O almoço foi leve e cheio de risadas, estavam felizes por estarem juntos e Thomas dez vezes mais feliz por ter ganhado seu Red Velvet, o tão amado bolo vermelho com sorvete que, segundo Thomas, só a tia Victoria e o tio Raphael sabiam fazer. Ryan estava estacionando o carro em frente ao hospital para que Nicolle voltasse ao seu turno de forma segura. Antes que ela saísse lhe deu um beijo simples e sorriu, Nicolle desceu e abriu a porta de trás para dar um beijo na bochecha de Thomas e prometeu que tiraria folga pelos próximos dois dias e só então entrou sorrindo no hospital. — Sabe... — Ryan chamou a atenção do filho enquanto dirigia de volta para casa. — O que acha do papai e da tia Nicolle casar? — Mordeu o lábio inquieto enquanto esperava uma resposta do filho. — Casar? — Ficou pensativo por alguns minutos até olhar o pai que estava apreensivo e sorrir. — Seria tão legal! Os docinhos do casamento devem ser tão bons! Quando vão casar?! Eu quero, eu quero, eu quero! — Seus olhos e
— Você também usa o mesmo perfume de pêssego que senti pela primeira vez quando te dei aquele selinho no shopping. — Em um ato rápido deitou a menor na cama e ficou por cima. Uma de suas mãos sustentava o peso de seu corpo e a outra tirava os cabelos que caiam nos olhos da mesma. — O que acha de cortar sua franja? Assim fica difícil olhar seus olhos revirarem de prazer.— Ryan! — Deu um tapa em seu ombro e riu ao ouvir o mesmo soltar uma risada antes de voltar a beijá-lo.No dia seguinte Ryan foi acordado com um pequeno serzinho pulando em sua cama de forma animada, por costume esticou a mão, mas apenas sentiu a cama gelada o fazendo sentar-se de supetão. Ouviu a risada do filho ecoar pelo quarto e o puxou para um abraço antes de fazer com que o pequeno deitasse ao seu lado.— Papai, acorda! Hoje é minha festa! — Cutucou as covinhas do pai o fazendo sorrir.— Feliz aniversário meu amorzinho. — Abriu os olhos para o encarar e beijar sua testa. — Onde está a Nick?— Saiu depois que rece
10 anos depois — Mãe! — Thomas correu segurando a alça da mochila em direção à médica que estava distraída enquanto respondia algumas mensagens. Assim que viu o filho correr em sua direção, sorriu animadamente. — Morri de saudades sabia? — Sorriu e a abraçou forte quando a alcançou. — Sentiu falta do seu lindo filho te seguindo o tempo todo? — Foram só quatro dias. — Nicolle abraçou o filho com força e beijou sua testa gentilmente. Constatou que o garoto já estava da sua altura e logo ultrapassaria, isso fez com que ela risse consigo mesma pensando em como o tempo tinha passado rápido. — Como foi? Está com fome? Não deveria ir para casa descansar? — Eu cheguei às oito da manhã, o papai foi me buscar no aeroporto e eu pude dormir um pouco. — Sorriu abraçando a cintura da mãe. — Como você já tinha vindo para o hospital e eu não consegui te ver de manhã, aproveitei para vir te ver e almoçar com você antes do curso. — Sabe que eu e o seu pai não queremos que se esforce tanto assim, n
Três anos haviam se passado desde que a Detetive Aurora Colerman trocou as luzes urbanas de Londres pelos vastos campos verdejantes de Kentucky. A cidade pequena oferecia uma mudança de ritmo, uma pausa bem-vinda da agitação constante que ela estava acostumada. Kentonville era daquelas cidades onde todos conheciam todos, um lugar onde os segredos pareciam mais difíceis de se esconder. Aurora, aos 42 anos, sentia que tinha encontrado um refúgio tranquilo para sua carreira e uma vida mais estável. Seu marido, David, um jornalista experiente, sempre a alertava sobre os perigos inerentes à profissão dela. Ele ainda se lembrava vividamente das notícias trágicas de colegas jornalistas mortos ou feridos em busca da verdade, ele se arrepiava só de pensar o que poderia acontecer com sua esposa. Ele vivia a lembrando do quão perigoso era o trabalho dela e que ela precisava se aposentar quanto antes, eles já haviam acumulado riquezas o suficiente para se manterem até o fim de suas vidas, estav
Andrew encarava os papéis em sua mão desacreditado, a palavra "DIVÓRCIO" estampado logo no início do papel lhe dava calafrios. Estavam juntos desde os quinze anos, mais de trinta anos haviam se passado, tinham suas filhas que já estavam moças com seus 22, quase 23 anos, tinham passado por tantas coisas juntos. Andrew não conseguia acreditar que toda a história que ele e Amber tinham construído juntos seria simplesmente apagada por aquele maldito acordo de divórcio. Ele nem sequer sabia o que tinha feito de errado, ou desde quando o casamento estava tão desgastado ao ponto de ser acabado com uma assinatura. — Um acordo de divórcio? — Andrew perguntou ainda receoso assim que encontrou voz depois do choque. — Por quê? Nós estamos juntos há tanto tempo... Não podemos simplesmente acabar com toda nossa história por causa de um papel. Se eu fiz algo que a magoou, você pode ao menos me dizer e eu irei mudar, eu prometo. — Andrew querido. — Amber apenas suspirou e juntou as mãos cansada d
Respirou fundo e suspirou se afastando do pai e indo direto para a cozinha ainda sem palavras. Era estranho pensar que um dia seus pais se divorciariam, e ao ver a situação do pai, sabia que a ideia não era dele. Tateou os armários da cozinha procurando as panelas e comida para começar a preparar algo para a janta, preferiu ficar em silêncio e não incomodar o pai naquele momento, pois sabia que o mesmo estava precisando deixar que tudo fosse jogado para fora. Sabia que o pai não ficaria bem de uma hora para outra e que naquele momento a única coisa que podia fazer por ele, era deixá-lo chorar até não ter mais lágrimas. Quando o pai por fim terminou de chorar e se levantou caminhando lentamente para o quarto, Jully soube que ele estava ao menos se esforçando para parecer estar bem na frente dela. Se sentiu cabisbaixa por não poder fazer nada pelos pais, desde os seus dezoito anos sabia que o casamento dos pais era diferente de quando ela era criança. Mas não culpava nenhum dos do
Havia demorado no mínimo uns cinco anos naquela extensa lista de adoção. Tinham sido longos e dolorosos cinco anos na fila de espera. Inúmeras visitas e inúmeras crianças que eles tinham conhecido. Havia chegado um momento em que Charlotte já não acreditava mais que conseguiriam adotar uma criança. Ela estava cada vez mais desesperançosa. Mas Alec não a deixou desistir, pois ele também queria muito adotar uma criança, não era somente ela que estava triste, mas ele também estava sentindo uma aflição devido à demora. Alec observava Charlotte pela janela da sala, seu olhar perdido na chuva que caía lá fora. Ele podia sentir a tristeza que pairava sobre ela como uma sombra. Os cinco anos de espera na fila de adoção haviam sido exaustivos para ambos, mas ultimamente, a desesperança parecia ter se instalado no coração de Charlotte. Sentando-se ao lado dela no sofá, Alec segurou suavemente a mão de Charlotte. — Não podemos desistir agora, meu amor. Nós já passamos por tantas dificuldad
O tempo havia tecido sua teia sobre a história de Emma e Ethan, transformando uma origem conturbada em uma jornada de amor, perdão e construção de uma família. Era uma manhã tranquila na cidade que os viu começar, e agora, uma cidade que testemunhava o capítulo final de sua história. Ethan, agora um renomado escritor, preparava-se para mais uma sessão de autógrafos de seu último best-seller. Seu talento para palavras havia conquistado corações ao redor do mundo, e seus livros eram sinônimos de sucesso literário. Ao lado dele, Emma, agora uma âncora respeitada em um jornal nacional, estava prestes a apresentar uma reportagem especial. Sua voz era uma presença constante nas casas de milhares de espectadores, e sua dedicação ao jornalismo a tornara uma figura influente no mundo das notícias. Juntos, eles construíram uma vida que superou os erros do passado. Seu filho, fruto do amor que cresceu entre eles, agora estava no auge da adolescência. Ethan e Emma aprenderam juntos a arte de se