HazelA porta do quarto se abriu bruscamente, após o susto, e virei a cabeça, esperando encontrar mais um enfermeiro ou algum dos médicos que estavam cuidando de Hanna. Em vez disso, vi minha mãe, Margoth, entrando com passos firmes e o rosto marcado por uma expressão rígida. Eu deveria ter previsto isso, mas mesmo assim, a tensão que imediatamente tomou conta de mim foi quase sufocante.Eu estava nos braços de Jason, meu namorado, o qual meus pais não aceitam. Eu o apresentei à minha família anos atrás, mas eles nunca fizeram questão de conhecê-lo melhor. E naquele momento, a sensação de que minha mãe não queria sua presença ficou evidente em um olhar que transbordava desgosto.— Hazel. — Ela ignorou Jason por completo e se dirigiu a mim com um tom frio e autoritário. — Preciso conversar com você.Antes que eu pudesse responder, ela olhou para Jason com um desdém que me deixou paralisada. Era como se ele fosse uma intrusão indesejada, alguém que não pertencia ali. Meus ombros se rete
HazelSai do quarto sem olhar para trás, determinado a encontrar Jason e mostrar a ele que, apesar de tudo, ele sempre teria um lugar seguro ao meu lado, em meu coração. Eles não poderiam destruir isso. Não enquanto eu ainda tive voz para lutar.Na lanchonete do hospital, vejo Jason conversando com Kevin. Ambos me olham, surpresos.— O que você faz aqui? Quem ficou com Hanna? — Kevin pergunta, parecendo alarmado.— Ei, calma. Meus pais estão com ela. Amor, podemos conversar? — Respondo, olhando para Jason, que concorda com a cabeça.Kevin se levanta, com um ar decidido.— Vou ver Hanna.— Se você tem amor à sua vida, esperaria que eles deixassem o quarto. Acabei de ter uma discussão feia com eles — aviso.— Não me importo com eles, minha preocupação é Hanna, e pelo pouco que sei, se ela acordar, preferiria ver a mim, do que a eles. — Não posso descordar, ele acena um tchau, deixando-nos a sós.Viro-me para Jason, meu peito pesado com a culpa e a necessidade de me explicar.— Amor, me
Elija StewarthSaio do apartamento de Kevin, bufando de raiva. Como esse garoto se atreve a me desrespeitar desse jeito? Logo ele, meu próprio filho. E quem é aquela garotinha, ela me lembra alguém, mas quem? — Penso enquanto pego o telefone, e para a empresa de segurança. Davis atende quase de imediato, como se já esperasse uma tempestade.— Pois não, senhor Stewarth.— Vou direto ao ponto, Davis. Quem é a garota que o Kevin anda vendendo? — Minha voz sai firme, fria, mas ele não se deixa abalar.— Desculpe, senhor, mas tenho ordens diretas de não revelar nada sobre a vida ou segurança pessoal de meus clientes. — A resposta dele é seca, quase calculada.— Eu pago a porra do seu honorário, então me diga quem é a vadia que andou levando uma criança para a casa do Kevin! Quero saber quem entra e sai do apartamento dele.Um silêncio incômodo se instala, e por um instante, penso que ele cederá. Mas Davis continua firme:— Desculpe, senhor, mas Kevin tem seu próprio contrato, e ele não est
KevinDormir com Kat foi uma experiência nova, e sem dúvida quero repetir. Meu pai deixou o ambiente tenso, mas consegui contornar a situação. Confesso que, ao deixar Kat na escola hoje, me deu um aperto no coração, algo novo. Pela primeira vez me senti pai de verdade.Fui até o escritório, fiquei apenas o tempo necessário para revisar os documentos que Violet havia separado para mim. Depois, segui para o hospital. Precisava estar com Hanna, para que Hazel pudesse descansar um pouco, após passar a noite com Hanna no hospital.Quando chego, encontro o cunhado de Hanna. Nunca havíamos conversado com ele, mas noto que ele está distante, perdido em pensamentos. Algo me disse que ele precisava desabafar.— Oi, é Jason, né? — começo, tentando quebrar o gelo.— Oi, sim, Kevin. Como você está? — responda ele, meio relutante.— Dentro do possível… Alguma notícia da Hanna? — questiono, tentando manter a esperança.— Desculpa, mas ela está na mesma. Fui à delegacia hoje, e descobri que havia alg
** Infelizmente cometi um erro e repeti o 061, já fiz a correção. Deve demorar uns dias para atualizar, avisarei quando for alterado. E deverá retirar o livro da biblioteca e adicioná-lo novamente, para ser atualizado.Desculpe o transtorno.**Kevin— Muito prazer, eu sou... — comecei, mas o pai dela me interrompeu bruscamente.— Kevin Stewarth. O que você está fazendo aqui? — Ele disse, a voz com puro desprezo.— Como eu dizia antes de ser gentilmente interrompido — enfatizei com sarcasmo —, eu sou Kevin, namorado de sua filha, Hanna.— O quê? Isso é um absurdo! Hanna nunca ficaria com você depois de tudo. — a mãe diz com um tom debochado.— Bom, estou apenas sendo honesto. Se você aceitar ou não, sinceramente, não me importa. O que me importa é que minha namorada se recupere e volte para casa em segurança — respondi, firme.— Eu nunca vou permitir esse relacionamento! — O pai dela disse, com ares de autoridade. Sorrio debochado e falo encarando-o da mesma forma que ele fazia.— Aind
** Já foi feita a atualização, então pode tirar e colocar novamente o livro na biblioteca e o capítulo 62 será atualizado.Mais uma vez, desculpe o transtorno**KevinAssim que o doutor se afasta, sinto o peso da realidade me esmagar. Sento-me ao lado da cama e, sem conseguir segurar mais as emoções, deito minha cabeça no colo de Hanna, deixando as lágrimas escorrerem silenciosas.— Você tem que ser forte, meu amor. Eu não sei como vou viver sem você… — sussurro, com a voz entrecortada.De repente, ouço uma voz familiar e me apresso a enxugar as lágrimas.— Desculpe, vi que o doutor saiu do quarto — diz Hazel ao entrar.Levantei rapidamente, dando espaço para ela se aproximar de Hanna. Hazel acaricia sua irmã, o olhar preocupado, mas determinado. Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que ela quebra o silêncio com um tom confiante.— Hanna vai vencer mais essa batalha. Você não faz ideia de tudo o que ela já passou... — Ela hesita, desviando o olhar. — E essa situação nem se comp
KevinQuatro dias se passaram desde aquela noite terrível, e Hanna ainda não acordou. Eu e Hazel revezamos como acompanhantes, mas sempre prefiro as noites, exceto se minha princesinha esteja muito tristinha, então a levo para o meu apartamento e tento dar-lhe um pouco de diversão.O tempo parece se arrastar em câmera lenta. Tento ser forte, mas a espera é insuportável. O médico diz que fisicamente ela está se recuperando bem, mas que algo no inconsciente dela a impede de despertar. Com certeza deve ser devido aos malditos traumas do passado, traumas esses que ninguém quer me contar, então torna-se impossível ajudar.Cada segundo sem ver abrir os olhos lindos e azuis dela é como uma nova ferida, uma nova dor que não sei explicar. Me sinto impotente, preso entre a esperança, medo e o desespero. Tento falar com ela, acariciar sua mão, seus cabelos… mas o silêncio no quarto é ensurdecedor. Pensamentos de todos os tipos se formam em minha mente. “Será que ela está presa em algum lugar den
Kevin— Não é para ser. Um minuto, vou verificar. — Davis responde do outro lado da linha, enquanto tento despistar o carro preto que está me seguindo.— Davis, onde estão os meus seguranças? — O silêncio na linha me deixa em alerta. — Merda, Davis, responde!Alguns segundos depois, a voz grave e preocupada do meu amigo ecoa pelo telefone.— Kevin, vire à direita agora. A cem metros há uma delegacia. Estou te enviando a placa do veículo que está te seguindo. Denuncie.— Davis... — Tento responder, mas ele me interrompe.— Seus seguranças foram abatidos. Já estou enviando reforços. Cara, tem certeza de que não irritou ninguém poderoso?— Se irritei, não sei.. E a Hanna? A Kat? Estão seguras? — Pergunto, aflito.— Estão bem. A Kat está em casa e a Hanna no hospital. Ambas em segurança. — Solto um suspiro aliviado e estaciono em frente à delegacia que ele falou. O veículo atrás de mim acelera e some à frente.— Kevin, você está aí? — Davis insiste.— Estou. O carro que estava me seguindo