Ryan estava deitado no chão frio do quarto todo encolhido, aquela devia ser sua posição há mais de uma hora, as lágrimas ainda não tinham secado e pelos céus! Aquela dor em seu peito era agonizante e o deixava sem ar. Seu telefone estava desligado desde então, não sabia o que fazer, estava com medo do que aconteceria a seguir. Sabia que se Amelia soubesse de qualquer coisa, Nicolle seria a mais prejudicada e magoada na história, pouco se importava com o que aconteceria com ele, mas sua namorada era inocente, já havia passado por muitas coisas ruins, não deveria sofrer mais ainda por sua culpa. Ryan tentava ser durão e encarar toda essa situação de queixo erguido, mas Alec parecia ter ganhado dessa vez. O garoto de mullet não sabia o que podia fazer, não sabia como iria encarar os amigos, muito menos sua namorada. Ele não podia envolver mais ninguém, agora era ele e o Clark, somente. Cara a cara. Um deles perderia e o outro teria o que tanto almejava. — Pai, o que eu deveria fazer? —
Ryan acordou no meio da madrugada com sede, sua febre já havia abaixado e seu corpo já não estava mais encharcado de suor. Por alguns minutos ficou encarando sua namorada com um sorriso triste. Ele a amava, mas isso não era importante para Alec, o garoto faria de tudo para afastá-los. — R-Ryan? — Nicolle disse com a voz rouca enquanto coçava o olho. Céus como ela era perfeito. — Sua febre já diminuiu? — Sim, já me sinto melhor. Obrigado. — Disse meio rude e se odiou internamente por aquela forma de falar com a menor, os olhos da mesma se arregalaram devido ao tom de voz do mesmo. — Acho melhor ir para o seu quarto, o diretor pode achar ruim. — Ah! — Nicolle mordeu o lábio e assentiu suspirando. Estaria mal-humorado por conta da febre? Sinceramente não sabia, mas estava com medo de perguntar. — Tome mais um comprimido ao acordar, se não conseguir, não se esforce e falte nas aulas da manhã, mas almoce conosco e vá às aulas da tarde. Ryan apenas assentiu abrindo a porta, Nicolle sent
No quarto Ryan segurou a cintura da menor e a puxou para mais perto para acabar com aquela maldita distância que ainda havia entre eles, estava desesperado pelo beijo da mesma e sentia uma certa agonia pela distância que ainda havia entre eles.A outra mão foi aos longos cabelos da morena os puxando levemente enquanto o beijo ainda estava rolando. Nicolle estava sedenta por mais e mais, estava mais aliviada pela aproximação de ambos e de como estava rolando tudo, mas algo ainda parecia errado para ela, sua mente pulsava constantemente em alerta que aquilo não estava certo.Mas pouco se importou com o que poderia estar acontecendo, decidiu ignorar por completo seu cérebro, só precisava de mais contato físico com o namorado, precisava de mais e mais. Suas mãos desceram pelo peito do namorado e adentraram a camisa do mesmo, causando pequenos choques de excitação na mesma.Ryan foi pego de surpresa quando sentiu as mãos geladas da namorada dentro de sua camisa, foi quando um estalo surgiu
Ryan pegou as chaves do seu quarto e com as mãos trêmulas pela ansiedade abriu a porta. Deu um longo suspiro e fechou a porta atrás de si. Assim que a porta foi trancada, os pelos da sua nuca se arrepiaram instantaneamente, então lentamente ergueu a mão até o interruptor de luz e o acendeu.— Ryan White. — Ryan engoliu em seco e encarou a pessoa à sua frente tentando não demonstrar o medo que estava sentindo. — Achei que tinha sido claro quando mandei manter distância da Nicolle, mas acho que você preferiu arriscar e apostar tudo o que tinha.Alec cruzou os braços ainda sentado na poltrona do quarto de Ryan, e então encarou o mesmo com ódio nos olhos. Ainda mantinha um sorrisinho em seus lábios, aquele maldito sorriso que Ryan tanto odiava, aquele sorriso que significava perigo.— Quer saber? — Ryan se irritou e caminhou até o mesmo, parando bem na sua frente. — Eu estou pouco me importando para as suas ameaças medíocres, eu cansei de mentir para a minha namorada, cansei de fingir e a
Na manhã seguinte, Ryan rezou para que nada tivesse acontecido depois daquela briga, evitou qualquer contato muito próximo com sua namorada, além de evitar Alec a todo custo. Ainda estava completamente atordoado pelo que tinha descoberto na noite anterior e não conseguia olhar para a namorada sem sentir vontade de abraçá-la e chorar pedindo perdão por não poder protegê-la de tudo. Nicolle estava preocupada pelos hematomas no rosto de Ryan, Alec estava machucado também, o que significava que haviam brigado, mas o namorado não queria conversar com ela, ao menos ele não havia se afastado por completo, de certa forma ainda estava por perto, mesmo que não falasse nada e nem olhasse para ela.Aurora sabia de tudo e tremia toda vez que via Nicolle e Ryan perto um do outro, ela temia que algo acontecesse ao casal e não se perdoaria se eles terminassem. No fim da aula todos já estavam cansados e caminhavam preguiçosamente para os quartos, Aurora seguiu Ryan e os outros foram cada um para o seu
— Eu o quê, Amelia? — Ryan a encarou se aproximando. — Eu só disse a verdade. Se você não fosse tão insuportável e não tivesse obrigado o papai a escolher entre a profissão e você, nesse exato momento eu teria um pai mais presente! Nossa família só desmoronou por SUA CULPA! — Berrou as últimas palavras, deixando bem claro o ódio que sentia.— Seja como for, o que for. Tanto faz como. Eu quero esse namorinho acabado, Jack vai arrumar suas malas e estará te esperando. Amanhã seu voo para o Japão sai às sete da manhã, você tem tempo apenas de terminar com essa garota. — Amelia o olhou e deu um passo em sua direção. — Não pense que vai ser fácil entrar em contato com a menina Evans, você vai ser vigiado vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Daqui a quatro anos você pode pensar em voltar para Londres, mas voltará para assumir a empresa. Não pense que vai seguir os passos de Williams. NUNCA PERMITIREI ISSO.— Por quê? Tem medo de ser abandonada por mim também? — Amelia levanto
Algumas pessoas que se encontravam pelos corredores cochichavam se perguntando sobre o que teria acontecido com Ryan para ele estar daquela forma, era perceptível, a dor estava estampada em seus olhos, além das visíveis marcas de briga. Ryan exitou ao bater na porta de Nicolle, mas ao ver que sua mãe lhe observava de longe, ele bateu.— Quem é? — Nicolle abriu a porta sorrindo, mas logo seu sorriso se transformou em um olhar preocupado e assustado, seus olhos percorreram todo o corpo de Ryan, ficando cada vez mais assustada. — R-Ryan? O quê aconteceu? Céus, entra.Ryan entrou e assim que a porta foi fechada, Nicolle foi ao seu encontro para lhe tocar, mas o garoto se afastou, deixando a garota meio confusa. Ryan estava mancando, com os lábios sangrando, um corte na sobrancelha e mais outros hematomas feios pelo rosto.— Amor, quem fez isso com você? Foi o Alec? — Nicolle ignorou a atitude anterior do namorado e novamente tentou tocá-lo — Está doendo? Deve estar doendo muito, desculpe
Mais uma vez peguei o celular e o encarei por longos minutos me perguntando se deveria te ligar, era um risco enorme, sim, eu sabia, mas era um risco que eu queria correr naquele momento. Ainda lembro dos nossos poucos momentos juntos, os quais eu lutei tanto para proteger. Aquelas músicas que nós amávamos continuam em minha playlist, mas eu nunca as ouço por medo de chorar ao sentir a dor dilacerante que é a sua falta. Tudo faz parte da nossa história, desde os sorrisos até às lágrimas, e infelizmente não pude evitar nossas lágrimas.Alec me mandou mensagem uns meses após ter sido expulso do colégio, ele havia falsificado o exame de DNA. No fundo, eu sempre desconfiei que não éramos irmãos, eu confiava em meu pai e sabia que ele amava o monstro que era minha mãe, sabia que ele nunca a trairia, mas naquele dia, eu acreditei fielmente que éramos irmãos e disse coisas horríveis que devem te machucar até hoje.É como se o mundo tivesse parado e começado a fazer uma rotação totalmente dif