Nando,
Ela fica de costas no poste de pole dance e desce até em baixo, olhando para mim com a mão na boca. Engulo seco, sem piscar e sem sequer desviar os olhos dela. Não quero perder nenhum movimento dessa feiticeira que me encantou. Ela sobe novamente e se vira, segurando a barra com uma mão e rodando com os braços abertos. Mas cruza uma das pernas na barra quando faz a volta completa e levanta a cabeça. Ela segura no ferro com as duas mãos, roda a cabeça sensualmente e se vira olhando para mim. — Tira o sobretudo. — grito para ela, e ela olha balançando a cabeça em negativa e sorrindo. — Se não tirar, eu vou aí rasgar ele todinho. Ela encosta as costas no ferro, e me olha de um jeito sedutor. Ela desce as escadas do palco, e se aproxima de mim transbordando sensualidade. Vou me virando com a cadeira conforme ela chega mais pertos, e coloca um dos pés no meu colo. Passo a mão não sua perna e vou subindo até chegar entre suas coxa, e sinto a pele da sua boceta. — Porra, Kiara, te sem nada por baixo? — Ela apenas sorrir, e levanta mais um pouco a parte do sobretudo, porém, quando eu vou tocar, ela b**e na minha mão, e volta a baixar. — Sem toques. — Me mata logo então, porque essa é a pior tortura que você pode fazer comigo... — Mal fecho a boca, e ouvimos tiros do lado de fora. Meu celular volta a tocar, mas nem tenho tempo para atender já que Kiara pega na minha mão, e me puxa para atrás do palco. Nos escondemos ali dentro até que dois homens armados entram. Desgraçados, esses vão sofrer nas minhas mãos só por terem atrapalhado a minha noite de diversão com a minha esposa. Levo a minha mão às minhas costas e pego a minha arma. Kiara olha para mim e balança a cabeça, colocando a mão no corpo da arma para que eu não faça nada. — Procurem por eles, eles estão escondidos em algum lugar aqui. — diz um deles enquanto caminha. Kiara me puxa para dentro, onde há uma escada. Embaixo dela, há uma pequena porta, e entramos por ela. Subimos outra escada em forma de caracol, e ela abre uma tampa que dá acesso ao seu escritório dentro da boate. Ela fecha a tampa novamente e vai direto para o vidro que tem aqui, para ver tudo lá embaixo, principalmente os homens que estão a nossa procura. — Idiotas — digo enquanto olho para ela, que está rindo da situação. Ela vai até um quadro e aperta um botão, causando um barulho estrondoso no salão. Olho para baixo e vejo que todas as entradas foram lacradas, e os caras tentam puxar para cima. — Eu não sabia que tinha isso aqui. — Você veio poucas vezes aqui comigo, mas nunca te mostrei. Meu irmão Klaus e eu decidimos colocar isso depois do ataque ao nosso casamento. Mas te dou as honras para conversar com os ratos na ratoeira. Ela pega uma espécie de microfone e estende para mim. Pego da sua mão e ela aperta um botão. — Um, dois, testando — digo. Os caras começam a olhar para os lados, procurando de onde vem o som. — Será que algum dia o chefe de merda de vocês vai entender que não vai me pegar fácil? Quanto mais homens ele mandar, menos homem ele terá. Será que é tão difícil de entender isso? Kiara sorri enquanto vê o desespero deles lá embaixo. — Como vamos pegá-los? O rosto dos dois faria um belo troféu na minha casa. — E os órgãos salvariam mais gente. Vou soltar o gás que vai fazê-los adormecer, liga para seus homens virem aqui buscar eles, já que eles mataram os meus seguranças. Ah, deixa avisado para olharem bem ao redor antes de entrar, pois pode ter mais homens do lado de fora. Concordo com a minha princesa, e ela aperta um botão, lançando vários jatos de fumaça dentro do salão. Assim que pego o meu telefone, vejo que tenho cinco chamadas perdidas do Call. Retorno a ligação e, assim que ele atende, solta um suspiro longo de alívio. — Poxa, Dom, eu estava tentando te ligar e o senhor não atendia. Já estava aqui separando os homens para ir te resgatar. — Você é meu parceiro, Call. Mas pode trazer os homens. Pegamos os caras que tentaram contra nós e vamos levá-los para o galpão. — Escuto a pigarreada da Kiara e olho para ela, que está com os braços cruzados. Já entendi o recado, mas não vou dar esse gostinho a ela. — Ok, estamos chegando aí em dois minutos. Até, Dom. — Ele desliga o telefone e eu olho para ela, fingindo não entender nada. — Pegamos? Por você, estaríamos lá embaixo segurando eles com uma arma. — Deixa de ser metida, Kiara. Somos uma dupla, ou não somos? — Ela serra os olhos e balança a cabeça. Me aproximo dela e a puxo contra o meu corpo já segurando na sua nuca. Beijo sua boca como forma de gratidão por ela ter nos livrado da morte. Mas depois falo em seu ouvido. — Tá me devendo uma dança, e eu vou cobrar. Mas agora, quero te foder sem preliminares nenhuma, até o caras chegarem aqui. — Seu corpo amolece com as minhas palavras, e eu só a levanto em meu colo colocando-a em cima da mesa. Abro o botão e desço o zíper da minha calça colocando o meu pau para fora, e puxo seu corpo para a beirada. Como a safada está sem calcinha, eu só miro meu pau, e meto de uma vez. Ela arqueia as costas para trás, e eu meto com vontade, imaginando ela dançando pelada em cima daquele palco. Puxo seu cabelo para trás, e chupo deu pescoço com gana. Meto cada vez mais forte e ela geme cada vez mais alto. Até que ela começa a se tremer toda, gozando deliciosamente. Meto mais forte em busca do meu gozo também, que logo vem, preenchendo a boceta dela de proteína humana. — Gostosa pra caralho. — Falo ainda com a minha mão em seus cabelos, mas agora olhando em seus olhos. Para me provocar, ela passa a língua contornando os lábios dela, e fala baixinho, "delicioso." Ah, um dia eu ainda vou infarta com essa mulher. Até uma rapidinha com ela é excitante de mais. Ela desce da mesa, aperta o botão novamente e me puxa pela mão até o banheiro. Quando voltamos, ela liga o computador e verifica pelas câmeras de segurança que os carros da máfia estão chegando. Os caras lá embaixo já estão caídos, e ela me pede para avisar ao Call para entrar com uma proteção no rosto, para não ser afetado pelo sonífero também. Agora é hora da diversão entre eu e minha esposa. Mais dois desgraçados irão perder suas vidas por tentarem atacar o casal errado, pois Kiara e eu somos feitos de ferro e nada nem ninguém vai nos derrubar. Entramos no carro e seguimos para o galpão. — Será que nosso filho vai ser assim, tão sanguinário quanto você, Nando? — Depende, se puxar a mãe dele vai sim, porque você fala de mim, mas olha o que você faz. Aposto que está já imaginando como vai esfolar esses homens quando chegarmos lá. — Então vai, ele vai ser o mafioso mais temido de todos os tempos. Assim que ele nascer, a Karina vai nos entregá-lo. Não sei se vou aguentar esse tempo todo, meu coração até para quando penso nele. Sorrio, mas continuo não achando isso uma boa ideia. Sei que isso vai dar treta, muita treta, na verdade. Só espero estar enganado.Kiara, Quando eu estava quase desistindo mais uma vez do meu sonho de ter um filho, Karina apareceu em minha vida. Naquele dia, eu estava em casa, pronta para me entregar ao vinho, quando ouvi gritos de socorro vindos do meu portão. Assim que saí pela porta, vi Karina implorando aos meus soldados por ajuda, dizendo que um carro a perseguia para matá-la. Ordenei aos soldados que a deixassem entrar, e ela veio até mim, trêmula e assustada.Ela se ajoelhou aos meus pés, implorando para que eu a escondesse. Pedi aos meus soldados para ficarem de olho e me avisarem caso algum carro passasse. Levei-a para dentro de casa e conversamos por um bom tempo. Anotei seu nome e, enquanto conversávamos, pesquisei sobre ela no celular. Descobri que ela tem ficha limpa, não tem envolvimento com traficantes nem com drogas. É solteira e mora sozinha. Trabalha em uma lanchonete, ganhando um salário mínimo.– Karina, posso te fazer uma proposta? Por favor, não se sint
Fernando,Dito e feito, ela abre a porta e sai às pressas para fora de casa, nem olhando para trás. Eu vou atrás dela rindo da situação e, ao chegar na entrada, a vejo entrando no carro do lado do passageiro. Balanço a cabeça rindo, especialmente quando ela sai do carro com uma expressão brava. Ela tenta passar por mim, mas eu a agarro com força e a coloco em meu ombro para levá-la até nosso quarto. Dou um tapa em sua bunda, para que ela aprenda a não ser tão teimosa e querer se afastar em uma situação complicada. A jogo na cama e ela fica emburrada comigo.— Muda essa cara, ou vou te amarrar na cama.— Como eu te odeio, Fernando, como eu te odeio.— Odeia nada! Você saiu igual uma doida atrás de mim, morrendo de ciúmes. Mas falando sério agora, me desculpa pelo que eu falei. Não foi do jeito que você entendeu que eu quis me referir. Lembra quando eu perguntei se você queria adotar um bebê? Para mim, é do mesmo jeito. Quando você disse que queria um filho nosso, meu e seu, era exatam
Kiara,Entregamos o pote para o médico, que fala sobre o procedimento a ser realizado. Ligo para Karina e passo o endereço para ela, para que ela venha fazer a inseminação. Nando diz que vai embora e vai me esperar em casa, porque não quer ter envolvimento com isso.Não posso forçá-lo a nada, ele já está sendo compreensível demais com essa história toda. Mas sei que ele vai amar quando o bebê nascer. Alguns minutos depois, ela chega com o soldado que deixei com ela, e juntas seguimos para a sala do médico, onde ele explicou todo o procedimento. Ele nos tranquiliza com suas palavras e ainda afirma que esses procedimentos podem até resultar em mais de um bebê, o que me deixa ainda mais animada, pois ter um irmão é tão bom. Tiro por mim e Klaus, que sempre tivemos uma conexão especial quando morávamos na mesma casa.Agora, morando em países diferentes, só nos comunicamos pelo telefone. Principalmente depois que Nando pediu para não irmos lá por causa da minha tristeza. Mas agora, vou po
Kiara,Algumas horas depois, chegamos na Argentina. Não fomos de voo tradicional, mas sim de jatinho particular para não chamar a atenção do Castello. Fernando tenta ligar para o Noah, o chefe da máfia do país, porém a chamada não completa.Ele já começa a ficar preocupado a partir daí, pois não sabemos o que está acontecendo. Fernando chama alguns soldados e manda ir na frente, enquanto entramos no nosso carro e esperamos um pouco. Alguns minutos se passam e não temos nenhuma novidade sobre os soldados que o Nando mandou para a casa do Argentino. E o pior, nem conseguimos mais entrar em contato com eles.— Call, quanto tempo para alugar um helicóptero?— Só ir buscar, senhor. Não demora nada.— Então procure onde tem. Vamos ir lá na casa do Noah por cima. — Call pesquisa na internet. Com poucos minutos, manda a gente acompanhar eles.Call cuida de tudo e só depois do helicóptero alugado é que descemos do carro.— Kiara, prefiro que você fique no carro.— Por quê? Se você morrer, eu m
Fernando,Maluca, ela é maluca. Tá certo que eu a conheço há quase seis anos e sei que a Kiara tem um espírito aventureiro dentro dela, mas nunca pensei que esse espírito seria o líder da matilha. Vê-la pendurada no helicóptero, com o "cai ou não cai", fez meu coração parar na mesma hora. Ela vai me matar e depois vai ficar por aí sendo a viúva triste que perdeu seu grande amor.Sinceramente, não sei o que fazer para acalmá-la. Eu a trouxe para a Argentina porque sabia que ela daria um jeito de vir atrás. Mas alugar outro helicóptero e ainda contar mentiras? Ela se superou dessa vez.Peço ao Call para pegar os corpos dos nossos homens e colocá-los no carro para levá-los de volta ao nosso país. Darei um enterro digno a eles e uma compensação às famílias pelos maridos que morreram em combate.Voltamos para o helicóptero, já que o idiota do Castello não está aqui. Mas, por lealdade à máfia Argentina, vou enviar alguns dos meus homens para procurar o cativeiro dele e resgatar a família do
kiara,Ele para de me bater, acho que mexi com o psicológico dele. Ele sobe em cima de mim, sem colocar força, e desamarra minhas mãos primeiro e depois meus pés. Seus olhos estão com um tom de preocupação, e fico curiosa para saber o que ele está pensando.— Por que mudou de repente?— Porque, Kiara, eu não confio em você. Se quando a surpresa é boa, ela é intensa, essa surpresa ruim deve ser de matar. E eu, meu amor, não quero pagar para ver. Mas a sua punição permanecerá. E se me trair com outro homem, arranco sua cabeça fora.— Teria coragem de matar o amor da sua vida?— Me mato logo em seguida, mas você não ficaria viva para contar a história.Seguro a risada, pois ele fala com um tom de seriedade que arrepia tudo. Me levanto da cama, dou-lhe um beijo na boca. Ele segura em minha cintura, retribuindo o beijo, mas quando o clima começa a esquentar, ele me afasta.— Quietinha, dona fogueteira. — Ele fala saindo do quarto, me deixando rindo dele.Bom, ri só naquele dia, pois confor
Kiara,Me levanto num pulo e chamo o Nando para ir comigo. Mesmo ele não gostando muito dessa história, ele tem um coração bom e, sabendo que outra pessoa está em perigo, ele vai ajudar. Saímos às pressas de casa, já chamando alguns soldados para ir conosco, e seguimos até o apartamento que eu dei para ela. Assim que o Nando para o carro, os soldados param logo em seguida.A recepção do apartamento parece um cemitério, todos mortos. Subimos pelo elevador e, ao chegarmos no apartamento dela, já vejo a porta toda estourada de tiros. Nando mete o pé na porta e ela logo se quebra.— Karina... Karina, sou eu. Cadê você? — Grito enquanto olhamos em cada cômodo. — Karina...— Estou aqui. — A voz dela ecoa fracamente no corredor que leva ao quarto. Seguimos até lá, e outra porta está trancada. Ela abre assim que eu bato, e já me abraça, assustada e trêmula. — Ai, eu fiquei com tanto medo.— Está tudo bem agora. Vamos tirar você daqui e levá-la para outro lugar seguro.— Vou esperar lá embaixo
kiara, Ela olha para mim assustada, e eu tento pegar alguma faísca que seja nesse olhar dela.– Senhora, por Deus, eu nunca tive nada com ele, não. Na verdade, eu nunca sequer tinha ouvido falar da família da senhora. Eu só apareci no seu portão pedindo ajuda. Mas se eu estiver atrapalhando, eu posso ir embora e me viro.– Não, tudo bem, eu acredito em você. Durma um pouco e descanse. Amanhã iremos conversar. – Saio do quarto dela e volto para o meu. Mas assim que coloco a mão na maçaneta, penso se entro ou não, já que fiquei chateada com o grito que ele me deu.Mas então a porta se abre e ele fica olhando para mim, com cara de cachorro sem dono.– Me perdoa, minha princesa. Eu só estava cansado da discussão.– Ah, resolveu me mandar calar a boca para acabar com ela? Bravo, Fernando, bravo. – Entro no quarto e sigo para o banheiro, com ele atrás de mim.– Meu amor, por favor, eu juro que não quis. Quando eu percebi, já tinha gritado. Kiara, não vê o que está acontecendo? Em menos de