Maria se virou para Cláudio e perguntou:- O que foi?- Vou levá-la de volta, será rápido.- E Isabela, sozinha...- Não se preocupe, Durval cuidará dela.Maria ainda queria dizer algo, mas Cláudio já a estava puxando de volta para o quarto.- Antes de irmos, refareivou fazer seus curativos de novo. - Enquanto falava, Maria já estava sentada no sofá, pressionada por Cláudio.A voz dele era baixa e suave, sem dar espaço para resistência.O kit de primeiros socorros, deixado pelo médico que tratou de suas feridas, estava sobre a mesa de centro.Cláudio abriu o kit e pegou álcool, pomada e gaze.Ele sempre foi meticuloso, e ao fazer curativos não era diferente.Ajoelhado diante dela, desinfetou as feridas, aplicou a pomada e as enfaixou com movimentos habilidosos.Mas os pensamentos de Maria estavam longe, preocupados com Eduardo.- Na verdade, depois de tudo isso, você não o odeia tanto assim, certo? - De repente, Cláudio perguntou suavemente.Maria hesitou, sem responder.Cláudio ergueu
Os olhos de Maria estavam vermelhos enquanto ela olhava para Cláudio, sua voz embargada.Cláudio secou a umidade nos cantos dos olhos dela:- Então, esse sentimento, vá perguntar a ele. O confronte e esclareça tudo.Maria assentiu firmemente:- Eu definitivamente vou perguntar a ele.Cláudio sorriu levemente, um sorriso suave.No caminho de volta, Cláudio dirigia o carro. Ele era um bom motorista, rápido e estável. Maria e Helena estavam sentadas atrás. Durante a viagem, Maria quase não falava, apenas olhava pela janela, absortaimersa em seus pensamentos. Helena olhou para ela, querendo dizer algo, mas hesitou, receosa de interromper seus pensamentos.Quando passaram por um campo, aproveitando a oportunidade, Helena segurou a mão de Maria e disse:- Mariinha, olha, que lindo.Maria levantou o olhar. Todos os campos estavam cobertos de neve, um branco imaculadopuro que se estendia até onde os olhos alcançavam, uma beleza pura e intocada, como se não fosse deste mundo.Vendo Maria a
As cenas do pesadelo voltaram à mente de Maria, que empurrou Viviane e correu escada acima. Viviane amaldiçoou, tentando segui-la, mas Helena rapidamente a segurou:- Mariinha, vá logo!No entanto, quando Maria e Cláudio chegaram à curva da escada, encontraram vovó Diana.- Como está o Eduardo? - Maria perguntou baixinho.Ao terminar a frase, vovó Diana subitamenterapidamente levantou a mão, e Maria instintivamente fechou os olhos.Mas o esperado golpe não veio.Surpresa, ela abriu os olhos e viu Cláudio ligeiramente virado, com uma marca de mão claramente visível em seu rosto bonito.Ela ficou chocada e rapidamente agarrou o braço de Cláudio, perguntando a vovó Diana:- Por que você bateuo nelebateu?Cláudio apertou a mão ao lado do corpo, e sua linha do rosto parecia extremamente fria e dura, mas seu rosto permanecia inexpressivo. Vovó Diana, muito envelhecida, apontava para Cláudio com dedos enrugados, gritando com tristeza e decepção:- Você, cheio de falsidade e mentira, é podre
- Senhora, não se deixe enganar pela aparência dele. - Nesse momento, Fernando também desceu apressadamente as escadas. Antes, ele olhava para Cláudio com respeito, afinal, ele já foi o grande herdeiro da família Alves. Mas agora, Fernando também estava cheio de hostilidade contra Cláudio. Essa hostilidade inexplicável deixava Maria ainda mais confusa e inquieta. Ela perguntou seriamente a Fernando:- O que aconteceu? Falem claramentelogo. E Eduardo, onde está ele?- O Presidente Alves... O Presidente Alves está quase morrendo, tudo por causa dele - Disse Fernando, com os olhos vermelhos, apontando acusadoramente para Cláudio.Maria ficou chocada:- Eduardo... Ele realmente está quase morrendo?Vovó Diana chorava ao lado. Fernando, engasgado, disse:- Você sabe, o Presidente Alves comeu uma fruta venenosa, mas não conseguimos identificar a toxina e não sabíamos como tratar. Miguel disse que se tivéssemos aquela fruta para análise, o Presidente Alves poderia ser salvo rapidamente.
Fernando ficou surpreso e incrédulosem acreditar:- Você realmente trouxe aquela fruta?Maria assentiu rapidamente, tirando do bolso as pequenas frutas vermelhas. Vendo as frutas, Fernando não perdeu tempo e rapidamente a levou para encontrar Miguel. Mas vovó Diana ainda a impediu:- Que truque você está tentando agora? Duba já está nesse estado, você ainda não quer deixá-lo em paz? As cavernas da montanha desabaram, como você encontrou aquela fruta? Você acha que se trouxer algumas frutas aleatórias, eu vou acreditar em você? Saia daqui agora!O desdém de vovó Diana por ela só aumentava, se recusando a deixá-la subir de jeito nenhum. Fernando insistiu:- Vovó, por favor, o Presidente Alves está nessa situação, ela não teria razão para trazer frutas falsas. E independente da intenção dela, devemos deixar Miguel tentar, é melhor do que deixar o Presidente Alves morrer assim.Mas não importava o quanto Fernando tentasse, vovó Diana permanecia intransigente:- Se eles realmente quisesse
Ele deu um tapinha no ombro de Maria, falando baixinho:- Não confie demais em mim.- Depois disso, se virou e, sem olhar para trás, caminhou para fora. Maria observava sua figura se afastando, sentindo no coração uma sensação indescritível de tristeza, sem saber se era pelo vento frio ou algo mais.Até a noite, não houve notícias de Eduardo. Maria queria entrar para ver, mas Viviane, como uma guardiã implacável, não permitia que ela desse um passo dentro da mansão dos Alves. Se fosse apenas Viviane, talvez fosse mais fácil, mas até Antônio estava lá, bloqueando seu caminho. Antônio, um ancião da família Alves, sempre fora gentil com ela, então ela não podia confrontá-lo diretamente. Ansiosa, ela perguntou a Antônio:- Como está o Eduardo agora?- Miguel ainda está tratando Eduardo, e ninguém sabe o resultado. A vovó quase chorou até ficar cega, então, por favor, Srta. Maria, não vá lá para não perturbar a vovóperturbá-la.O tom de Antônio era frio e distante. Maria baixou os olhos
Helena respondeu apressadamente:- Naquela hora, fui nocauteada pela Bruna. Aquela mulher é realmente malvada, ela foi tão cruel conosco. Depois, foi o Sr. Eduardo e o Fernando que me encontraram. Se não fosse por eles, eu teria congelado até a morte na neve.Sim, Helena quase havia morrido congelada na neve, e foi Cláudio quem lhe contou isso depois. Por um momento, Maria pensou que poderia ter entendido mal Helena. Mas então, ela lembrou que, naquele momento, Bruna apareceu atrás dela, e entre ela e a grande árvore, havia um conjunto de pegadas.Se Helena foi nocauteada atrás da grande árvore por Bruna, como Bruna poderia aparecer atrás dela novamente? Não importava como se olhasse, além dela, Helena e Bruna, havia outra pessoa misteriosa na neve. Quem era essa pessoa, ela não tinha como saber. Se Helena estava realmente enganando ela, e a ideia de ver a neve foi proposital, qual seria o motivo?Ela olhou fixamente para Helena:- Você acha que sou boa para você?Helena, surpresa
A luz no quarto de Eduardo continuava acesa, e Maria desejava ardentemente subir para vê-lo. Antônio olhou para ela, mas não disse mais nada e entrou na casa. Viviane, que estava na porta, falou friamente algumas palavras para Antônio. Maria não conseguiu ouvir claramente, mas certamente não eram palavras amáveis.Helena estava realmente faminta e rapidamente comeu todo o pão. Maria segurava seu pão, mas não conseguia comer. Sem saber como estava a situação de Eduardo, ela não tinha apetite. Ela entregou seu pão para Helena:- Coma, eu não estou com fome.- Como assim? Você tem que comer um pouco.- Eu realmente não consigo. - Maria insistiu e colocou o pão na mão de Helena. Helena suspirou, resignada, e não disse mais nada.Cláudio voltou para o resort no meio da noite, bêbado.Isabela o esperava na sala de estar e, ao vê-lo cambaleante, correu para ajudá-lo:- O que aconteceu? Por que bebeu tanto?Cláudio estava visivelmente bêbado e mal conseguia ficar de pé. Isabela o ajudo