simplesmente sumido do mapa. Nicolle pensou, por uma fração de segundo, que apesar de o pai ter a abandonado e ele nunca sequer ter a visto durante seus quinze anos, achou… esperou… que ele pudesse a acolher nesse momento, ela realmente achou que ele pudesse oferecer um lar para ela em meio aquele caos, mas não foi exatamente isso que encontrou ao bater na porta da casa de seu pai. — Quem é você? — Perguntou Robert meio bêbado. — Se for uma daquelas garotas de programa baratas que batem na minha porta querendo me extorquir dinheiro, sugiro que dê o fora, não estou interessado. A garota d
Victoria olhava para o celular algumas vezes tentando disfarçar a ansiedade, a verdade era que ela ansiava pela ligação da sua antiga amiga, ela realmente esperava que Nicolle ligasse para ela novamente. No fundo, Victoria só queria poder ouvir a voz da melhor amiga por alguns segundos antes de desligar o telefone em sua cara, sabia que não era o certo, mas não estava totalmente preparada para falar com ela ainda. Um suspiro pesado escapou de seus lábios, o que não passou despercebido para Ryan. Ele a encarou por alguns instantes antes de tomar coragem e perguntar o que tanto o deixava preocupado. — Você está suspirando a manhã toda e não para de olhar o telefone, aconteceu algo na sua família? — Queria perguntar se havia acontecido algo relacionado a garota da ligação, mas não podia contar que tinha atendido a ligação dela e depois apagado a ligação porque ela havia pedido. — Não, não exatamente. — Riu nasalado e olhou para Ryan franzindo o cenho. — Na verdade, tem algo que me inc
3 semanas depois: — Vai mesmo ficar deitada o dia todo como se estivesse aguardando a morte de braços abertos? — Ethan tentou puxar as cobertas das quais Victoria tentava se esconder a todo custo. — Anda Victoria, vamos sair para comer! Pare de agir como uma criança birrenta. Se não levantar, eu vou te arrastar nem que seja pelos cabelos, garota, escuta o que estou dizendo e não me obrigue a usar a força bruta contra você. — Você está jogada desse jeito desde ontem e até agora não saiu para comer. — Reclamei e ponderei na possibilidade de lhe contar sobre as várias vezes que fiquei em ligação com Nicolle nas últimas semanas apenas para deixá-la mais alerta, mas não era hora. — Ethan foi até o meu dormitório, preocupado com você, dizendo que a madame não havia comido ainda. Você não come direito desde semana passada, quando trocou de número. Vamos em uma lanchonete aproveitar nossa sexta-feira livre. Finalmente temos um tempo livre. — Não estou com fome no momento. — Disse com a voz
No dia seguinte, Ryan jogava em seu celular e ouvia música, completamente entediado. Novamente o nome de Nicolle apareceu nas notificações de mensagens perguntando se podia ligar para ele, fazendo o coração do moreno dar uma leve saltada. O mesmo pigarreou e esperou alguns segundos passarem antes de enfim criar coragem para atender, não queria parecer muito desesperado e nem parecer pouco interessado. — White? — Nicolle chamou pelo seu sobrenome após não receber uma resposta imediata. — Eu atrapalhei você? Peço desculpas. — Huh? Não, claro que não. Eu estava jogando. — Pigarreou dando um leve suspiro. — Aconteceu alguma coisa? — Na verdade, não. Eu te liguei para poder te agradecer de forma sincera. — Em seu quarto de hotel, Nicolle respirou fundo. — Obrigado por fazer esse favor para mim, eu nunca teria pensado na ideia de aparecer do nada na frente dela. — Riu sem graça ao lembrar da forma como apareceu na lanchonete. — Acho que, na verdade, eu não teria essa coragem, foi você qu