Ela foi se afastando aos poucos e quando já estava numa distancia recomendável virou rapidamente e entrou na mata tentando fazer o mínimo de barulho possível.Renato abriu os olhos rapidamente em alerta.Havia adormecido. A dor no braço havia aumentado e seu erro havia sido ter tomado um remédio para controlar a dor. Com isso havia relaxado e dormido mais que gostaria.Sentiu uma sensação ruim e virou para o lado aonde Helen deveria estar.Ela não estava lá.Ele deu um pulo em alerta tendo a certeza que algo havia acontecido enquanto estivera dormindo. Ficando de pé, olhava ao redor tentando encontra-la.Já estava à noite e ele soube desde então que ela havia fugido.Aquela tola!Soltando um palavrão ele pegou a mochila no chão perto dele, ela devia ter saído alguns minutos atrás, pensou colocando a nas costas.- Droga!Com certeza isso iria atrasar seu plano. Tinha que chegar até a estação e lá fazer contato com as pessoas certas.Mauro a essas alturas já deveria ter saído do grupo e
Quando Raul entrou no saco, antes de fechá-lo puxou algumas folhas e o cobriu. Assim dificultaria que alguém os visse.Helen fechou os olhos quando ele entrou e fechou o saco.Lá dentro era seco e quente. Mas ela estava tão ciente do corpo dele ali perto dela que temia que acabasse sendo do traída por aquela paixão violenta.Ele a virou e ficou de costas para ele, suas mãos que estavam amarradas para trás encostaram sem querer em seu membro e aí foi o início de seu pesadelo.Ouviu Raul xingando baixinho tentando se ajeitar longe dela, mas era algo impossível, dentro daquele lugar apertado.A respiração dele atingia de cheio o alto de sua cabeça e Helen sentia aquele arrepio gostoso subir por seu corpo.Suas mãos continuavam tocando nele e ela apenas confirmou o que já sabia: Ele a queria tanto quanto ela.Mas que droga!Ela não deveria ficar feliz com isso!Deveria gritar até que alguém viesse socorrê-la!A chuva aumentou lá fora e ela sabia que o frio também.Ela se remexia, sentindo
Depois que fizeram amor dentro daquele saco eles ficaram se beijando e se acariciando.Helen não queria pensar em mais nada!Queria apenas aproveitar aquele momento com ele, sabia que no outro dia estaria totalmente arrependida, mas como resistir àquela boca e aquele corpo?Eles evitavam falar qualquer coisa, envolvidos naquela atmosfera sensual. Na verdade, ambos sabiam que não adiantava falar nada. Que tudo que falassem não conseguiriam explicar a profundidade dos sentimentos.Como ela poderia ter se apaixonado por ele?A verdade era que sempre o amou!Desde o primeiro instante que Raul começou a trabalhar com eles na mansão.Por mais que não quisesse seu peito doía em saber que nunca poderiam ter uma vida em comum. Ela não sabia qual era o plano dele, mas sabia que ele a encontraria em qualquer ligar.- Vamos Helen...Seus pensamentos foram interrompidos por Raul que estava de pé com a mochila nas costas.Ele havia levantado antes e desde então estava calado e distante.Era inegáve
- Não tenho tempo para explicar tudo agora, temos que descer porque senão perderemos o trem.- Não! Não... Raul eu não saio daqui enquanto você não me explicar direito o que é isso tudo? Policial infiltrado? Como isso é possível?- Você é teimosa mulher!Ele pegou seu braço e a conduzia em direção a descida. Ela deu um puxão em seu braço e parou no meio do caminho.- Se você não me contar tudo, não vou a lugar nenhum!- Droga Helen... Que droga!Ele respirou fundo e frustrado começou:- Há alguns anos atrás foi interceptada uma ligação de uma pessoa planejando seu sequestro. Na verdade ele procurava mercenários capazes de qualquer coisa por dinheiro. Nosso informante conseguiu colocar eu e mais uma pessoa no grupo. O que você viu ali não foi nem dez por cento das pessoas envolvidas. Mas eles não querem que os rostos sejam vistos e...Ela o interrompeu:- Você é policial? Mas como?- Sim Helen... Eu e Mauro...Ele estava preocupado e olhava ao redor querendo ver se existia algum perigo
Rubens Matos precisava manter a calma, eles haviam recebido a ligação das pessoas que estavam com a filha e eles informaram a morte de um dos homens e o sumiço de Helen pela segunda vez!Eles haviam dito que a filha havia matado o imbecil.E isso era impossível!Conhecia a filha muito bem para saber que a idiota mosca morta seria incapaz de matar uma barata, quanto mais um homem.Mas eles garantiram que o haviam encontrado morto, banhado em sangue e Helen não estava no lugar.Estava irritado que as coisas tivessem tomado um rumo muito diferente do que haviam planejado.Agora ela estava sumida e só Deus onde.Ele e Olavo já haviam mandado seus homens para acabar com a raça daqueles incompetentes. Ele havia discutido com o amigo, questionando o profissionalismo dos que haviam ficado com sua filha no cativeiro. Soube da morte de Raul por um dos homens. Eles simplesmente haviam se desentendido e brigado pela liderança.O único que ele colocava as mãos no fogo, Raul havia sido morto pelo g
Depois que o delegado saiu Rubens pegou o celular e ligou para Olavo.- Mas que porcaria Olavo! O que está acontecendo afinal? O imbecil do delegado acabou de sair daqui dizendo que Helen ia a outro lugar com o Raul...- Eu nunca soube disso... Ele não falou nada sobre esse lugar?- Ele não disse nada! Eu acho que esse delegado está escondendo alguma coisa.- Eu já mandei meus homens ao encontro daqueles imbecis ou o que sobrou deles...- O que você esta esperando pra liquidá-los? Como eles deixaram Helen escapar por duas vezes?- Mantenha a calma... A gente conseguiu uma vez, vamos conseguir de novo!- Enquanto Helen estiver viva, a gente não vai conseguir nada! Nada, entendeu? Se seus homens não conseguem realizar essa simples tarefa, eu...- Tenha paciência...- Não me venha com paciência...Ele queria gritar e espancar alguém para aplacar sua fúria.- A coisa está saindo do nosso controle! Se esse delegado de merda começar a investigar eu e você estamos ferrados!O outro ficou em
O idiota havia estragado seus planos!Ela iria pegar sua parte e a de todos eles e depois os mataria. Iria ficar com toda a grana.Mário estava deixando que seus vícios atrapalhassem tudo e ela sabia que mais cedo ou mais tarde ele morreria.Se Helen não tirasse sua vida, ela teria o maior prazer em fazê-lo.Mas e se Raul ainda estivesse vivo e em sua opinião ele estava!E se foi ele que tivesse matado Mário e pegado a riquinha miserável?Ela pulou um tronco caído e se jogou no chão, se escondendo por uns minutos.Escutou alguns passos a sua esquerda e a única coisa que poderia fazer era pular aquele penhasco.Olhou para baixo e viu que logo embaixo há alguns metros dali existia uma pequena estação de trem.Ela nunca soubera que passava trem ali.Viu que precisava chegar até lá antes que os homens a achassem.Desceu com cautela, mas rápido e já estava chegando embaixo quando ouviu o barulho de um trem se aproximando. Foi quando ouviu tiros atrás dela.Do alto do penhasco homens armado
Mauro viu quando Anna saiu correndo pela mata adentro, ele sabia que sua vida dependia se conseguisse chegar até ao rio perto dali.Os homens do contratante haviam saído atrás dela e isso lhe deu alguns minutos.Ele estava gravemente ferido e sabia que somente um milagre poderia salvá-lo.Anna havia conseguido acertar na barriga e outro na perna esquerda. O tiro não havia acertado em nenhum órgão vital, mas ele havia perdido muito sangue.Fazendo um esforço sobre humano para manter-se acordado ele cambaleou até o rio e retirou a camisa ensopada de sangue.Respirando fundo e tentando não gritar de dor, ele molhou a camisa e quando ia limpar os ferimentos, preferiu deitar e deixar que a água o refrescasse.A perna não o preocupava, apesar de doer bastante.A bala ainda estava lá e ele precisava urgentemente chegar até um hospital.Fechou os olhos respirando fundo.Os homens do contratante haviam ido atrás de Anna para acabar com sua vida, mas ela era muito rápida e astuta, faria de tudo