- Não tenho tempo para explicar tudo agora, temos que descer porque senão perderemos o trem.- Não! Não... Raul eu não saio daqui enquanto você não me explicar direito o que é isso tudo? Policial infiltrado? Como isso é possível?- Você é teimosa mulher!Ele pegou seu braço e a conduzia em direção a descida. Ela deu um puxão em seu braço e parou no meio do caminho.- Se você não me contar tudo, não vou a lugar nenhum!- Droga Helen... Que droga!Ele respirou fundo e frustrado começou:- Há alguns anos atrás foi interceptada uma ligação de uma pessoa planejando seu sequestro. Na verdade ele procurava mercenários capazes de qualquer coisa por dinheiro. Nosso informante conseguiu colocar eu e mais uma pessoa no grupo. O que você viu ali não foi nem dez por cento das pessoas envolvidas. Mas eles não querem que os rostos sejam vistos e...Ela o interrompeu:- Você é policial? Mas como?- Sim Helen... Eu e Mauro...Ele estava preocupado e olhava ao redor querendo ver se existia algum perigo
Rubens Matos precisava manter a calma, eles haviam recebido a ligação das pessoas que estavam com a filha e eles informaram a morte de um dos homens e o sumiço de Helen pela segunda vez!Eles haviam dito que a filha havia matado o imbecil.E isso era impossível!Conhecia a filha muito bem para saber que a idiota mosca morta seria incapaz de matar uma barata, quanto mais um homem.Mas eles garantiram que o haviam encontrado morto, banhado em sangue e Helen não estava no lugar.Estava irritado que as coisas tivessem tomado um rumo muito diferente do que haviam planejado.Agora ela estava sumida e só Deus onde.Ele e Olavo já haviam mandado seus homens para acabar com a raça daqueles incompetentes. Ele havia discutido com o amigo, questionando o profissionalismo dos que haviam ficado com sua filha no cativeiro. Soube da morte de Raul por um dos homens. Eles simplesmente haviam se desentendido e brigado pela liderança.O único que ele colocava as mãos no fogo, Raul havia sido morto pelo g
Depois que o delegado saiu Rubens pegou o celular e ligou para Olavo.- Mas que porcaria Olavo! O que está acontecendo afinal? O imbecil do delegado acabou de sair daqui dizendo que Helen ia a outro lugar com o Raul...- Eu nunca soube disso... Ele não falou nada sobre esse lugar?- Ele não disse nada! Eu acho que esse delegado está escondendo alguma coisa.- Eu já mandei meus homens ao encontro daqueles imbecis ou o que sobrou deles...- O que você esta esperando pra liquidá-los? Como eles deixaram Helen escapar por duas vezes?- Mantenha a calma... A gente conseguiu uma vez, vamos conseguir de novo!- Enquanto Helen estiver viva, a gente não vai conseguir nada! Nada, entendeu? Se seus homens não conseguem realizar essa simples tarefa, eu...- Tenha paciência...- Não me venha com paciência...Ele queria gritar e espancar alguém para aplacar sua fúria.- A coisa está saindo do nosso controle! Se esse delegado de merda começar a investigar eu e você estamos ferrados!O outro ficou em
O idiota havia estragado seus planos!Ela iria pegar sua parte e a de todos eles e depois os mataria. Iria ficar com toda a grana.Mário estava deixando que seus vícios atrapalhassem tudo e ela sabia que mais cedo ou mais tarde ele morreria.Se Helen não tirasse sua vida, ela teria o maior prazer em fazê-lo.Mas e se Raul ainda estivesse vivo e em sua opinião ele estava!E se foi ele que tivesse matado Mário e pegado a riquinha miserável?Ela pulou um tronco caído e se jogou no chão, se escondendo por uns minutos.Escutou alguns passos a sua esquerda e a única coisa que poderia fazer era pular aquele penhasco.Olhou para baixo e viu que logo embaixo há alguns metros dali existia uma pequena estação de trem.Ela nunca soubera que passava trem ali.Viu que precisava chegar até lá antes que os homens a achassem.Desceu com cautela, mas rápido e já estava chegando embaixo quando ouviu o barulho de um trem se aproximando. Foi quando ouviu tiros atrás dela.Do alto do penhasco homens armado
Mauro viu quando Anna saiu correndo pela mata adentro, ele sabia que sua vida dependia se conseguisse chegar até ao rio perto dali.Os homens do contratante haviam saído atrás dela e isso lhe deu alguns minutos.Ele estava gravemente ferido e sabia que somente um milagre poderia salvá-lo.Anna havia conseguido acertar na barriga e outro na perna esquerda. O tiro não havia acertado em nenhum órgão vital, mas ele havia perdido muito sangue.Fazendo um esforço sobre humano para manter-se acordado ele cambaleou até o rio e retirou a camisa ensopada de sangue.Respirando fundo e tentando não gritar de dor, ele molhou a camisa e quando ia limpar os ferimentos, preferiu deitar e deixar que a água o refrescasse.A perna não o preocupava, apesar de doer bastante.A bala ainda estava lá e ele precisava urgentemente chegar até um hospital.Fechou os olhos respirando fundo.Os homens do contratante haviam ido atrás de Anna para acabar com sua vida, mas ela era muito rápida e astuta, faria de tudo
Ela aguardava ansiosa e tudo que ele queria fazer era beijar aquela boca e a possuir de todas as formas possíveis.- Helen, as coisas fugiram do controle e...Ele parou seu discurso quando ela começou a rir histericamente.Ele a pegou pelos ombros e a sacudia levemente.- As coisas fugiram do controle? Sério? Ah meu Deus! Isso só pode ser uma pegadinha, uma brincadeira de mau gosto... Só pode...- Que droga Helen! Eu sei o quanto deve estar sendo difícil pra ti... E lamento totalmente por isso! Você não merecia estar passando por essa situação.- Eu perdi minha mãe num sequestro Raul e anos depois também sou sequestrada por alguém que confio... Daí eu descubro que meu sequestrador, ou pelo menos dois são policiais...- Já te falei: Fomos escolhidos para protegê-la... Caso não estivéssemos lá você há essa hora já estaria morta!- Mas como você foi escolhido? O Mauro? Como essas coisas acontecem pelo amor de Deus?Ele se afastou e terminou de se secar de costas. Ela contemplou aquele ân
Raul acordou com uma sensação de perigo!Ele não sabia, mas sentia que alguma coisa iria acontecer.Deu um salto na cama xingando baixinho em ter baixado a guarda. Ele sabia que depois de terem feito amor e adormecido, muita coisa poderia acontecer.Ele não deveria ter adormecido, mas aquela mulher tirava toda a sua concentração.Ele apurou o ouvido e viu um clarão de luz do lado de fora da janela.Droga!- Helen...Ele cochichou baixinho em seu ouvido.Viu quando ela abriu os olhos ainda sonolenta.Fazendo sinal de silêncio, ele levantou da cama, pedindo com gestos que ela o imitasse.Rapidamente ela colocou o tênis.Ele agradeceu a Deus que eles tiveram o bom senso em colocar as roupas antes de adormecerem nos braços do outro.- O que é?Seus olhos estavam cheios de medo, mas ele não queria deixá-la mais receosa.Ele olhou para fora e viu o dono da pensão conversando com um homem dentro de um carro e logo depois o mesmo dava a partida e saía.Helen olhava para ele tentando entender
Lúcio dirigiu apressadamente para sua casa.Seu coração estava aflito, pois sabia que em breve os homens de Rubens poderiam fazer alguma coisa e achar Ivone.Ele não queria que mais pessoas inocentes se ferissem.Estacionou o carro em frente da casa, sem se preocupar em colocá-lo na garagem.Ele entrou sem fazer barulho.Ouviu um movimento na cozinha e sorrateiramente foi na direção dele.Encontrou Ivone de costas, um avental amarrado na cintura e lendo alguma coisa no celular.Ele olhou em cima da mesa e viu alguns ingredientes.Parecia que ela estava preparando algum bolo.- Ivone...Ela deu um pulo assustada.- Meu Deus! Eu não te ouvi entrando... Que susto!Ela acompanhou seu olhar para a mesa e comentou:- Desculpe-me! Estou invadindo sua cozinha... E queria fazer um bolo... Mas se não quiser...Ela caminhou para a mesa retirando o avental e o depositando na cadeira.Ele segurou seu pulso e a aproximou dele.Seu coração estava descompassado, nervoso.- Não é nada disso...- Mas..