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3. Uma Noite e... Um Pagamento?

Alguns minutos depois, paramos em frente a um hotel que me deixa boquiaberta. É imenso e elegante, o tipo de lugar que só vi em filmes.

— Você não perguntou, mas me chamo Ethan — ele se apresenta, me encarando com uma intensidade que me faz estremecer.

— Mia — respondo, mesmo já tendo dito meu nome antes.

O bar é sofisticado, com iluminação baixa que cria um ambiente íntimo. Ele escolhe uma mesa no canto, estrategicamente isolada das demais.

— O de sempre, Sr. Hayes? — o garçom pergunta, me dando um olhar discreto.

— Sim. Um Moscow Mule para a senhorita — Ethan decide, sem hesitar. Seus dedos roçam levemente os meus ao passar o cardápio. O toque é breve, mas suficiente para fazer meu coração acelerar.

— Você me conhece há poucos minutos, como acha que sabe o meu gosto? — provoco, erguendo uma sobrancelha.

— Te conheci há pouco, mas percebi o suficiente para saber que precisa de algo forte — ele responde, abrindo um sorriso confiante.

A bebida chega, e tomo um gole generoso para deixar a vergonha de lado. O álcool me aquece por dentro, mas não tanto quanto seu olhar. É como se cada vez que nossos olhos se encontram, uma eletricidade me atingisse.

— Então, Mia — ele sussurra meu nome como se o saboreasse. — O que a trouxe para esta cidade?

— Estou procurando… alguém — respondo, sem querer revelar mais do que devo. Quando ele abre um sorriso, percebo que ele interpretou minha resposta de outra maneira.

— E se esse alguém não quiser ser encontrado? — ele pergunta, se inclinando perigosamente na minha direção.

Nossos rostos ficam próximos o suficiente para que eu sinta seu hálito misturado ao perfume dele. Minha respiração falha por um instante.

— Então, vou insistir. Não desisto fácil — murmuro.

— Persistente — ele comenta, com a voz rouca. — Gosto disso em você.

Ele se afasta com um sorriso malicioso, enquanto seus olhos verdes me estudam com algo que parece... verdadeiro. Diferente da irritação inicial, agora há uma gentileza incomum em seu olhar. O contraste me intriga.

— Mais uma rodada? — ele pergunta, já sinalizando o garçom.

— Só se você beber comigo — retruco, deixando o álcool falar por mim.

Após o terceiro drink, sua mão encontra a minha sobre a mesa. O toque é proposital, quase um desafio. Seus dedos traçam linhas imaginárias na minha pele, provocando arrepios que descem pela minha espinha.

— Está ficando tarde — ele diz, com a voz rouca. — Posso pedir seu Uber agora, se quiser.

Engulo em seco, sentindo meu coração disparar. Sei que deveria dizer sim, pegar o Uber e ir embora. Mas, quando abro a boca, outras palavras escapam:

— Ou, se quiser, posso ficar um pouco mais. Estou adorando a companhia — sussurro, mordendo o lábio propositalmente. Seus olhos escurecem levemente, e sinto sua mão apertar a minha.

— Tenho um quarto reservado aqui — ele diz, direto como sempre. — Quer subir ou prefere continuar aqui?

— Me surpreenda — respondo, me surpreendendo com as próprias palavras.

Ethan se levanta e estende a mão para mim. Quando a seguro, um arrepio percorre meu corpo.

Pouco depois, o elevador para no último andar. Ethan coloca a mão nas minhas costas, me guiando pelo corredor. A suíte é luxuosa, mas mal presto atenção. Seus olhos são meu único foco.

— Tem certeza? — ele pergunta, com o olhar fixo no meu.

Respondo puxando-o pela gravata. É tudo o que ele precisa. Seus lábios encontram os meus em um beijo intenso e urgente, e meu corpo inteiro responde instantaneamente. Suas mãos descem para minha cintura e minhas costas encontram a parede.

— Você é diferente — ele murmura entre beijos, percorrendo seus lábios pelo meu pescoço. — Não é como as outras.

Meus dedos desabotoam sua camisa social, revelando um físico que confirma tudo o que seu terno sugeria. Músculos definidos, pele clara marcada por uma tatuagem em seu abdômen.

— E o que me torna diferente? — Provoco, mordendo seu lábio inferior.

— Você não correu quando teve a chance. — Ele ri, baixo, quase num gemido. — A maioria já teria fugido.

Sem me dar a chance de responder, Ethan me segura pelas coxas, me puxando para o seu colo. Entrelaço minhas pernas ao redor de sua cintura, deixando que ele me leve até a cama enquanto continuamos nos beijando intensamente.

Delicadamente, me deita sobre a cama, afastando-se o suficiente para me encarar de cima. Seu olhar percorre meu corpo, como se eu fosse algo precioso e perigoso ao mesmo tempo. Então, ele se deita sobre mim, unindo nossas bocas novamente.

Aos poucos, minhas roupas param no chão, enquanto suas mãos exploram cada centímetro da minha pele, como se estivesse mapeando um território desconhecido.

— Hoje — ele sussurra no meu ouvido — você é só minha.

Não é um pedido. É um decreto.

Amanhã, posso me arrepender. Posso me odiar por isso. Mas, agora, tudo o que quero é esquecer todo o caos da minha vida.

Mesmo que só por esta noite, eu quero ser dele.

[…]

Acordo e, por um momento, ainda sonolenta, não reconheço onde estou. Então, as memórias da noite anterior voltam como flashes: os beijos, os toques, o modo como Ethan me olhava, como se eu fosse única…

Me viro na cama, esperando encontrá-lo, mas o outro lado já está vazio e frio. Enrolo o lençol ao redor do corpo e olho em volta. O quarto está vazio, exceto por minhas roupas jogadas no chão e uma única coisa chama minha atenção: um envelope branco na mesinha de cabeceira.

Franzo o cenho enquanto o pego, abrindo-o com cuidado. Meu coração para por um instante ao ver o conteúdo: dinheiro. Não há bilhete, número de telefone, nada. Apenas… dinheiro.

Levo alguns segundos para processar. O significado me atinge como um soco no estômago.

— Uma noite e… um pagamento? — murmuro, sentindo o rosto arder de indignação. — Nem mesmo um “obrigado” ou um “adeus”?

Coloco o envelope sobre a mesa e ando de um lado para o outro, tentando conter o nó que se forma em minha garganta. A sensação de ter sido usada me corrói. Não esperava que ele fosse me tratar como alguém especial, mas isso? Isso é demais.

Meus olhos lacrimejam, mas limpo rapidamente as lágrimas, me recusando a chorar por alguém como ele.

— Ethan Hayes, espero nunca mais te ver — sussurro, sentindo o gosto amargo da decepção em minhas palavras.

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